A sensação que eu tive quando fechei o volume II foi a de liberdade, mas se saber o que fazer, para onde ir...
A adaptação cinematográfica mais recente mesclou bastante o livro com o musical, apesar de sumir com o Mabeuf na parte das barricadas e fazer com que a Azelma e os irmãos Thenárdier não existissem. Além disso, Éponine não reconhece Cosette depois de crescida, ao contrário do filme.
Na parte de trás do meu livro está escrito que a obra é "inquietantemente política e religiosa". No começo, não entendia o que isso queria dizer, mas o livro me mostrou. Um homem que rouba um pão simplesmente para sobreviver e garantir a sobrevivência de outros vive em constante guerra consigo mesmo, redefinindo o que é certo e o que é errado graças a um bispo, e acaba explorando a sua religiosidade. Com Javert, acontece dele passar a questionar as suas verdades, se as suas opiniões são realmente as corretas e se são imutáveis.
Um livro maravilhoso, se você souber como lê-lo.
O segundo livro que li foi The Perks Of Being A Wallflower (o As Vantagens de Ser Invisível), que não sei como resenhar. Não tem como. Foi um daqueles livros que você guarda para você mesmo. Só posso dizer que já me senti infinita várias vezes.
Li também Lucíola, que achei muito bom, apesar do vai-vem de Paulo e Lúcia, e é tanto nome para uma mulher só que você se pergunta quem é quem. Ah, e não posso esquecer de dizer que ele foi o avô dos famosos clichês envolvendo prostitutas.
The Rise Of Nine, a terceira parte da saga de Eu Sou O Número Quatro, demorou para chegar as minhas mãos, mas eu devorei. Segue a mesma linha dos anteriores, acrescentando personagens lóricos, mas é bem irritante, porque (spoiler!) eles ainda não brigam com o maior Morg de todos. Por que é que sempre adiam as brigas boas???
Breakfast At Tiffany's foi, na verdade, uma releitura. Eu já tinha lido o livro em português, mas fui ler o original. Mil vezes melhor, porque muito se perde na tradução. Não é segredo que sou apaixonada pela Holly Golightly e pelo filme que se inspirou nesse livrinho de Capote, mas a Holly do livro eleva meu amor a expoentes infinitos. Capote tem uma coisa que muitos autores das décadas de 50/60 também têm, uma facilidade de passar as sensações humanas que eu vejo pouco nos livros de hoje em dia.
E Holly, onde quer que você esteja, eu também espero que você tenha encontrado seu lar.
Outro livro lido esse ano foi Fahrenheit 451, mas eu gostaria de fazer minha resenha depois de relê-lo, então aguardem.
Aproveitem a música enquanto esperam:
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