terça-feira, 27 de outubro de 2015

O melhor (e pior) fandom

Nesses meus vinte anos, fiz parte de vários fandoms diferentes: Jonas Brothers, Doctor Who... Mas o que fez parte de mim, de verdade, foi o de Glee.



Comecei a assistir Glee na estreia na Fox Brasil. Minha mãe me disse que ia estrear uma série musical, que parecia comigo, e eu vi a pré-estreia e gostei. Marquei num calendário a data da estreia e assisti toda a primeira temporada na tv.

Quando a segunda temporada ia começar, decidi passar a ver online, e foi mais ou menos por aí que comecei a fazer parte da comunidade no Orkut e, mais tarde, fui pro facebook.


Glee teve um papel muito importante na minha vida, muito além de ser só a minha série favorita (até quando eu odiava). Muitos dos amigos que fiz por causa da série dizem que ela os salvou, e eu assino embaixo. A série me fez ter orgulho de quem eu sempre fui, me deu vontade de perseguir meus sonhos, me trouxe novos amigos.


Sempre digo que sou uma mistura de Kurt Hummel e Blaine Anderson, e era muito inusitado para mim me identificar com personagens de uma série de tv. Nunca tinha acontecido, e eu chorei várias vezes porque eles diziam algo que me tocava muito, que era exatamente o que eu estava sentindo e eu não sabia como explicar.

Eu criei um tumblr, inicialmente para postar meus textos, mas descobri que as pessoas usavam o site para outra coisa: reblogar gifs de séries e postar fanfics. Já comentei a respeito das fanfics de Glee aqui no blog, mas eu as lia entre um livro e outro, quando a depressão ficava forte e eu precisava de um abraço em forma de texto.

Logo defini meus autores favoritos, e ficava à espera dos textos deles e de atualização em fanfics grandes. Foi graças a essas fanfics que eu perdi a minha timidez e fui agradecer aos autores pelas palavras. Conversava com amigos de Austrália a México, e me sentia feliz ali, segura, amada.

O fandom de Glee foi, por muito tempo, um porto seguro. Me aceitou de braços abertos e disse "olha, fica aqui, gostamos da sua doideira e somos um pouco doidos também".



Infelizmente, como todo fandom, tinha seu lado difícil. Eu vi amigas minhas excluírem os tumblrs por ataques de pessoas que gostavam mais de outro casal, por trollagem de anônimos, por ameaças sérias.

No mesmo fandom que me amou tanto no começo, fui criticada por gostar de um personagem e não ligar tanto para outro, por achar que a temporada era ruim, por ler fanfic...

Quando comecei a pensar em parar de participar do fandom de Glee, veio a notícia da morte do Cory. Foi o momento mais difícil para todos nós, mas acabou trazendo uma coisa boa: nos uniu de novo.

Voltei a me sentir inclusa.

Esse fandom maravilhoso, que passou por tanta coisa comigo e me deu tantos amigos, que cria coisas como uma editora de livros LGBTQ e uma HQ independente, que arrecada milhares de dólares para caridades, que se ajuda e distribui amor, fez e faz parte de mim e de quem eu sou.

Em dias como hoje, em que sinto o coração apertar de saudade pelo New Directions, me lembro que fazer parte de algo especial nos torna especiais, e fica tudo bem. ♥

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Décadas: 1960

O mais difícil foi escolher um álbum só. Minha década favorita no quesito musical, com muitos álbuns que eu considero favoritos. Por outro lado, tem tantos filmes bons nessa década! E os livros, nossa!

Um álbum: David Bowie, David Bowie

Na hora de escolher aqui, eu só procurei não escolher Beatles e ser um álbum do qual eu não tivesse falado por aqui, para não ficar repetitivo. 

Tão novinho! Tão bebê!

Esse é um dos álbuns menos conhecidos do Bowie, e as músicas são um pouco diferentes do que veio depois, mas mais pessoas deveriam ouvi-lo. Bowie o lançou em 1967 e lançou Space Oddity em 1969, e só então chamou atenção.


Minha favorita do álbum é "Silly Boy Blue".

Um livro: Green Eggs And Ham, Dr Seuss

Sou fã dos livros de Dr Seuss desde pequenina, e acho seu estilo muito bonito. Só fui ler esse em questão na adolescência, até porque acho que esse livro não foi traduzido.


O livro é bem fofinho. É infantil, e Sam-I-Am é o narrador, que incomoda um personagem sem nome, insistindo que ele prove ovos verdes e presunto.

Vale a pena ver Neil Gaiman lendo esse livro, porque sim:


Um filme: Help!

Eu sei que os anos 1960 têm muitos filmes melhores do que esse. Mas ser melhor em qualidade não significa ser melhor no meu coração. Help! é também meu álbum favorito dos Beatles, mas eu tenho consciência de que eles têm trabalhos muito melhores. 
O filme é uma comédia bem bobinha, que acompanha os Fab Four enquanto Ringo foge de indianos que o perseguem para oferecê-lo em sacrifício para Kali, uma divindade hindu.

Esse filme, que estreou no mesmo ano que o álbum foi lançado, 1965, foi o responsável pelo meu amor pela banda. Mesmo. Eu convivo com Beatles desde pequenininha, mas foi vendo esse filme que eu me apaixonei.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Apenas parem

Geralmente, mantenho o blog num clima leve, mas essa semana (que está parecendo um prelúdio do inferno) pediu um post de raiva. Então, se você veio aqui esperando uma lista fofinha ou moço bonito, volta na segunda. Hoje, o que temos é raiva. Muita raiva.

Comecei a sentir essa raiva toda quando o MasterChef Junior estreou e eu fiquei sabendo que uns homens ridículos estavam fazendo comentários sexuais sobre uma menina de 12 (!!!) anos. Isso é pedofilia, não é só um comentário. Apenas parem.

Depois, a ThinkOlga criou a hashtag #primeiroassedio, onde as mulheres dividiam as suas histórias de assédio em solidariedade à menina do MasterChef. Eis que um moço decidiu comparar o assédio aos foras que já levou. Falando do ponto de vista de alguém que já foi assediada e já levou fora, não é nem de perto a mesma coisa. O assédio é extremamente traumático. Não invalida a luta das pessoas. Apenas pare.

Teve gente dizendo também que não era assédio porque não teve nada físico (????). Nem me esforço para responder isso. Só digo: apenas parem.



Para piorar (sim, porque tem como piorar), três projetos muito nada a ver estão em processo de votação na Câmara. Um deles dificulta o atendimento de vítimas de estupro em postos de saúde (agora elas teriam que prestar queixa antes de procurar atendimento médico), o outro pretende proibir a compra e o uso da pílula do dia seguinte (porque a vida é sagrada, né?) e o terceiro quer nada mais, nada menos do que obrigar o estuprador a registar o filho que nasce do estupro. Minha cabeça está assim: ??????? Não consigo entender nada disso. Apenas parem.

Esse mundo já é um lugar muito difícil em semanas normais. Apenas parem de fazê-lo ficar insuportável.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Crush do dia #4: Van McCann

Conheci a banda dele, Catfish & The Bottlemen, por causa de um tweet do Ewan McGregor. Além de ser uma banda linda, tem um vocalista incrivelmente talentoso e gracinha.



Ryan "Van" McCann nasceu em Chesire, na Inglaterra, e passou parte da sua infância viajando pela Austrália com os pais, e depois foi morar no País de Gales com os pais.

Em 2007, ele e o Billy Bibby (ex-integrante da banda) começaram a tocar na casa dos pais de Billy. Depois, Benjamin Blakeway se juntou a eles, no baixo, e o baterista original Jon Barr foi substituído por Bob Hall, em 2010. Billy saiu da banda em 2014, e Johnny "Bondy" Bond o substituiu na guitarra.

A banda se promovia tocando em estacionamentos depois de shows de bandas grandes, como Kasabian.

Ok, mas o que McCann tem de tão especial? Para começar que a voz dele parece uma mistura de Julian Casablancas e Luke Pritchard, e parece que não vai caber dentro dele (por causa disso, Van está quase sempre rouco). Segundo que ele é muito bonitinho, naquele estilo britânico. E, é claro, ele é responsável pelas letras da banda e só tem música com letra ótima!

 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Filho de peixe...

Quem nunca ouviu o clichê "filho de peixe, peixinho é"?

Eu, como filha de músico, sempre ouvi a pergunta "você toca alguma coisa?", e sempre respondi que não. Infelizmente, não puxei esse dom artístico do meu pai, mas esses filhos de músicos que eu escolhi, sim:

Jakob Armstrong

Primeiro, preciso comentar que Danger é um nome do meio MUITO legal.

Agora que tirei isso do peito, continuemos.

Jakob é filho do maravilhoso Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, e tem 17 anos. Agora, ele está se aventurando pelo mundo da música com o que parece uma mistura de Strokes e New Order. E sua voz é bem diferente da do pai.


Tom Veloso

Outro da casa dos 17 anos, Tom é filho de Caetano Veloso e toca na banda Dônica.

Recentemente, a banda se apresentou no Rock In Rio. Tom, que é extremamente tímido, conseguiu vencer a timidez e se apresentar com o grupo.



O som da banda lembra um pouco o som de Caetano, com um pouco mais de rock e misturado com o Novos Baianos.

Chico Chico

Mais conhecido como Chicão, o músico é filho da cantora Cássia Eller, e também é famoso por ser tímido como a mãe.

Acabou de lançar um cd com seu projeto 2x0 Vargem Alta, e eu estou completamente apaixonada.



Enquanto traça seu caminho no mundo musical, Chico não esconde de quem é filho, porém não quer fazer sucesso na sombra da mãe. O que dificulta um pouco o distanciamento é que a voz dele tem uma certa semelhança com a de Cássia.

(Mas as letras de Chico são lindas, e a voz combina com elas, e é tudo maravilhoso, o show é lindo... <3)

Dhani Harrison

Dhani é idêntico ao pai, todo mundo sabe. A voz também parece muito (sério, ouçam o cover dele de "For You Blue"). Mas as músicas da banda dela, a thenewno2, são muito diferentes das do pai, e ele não é viciado em escrever sobre espiritualismo.

Ele disse em entrevista, uma vez, que fazer música é, para ele, uma forma de estar próximo de seu pai (que faleceu em 2001).


"because George's face was too good."
Com guitarras maravilhosas (Dhani aprendeu com o pai, certeza) e uns sons eletrônicos, a banda tem umas músicas muito viciantes.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

with a little help from my friends #3 - Thaís




A Ariel falou comigo recentemente sobre a ideia de compartilhar aqui no blog dela playlists que ela faria pros amigos e também playlists que os amigos fariam pra ela. Fiquei honrada em fazer parte disso e fiquei muito feliz porque a playlist que ela fez pra mim ficou a coisa mais linda desse mundo! Me apresentou músicas que eu amei demais!

E assim que eu terminei de ouvir eu pensei "Caramba, a Ariel conhece milhares de cantores e bandas. Como eu vou fazer pra ela ter a mesma sensação que eu de ouvir músicas incríveis pela primeira vez?!"

Então resolvi criar pra ela uma playlist seguindo o critério Bandas que eu conheci em 2015. Ariel, espero muito que você tenha boas surpresas e que goste da playlist!



1. Temporal - Maragá

Essa música da banda Maragá é meio sambinha, é toda linda! A letra é super poética! Amo demais!

2. O mito do insubstituível - R.Sigma
Eu sei que R.Sigma é uma banda relativamente bem conhecida, mas eu só conheci mesmo esse ano. E apesar de eu gostar de todas as músicas deles, escolhi esse porque é a que eu mais tenho ouvido.

3. A canção, o mar e a garrafa - Lisbela

Essa banda é fofa demais e essa música me faz viajar muito. Adoro essa metáfora do mar, tem tudo a ver comigo!

4. Aceitar perdão - Sound Bullet

Conheci a Sound Bullet bem por acaso e achei a banda muito boa! Essa não foi a primeira música que eu ouvi deles, mas acho que foi a minha preferida. O clipe é bem legal também!

5. Happy End - Nove Zero Nove

Happy End é uma das minhas músicas preferidas do mundo todo! Sempre que coloco pra escutar, acabo ouvindo pelo menos umas 3x e passo o resto do dia cantando o refrão. Amo muito! \o/ 

6. Dona Laura - La Nouva

Essa foi a primeira música que ouvi da La Nuova e já fiquei "Nossa, quanto amor!" E o clipe? O que é esse clipe?? Muito amor! <3

7. Balanço - Simulacro

E por último, mas não menos importante, a banda que tem o guitarrista-base mais maravilhoso da história da música, que não por acaso é meu namorado. hahaha <3

Tem outras músicas deles que eu gosto mais do que essa, mas no quesito fofura essa é a que mora no meu coração. Sempre ouço no repeat! 

Bom, essa foi a minha playlist pra você, querida! Espero que tenha gostado! <3


Minha playlist para Thaís:

Procurei músicas que Thaís provavelmente não conhecia, mas que eu achava a cara dela, e meu tema principal foi músicas fofas.



1. Stealing Cars – James Bay
O James é meu amor novo, e é um amor muito forte. O primeiro cd dele já virou um dos cds da minha vida, e eu conheci ele por causa dessa música, e ela é muito fofa e deliciosa de ouvir, e o vídeo dela é um amor!

2. How Come You Never Go There - Feist
Eu gosto de indicar Feist para todo mundo que eu não sei se conhece ela. A mulher tem uma voz linda, escreve músicas lindas, e é tão bonita! Eu a conheci porque sou fã da primeira banda dela, a Broken Social Scene, e as letras dela falaram muito comigo. Como eu conheço um pouco do seu gosto musical, achei que combinava contigo.

3. Fred Astaire – San Cisco
Conheci essa música por acaso no Spotify, e fiquei apaixonada. É só ouvir para eu sentir vontade de sair dançando pela casa. Como o resto das músicas na lista é mais calminha, ela dá uma diferenciada bem bacana.

4. It's Just Love – Nat & Alex Wolff
Eu sou fã desses dois há bastante tempo, mas ultimamente eles têm lançado umas coisas muito boas mesmo, músicas com as quais me identifico, e essa é uma delas. A letra é lindinha, a música é gostosa de ouvir, e lembra um pouquinho o trabalho antigo do Mumford & Sons.

5. Go Easy On Me – John Mayer
Como a gente compartilha o amor pelo John, é óbvio que não podia faltar ele, né? As músicas não lançadas do John são incríveis demais para não entrarem na lista, e eu sou fascinada pela letra dessa música, dá vontade de abraçá-la e nunca mais soltar.

6. Little Darlin' – Landon Pigg
Eu choro todos os dias porque o Landon Pigg não lança mais nada. Conheci a música dele em 2008 e peguei um período em que ele lançava muita coisa, então fiquei mal acostumada. Poucas pessoas conseguem ter tanto espaço no meu coração quanto ele, e ele é outro que combina com o que você escuta. Ele gravou essa música que eu escolhi na época em que estava filmando “As Vantagens de Ser Invisível”, junto com o Logan Lerman e com a Mae Whitman (os dois namoraram por um tempo e foram o casal mais fofo ever).

7. On The Brightside – Never Shout Never
Meus níveis de fofura não aguentam com essa música. Eu gosto que o NeverShoutNever combina letras muito profundas com uma música toda fofa. Esse clipe é uma graça, a letra da música é muito verdade e sempre me deixa refletindo sobre a vida.


Gostaram? Vocês acham a Thaís lá no blog: http://praquedormir.com/

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crush do dia #3: Rubel

Já estava na hora de ter alguém brasileiro por aqui, né?

Essa semana, estou amando bem forte o Rubel, um cantor carioca e estudante de cinema.



Conheci a música deliciosa do Rubel quando o Spotify sugeriu uma de suas músicas na playlist "Discover Weekly". Nunca tinha ouvido falar nele, mas bastaram dez segundos de música para eu me apaixonar.

Rubel foi estudar cinema por um tempo em Austin, e por lá morou numa casa chamada Pearl, onde estavam hospedados, entre outros, integrantes de duas bandas. Ele montou uma terceira banda com alguns hóspedes, mas foi da união das três bandas que veio o primeiro álbum, o "Pearl".

Em sua última semana no Texas, ele decidiu gravar um álbum para registrar toda a música que acontecia ali. Quando chegou a hora de vir embora pro Rio, Rubel tinha sete músicas maravilhosas para trazer.

Ele disponibilizou o álbum inteiro para download no site, e por lá dá para só ouvir também.



A sonoridade de Rubel conta claramente com influências de Bob Dylan e Cícero, e consegue unir de forma bem bonita as suas raízes brasileiras e a colaboração da música estadunidense.

Recentemente, ele lançou um clipe para "Quando Bate Aquela Saudade", uma música que representa uma poesia muito apaixonada. Quando vi o clipe, cheguei a chorar pela simplicidade tão bonita dele!



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Décadas: 1950

Não paro de criar coluna nova, né? Mas tenho que aproveitar a inspiração.

Para essa nova coluna, Décadas, eu vou escolher um filme, um álbum e um livro para cada uma das sete décadas: 1950, 1960, 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010. Os critérios de escolha vão variar, mas eu explico como foi a seleção em cada uma das postagens.

1950

A década de 1950 teve muitos filmes bons, muitas músicas boas, muitos livros maravilhosos. Na hora de escolher o filme, meu critério foi: esse é meu favorito e qualquer outro seria injustiça com esse. O álbum foi uma questão de querer que mais pessoas conhecessem ele, e o livro eu explico aí embaixo. 

Um livro: O Senhor das Moscas, William Golding

Em 1950, Salinger lançou The Catcher In The Rye, Tolkien lançou Senhor dos Anéis, Lewis lançou Crônicas de Nárnia e Bradbury lançou Fahrenheit 451. Para não deixar ninguém de fora e me sentir culpada por esquecer, decidi falar de um que não fizesse parte da minha lista de favoritos da vida, mas que eu também amo.

Nesse livro, de 1954, Golding conta a história de um grupo de meninos que sofre um acidente de avião e acaba em uma ilha deserta. A partir daí, eles se veem cara a cara com seus instintos e seu lado selvagem.

Quando terminei de ler, eu fiquei chocada. Foi uma das melhores distopias que já li, repleta de significados interessantes e com uma narrativa extremamente bem construída. Chegou a me dar uma dorzinha no coração quando terminei a leitura, de tão real que o livro parecia.

Um álbum: Chet Baker Sings

Tenho uma paixonite por Chet Baker desde que descobri as músicas "antigas", e bem antes de ver qualquer foto dele. Chet tocava trompete e cantava, sempre umas músicas de jazz deliciosas de ouvir.


Curiosamente, eu ouvi primeiro as músicas instrumentais de Chet, e já me apaixonara antes de conhecer seu lado cantor.

Baker tem uma voz gostosa, e músicas agradáveis e lindas, com letras incríveis, e esse álbum, lançado em 1954, é só um dos muitos que lançou antes de falecer em 1988.

Minha favorita do álbum é "I Get Along Without You Very Well (Except Sometimes)".
  
Um filme: Funny Face, de Stanley Donen

Não adianta: posso amar muitos filmes dessa década, mas o meu favorito sempre vai ser esse. É um dos meus favoritos na vida, inclusive.

Trata-se de um musical estrelando Fred Astaire e Audrey Hepburn, lançado em 1957, que conta a história de Jo Stockton, uma moça que trabalha uma livraria e vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando a equipe de uma revista de moda entra na loja em que trabalha.

As músicas são um pouco ruins, mas eu adoro a química entre Audrey e Fred, e a personagem da Jo é muito parecida comigo, então é difícil não amar.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Crush do dia #2: Jeff Buckley

Sabe quando você se depara com um artista tão maravilhoso que você se pergunta por onde andou a arte dele durante toda a sua vida? Com o Jeff, foi assim.

Dá vontade de apertar!


Jeff Buckley nasceu em Anaheim, na Califórnia, em 1966. Quando terminou o Ensino Médio, foi estudar Música no Musician's Institute, em Hollywood. Depois de alguns anos tocando em bares e pubs, jazz e blues, Jeff se juntou a Gary Lucas para escrever algumas músicas, e acabou tocando na banda de Lucas (Gods and Monsters) por um tempo. Quando a banda estourou, Jeff saiu.

Buckley começou a chamar a atenção de alguns produtores, o que acabou resultando num contrato com a Columbia Records. Em 1994, ele lançou seu primeiro álbum, "Grace", que seria também seu único álbum lançado em vida.

A maior parte dos amigos que gostam dele o conhecem por conta da versão maravilhosa que ele fez de "Hallelujah". Curiosamente, eu conheci primeiro as poesias de Buckley. Na verdade, eu nem sabia que ele era músico; para mim, ele era um poeta que tinha morrido novo.

O vídeo abaixo, de Jeff declamando um de seus poemas, foi o responsável por me fazer pesquisar mais sobre ele. Esse poema, "New Year's Eve Prayer", é uma das coisas mais lindas - e, ao mesmo tempo, simples - que eu já ouvi na vida.


Quando descobri a música de Jeff, "Forget Her" me ganhou completamente, mas a favorita é "Mojo Pin", com certeza. Buckley sempre me lembra Elliott Smith, porque os dois morreram cedo e eram asburdamente talentosos. Eu gostaria de ter tido a oportunidade de ouvir mais das músicas dos dois.

Ele pode não fazer mais músicas por aqui, mas meu coração continua apaixonado por Jeff.