sábado, 31 de dezembro de 2016

7 músicas para 2017

Há um ano, eu estava fazendo uma playlist para me ajudar a enfrentar 2016. Ela ajudou tanto que eu decidi repetir a dose esse ano, só que não quis apagar a playlist de 2016. Assim como tudo o que aconteceu em 2016, essas sete músicas vão ficar comigo.

Eu escolhi mais sete músicas esse ano, e elas são um convite para continuar seguindo em frente e forte.

 
1. Carnaval, Ventre

A Ventre foi uma das bandas que eu mais ouvi esse ano, e essa música tem versos que passam exatamente o que eu gostaria de falar para as pessoas que eu amo: "nosso carnaval vai chegar, e essa fase ruim vai passar".

2. Melhor do que Parece, O Terno

Uma música maravilhosa para lembrar sempre que nem tudo é tão ruim quanto a gente diz que é. Se a gente se esforçar um pouquinho, dá para pensar em coisas ótimas.

3. Heroes, David Bowie

2017 vai ser o primeiro ano sem Bowie nessa Terra, e é importante que a gente sempre se lembre de manter o seu espírito e seus ideais vivos.

4. Happy New Year, RENT

De certa forma, uma lembrança das resoluções de ano novo que sempre fazemos e nem sempre cumprimos e, é claro, da importância de se cercar de amigos maravilhosos.

5. Carry On, fun.

Acho que ela não exige mais explicações. Vamos seguindo em frente.

6. Let It Be, Beatles

Um verdadeiro mantra. Aprendi muito esse ano que não vale a pena se estressar por coisas que não dependem de nós.

7. Shake It Out, Florence + The Machine

2016 foi tão esquisito que é muito necessário sacudirmos mesmo e seguirmos em frente, deixando o que não foi bom para trás. Deixemos os demônios em 2016 e que os de 2017 sejam menos agressivos.

sábado, 24 de setembro de 2016

Não vai ter news (ou o mistério das capas de animais)

Por um tempinho, eu pensei em fazer uma newsletter. Dizem que os blogs estão mortos, e vi muita gente fazendo a transição de um pro outro. Eu queria compartilhar umas coisas inúteis, um pouco diferentes dos textos que costumo postar, e confesso que ler as news da Lore e do Josh Radnor - e fazer a news do Conversa Cult - me deixou um pouco animada para isso.

Mas, como boa ansiosa, comecei a pensar no "e se não der certo?" e cheguei à conclusão de que, já que tenho esse blog maravilhoso aqui, era melhor não deixá-lo parado. Então, todas as bobagens (e era bobagem para caramba) que eu cogitei colocar numa news vão vir para cá, brace yourselves.

[Os posts desse tipo vão ser sempre taggeados como not-news, e você vai poder acessá-los pela barrinha lateral]

Para começar, queria contar uma coisa que aconteceu na faculdade.

Estou prestes a me formar e só faço duas disciplinas, então fico mais preguiçosa agora do que fui durante toda a graduação (desculpem, professoras, não são vocês, sou eu). Eis que estávamos, ontem, discutindo questões de arquitetura da informação e classificação de documentos.

A professora mencionou um "livro do urso polar" que, aparentemente, era O livro sobre arquitetura informacional na web. E é sério, gente, se você jogar "livro urso polar" no google, vai recuperar a carinha dele.

Acontece que o livro é conhecido exclusivamente pela capa do urso, e quase ninguém lembra o nome do autor, etc. E então um dos alunos questiona: "mas por que um urso?". Juro que queria ser o tipo de pessoa que é capaz de deixar de lado um questionamento desses e não deita para dormir pensando nos motivos para um livro de arquitetura da informação ter um urso polar na capa.

Obviamente, fui pesquisar. O livro é da O'Reilly, e a editora é conhecida pelas capas de animais mesmo. Ela publicou diversos livros sobre os mais variados campos da informática, e todos têm animaizinhos nas capas.


Aparentemente, não faz nenhum sentido. Parece mesmo que pegaram um bicho aleatório e jogaram na capa de um livro sobre UNIX. Maaaas, nas minhas pesquisas, achei várias postagens sobre o assunto e estou fascinada.

Os livros da O'Reilly eram, no começo (década de 1980), livrinhos costurados e pequeninos sobre UNIX vendidos via correio. Mas Tim O'Reilly decidiu, com o tempo, que queria vender seus livros em livrarias reais, e contratou um designer para elaborar capas para os livros.

Tem muita história aí no meio, mas o legal é que os animais que aparecem nas capas estão em risco de extinção, e a editora criou um site através do qual é possível conhecer um pouco mais sobre eles. E a equipe descobriu, depois de várias edições, que aranhas e cobras não fazem tanto sucesso, e que o público reage melhor a animais que tenham rosto e estejam olhando diretamente para eles.

Mas e a razão para cada animal? Pois é. Edie Freedman, a responsável original pelas capas, disse que existe uma razão, mas ela não vai revelar.

Eu nunca revelo as razões por trás das minhas escolhas, mas eu posso assegurar a todos os interessados que existe sempre uma razão.
O mistério continua. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

7 álbuns para os 20 anos

Sempre ouvi todo mundo comentar que a gente entrava em crise quando chegava na faixa dos vinte, mas custei a acreditar até chegar, de fato, aos vinte. É crise de identidade, são bads repentinas sem motivo algum, é um questionar constante se vai ter emprego, se você vai conseguir terminar a faculdade, como vai ser a vida, e será que você tá seguindo o caminho certo?

Como uma das melhores terapias é a música, eu separei sete álbuns que talvez ajudem você a passar por essas crises (eles têm me ajudado, então...).

1. Feeling Strangely Fine, Semisonic


Já falei desse álbum mais de uma vez aqui no blog, e de como ele faz parte da minha trilha sonora dos vinte anos. Em dezembro, eu escrevi:

Elegi esse álbum como trilha sonora dos meus vinte anos. Como falei com um dos meus amigos, ele é absurdo. É uma música boa atrás da outra, PÁPÁPÁ, um tiro atrás do outro, você recebendo tapas na cara e uma vozinha no fundo da sua mente dizendo: "ó, você se sente assim também, seu trouxa".

2. Atlas, Baleia

Eu confesso que estava receosa com relação a esse álbum. O "Quebra Azul" era um dos meus favoritos, e tinha me conquistado de uma forma absurda, então ficou aquele medo da banda se perder num segundo disco, mas eles se superaram. 


O "Atlas" é tão redondinho, tão bem finalizado, tão delicioso de ouvir... É o álbum de quem vive na cidade, na correria, no meio do medo e das próprias crises internas. Por isso, é muito muito fácil se identificar com tudo que é cantado nele.

3. Thick As Thieves, Temper Trap


Esse é o álbum mais recente da lista. Amo o Temper Trap e acho que eles têm umas músicas deliciosas de se ouvir em momento de crise e tristeza extrema. Esse álbum novo corta, machuca, mas te anima, te faz querer dançar e pular e gritar.

4. Blue Neighbourhood, Troye Sivan

Quando eu fui morar sozinha, e ouvi "Ease" num fim de semana particularmente difícil, senti tudo que me incomodava/preocupava numa música. Assim como o resto do álbum, é um retrato de todas as nossas dúvidas emocionais dos vinte anos.


Mas cuidado para não ouvir em um dia muito emotivo, não me responsabilizo por lágrimas vertidas.

5. Mind Over Matter, Young The Giant

Um dos melhores álbuns da década, ele é para ouvir e gritar todas as dores. É um álbum muito introspectivo, e extremamente delicioso de se ouvir para liberar os sentimentos ruins. Ah, e podem ficar tranquilos que Cough Syrup não é desse álbum.


6. Night Visions, Imagine Dragons

O Night Visions tem sido um queridinho meu desde a primeira vez que ouvi. Ele traz muitas questões que também me afligem, e serve para gritar as dores também. Ao mesmo tempo, ele dá uma acalmada nos ânimos e parece dizer que vai ficar tudo bem no final. 


Assim espero.

7. Born And Raised, John Mayer

O Born And Raised já foi meu parceiro de inúmeras viagens de ônibus de ida e volta da faculdade, e seu sentimento continua ecoando e sendo real para mim. É o álbum que você escuta quando anda se questionando, quando não sabe muito bem o que vai acontecer com a sua vida.


É um álbum para escutar quando a cabeça estiver cheia demais, porque ele vai te relaxar e te colocar no modo introspectivo.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

A Grande Tag Musical

Hoje me perdi no buraco negro dos vídeos relacionados do Youtube, e cheguei num vídeo do Canal Riff em que eles respondiam à Grande Tag Musical. Já tem um tempinho desde a última tag que fiz aqui, desde quando expus meus gostos musicais aqui, e achei a tag tão boa que não pude deixar de querer responder também.

Então aí vai:

Gênero favorito?

Rock e, dentro do rock, pop punk e indie rock.

Banda ou cantor mais ouvido no momento?

De acordo com meu last.fm, Dead Weather.


Música preferida no momento?

Que pergunta difícil! Eu ando bem apaixonada por "Amerika", do Young The Giant, e "7", do Catfish And The Bottlemen.


Três artistas favoritos?

Beatles, Fleetwood Mac, Simon & Garfunkel.

Aquela banda para qual você sempre volta?

Green Day.



Trilha Sonora de filme favorita?

Eu sou louca pela trilha de "(500) Dias Com Ela", mas acho que empata com a trilha de "Garota Infernal".


Música preferida de todos os tempos?

Be Somebody, Kings Of Leon.


Último show que foi?

City And Colour, no Circo Voador.

Música mais vergonhosa no computador, celular, itunes?

Eu tive que pensar muito, mas acho que The Chicken Song (e eu ainda sei cantar TODA).


As três músicas mais tocadas de acordo com seu player?

7, Catfish And The Bottlemen
Bookends, Simon & Garfunkel
Runaway, City And Colour


Que música sempre te faz sorrir?

Medical Love Song, Monty Python


Que música você ouve quando está triste?

Na verdade, tenho uma playlist para isso, mas Brick, do Ben Folds Five.



Que música te faz dançar?

Pay My Rent, DNCE.


Bandas e cantores desconhecidos que você indica?

Xóõ, Ben Folds, Honor Society.



Letra ou citação preferida?

Outra pergunta difícil demais! Eu não tenho UMA preferida, mas uma das que mais gosto é "I'm a slow motion accident, lost in coffee rings and fingerprints", da música Hear Me Out, da Frou Frou.



Que banda, cantor(a) ou música te lembra de alguma situação específica?

São tantos! Na virada do ano, a primeira música que ouvi foi Mistério do Planeta, e acho que ela foi uma ótima primeira música do ano.



domingo, 1 de maio de 2016

Começos, meios e fins: o blog mais honesto dos últimos tempos

Já faz um bom tempo que não me manifesto aqui, mas com boas desculpas. Estava focada em escrever um bocado do meu livro, e consegui fazer um bom progresso.

Logo depois, comecei a dar preferência ao que escrevia pra Pólen, porque as coisas que eu queria escrever pareciam se encaixar melhor lá do que aqui, e assim foi.

De vez em quando, eu via o blog e ficava meio tristinha por não estar postando nada aqui, por não fazer ideia do que seria interessante ser colocado... Mas com aquela sensação de que esse aqui é o meu cantinho sagrado, onde eu me sinto confortável para falar as besteiras que derem na cabeça.

Agora, além de começar a escrever meu TCC e surtar com o iminente fim da graduação, sou a mais nova integrante da equipe do Conversa Cult! \õ/

Postava lá há algum tempo, principalmente na coluna Notas Brasileiras, de indicação de artistas, que eu criei. Mas aí a equipe me chamou para fazer parte fixamente, e como eu poderia dizer não, né?

Isso não sou eu me despedindo disso aqui não, de forma alguma. É só uma explicação para meu sumiço que pode acontecer (curiosamente, escrever para tantos lugares diferentes me dá muita vontade de escrever aqui também).

Estou começando também um projeto audiovisual com uns amigos, então aguardem porque em breve vamos ter mais novidades ainda!

Ah, e ando bem frustrada por não ter o cd do Posada e O Clã no Spotify.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Amor Bêbado


Espalhei por cada bar
um pouquinho do meu querer
agora não tem um boteco na cidade
no qual eu não tenha falado de você

O garçom já sabe
Conhece seu jeito e o que diz
Se familiarizou com o seu nome
Entendeu que você é o que eu sempre quis

Já xinguei o seu nome
enquanto bebia cerveja quente
Outro dia, te elogiei demais
culpa da tequila que subiu à mente

Meus amigos perguntam
e, mesmo sem querer falar,
me pego pedindo outra dose
para em seu copo poder reclamar

Esses dias visitei um boteco
de uma outra cidade, garçom diferente
não sei por que me surpreendi
quando ele disse já saber da gente

Hoje vou pedir um drinque
e já peço desculpas pelo que acontecer
o que eu faço quando bebo vodca
é melhor você nem saber

Poema baseado nessa imagem maravilhosa




terça-feira, 1 de março de 2016

O que aconteceu com a previsibilidade?

“Full House”, ou “Três É Demais”, estreou em 1987. Eu não era nascida, meus pais ainda não namoravam, ninguém sabia que um dia eu existiria. Minha existência só começa em 1995, curiosamente o ano em que a série acabou.

Não sei se era reprise ou se a série estava sendo exibida pela primeira vez mas, quando eu era bem pequena, a Warner passava a série. Foi a primeira série que eu me lembro de ver. Dentre as minhas poucas memórias de infância, essa está lá no topo. Eu, sentada na cama dos meus pais, entre os dois, rindo com Michelle, Stephanie e DJ. Eu amava a Michelle, e ria de tudo que ela fazia. Lembro que eu também adorava o tio Jesse (John Stamos) e detestava a Becky.


A verdade, que eu não digo tão frequentemente quanto realmente gostaria, é que “Full House” é a série da minha vida. Aprendi muita coisa com ela, absorvi muitos conselhos, e ela desencadeou uma série de coisas para mim. Por culpa dela é que eu virei fã das gêmeas Olsen, assistindo todos os filmes em fitas alugadas. Foi “Full House” que me fez perceber que ser emotiva não era algo tão ruim assim (a DJ era, afinal de contas, e eu queria ser a DJ quando eu crescesse), e que fez com que eu me interessasse por stand up comedy e, mais importante, pelo Bob Saget.

Um pouco depois de acabar de ver “Full House” pela primeira vez (sim, apesar de pequena, eu vi a série inteira), eu comecei a escrever diários. Acredito que eu tinha uns oito anos quando comecei, e nunca mais parei. Alguns desses diários ficaram perdidos, mas eu tenho orgulho de dizer que guardei a maior parte deles, e tenho guardados os meus diários desde 2007.

Eu os guardo porque gosto de reler o que eu escrevi nos diários, e também porque basta olhar as capas deles para saber quem eu era em cada época, e até mesmo qual era o ano. Dentro de cada diário, está uma boa parte do que eu era, do que eu pensava mas, acima de tudo, aquilo que eu esperava para a minha vida.

Quando anunciaram “Fuller House”, eu fiquei maravilhada. Só sabia chorar. A série da minha vida, voltando (reassisti todos os episódios da série original enquanto esperava a estreia chegar). Na hora de assistir, fiquei nervosa, com medo de terem estragado tudo o que tio Jesse, Joey e Danny haviam construído em oito excelentes temporadas. Mas me surpreendi.


“Fuller House” é incrível. Cada episódio é uma ótima história, a nova família da DJ é maravilhosa, eles trazem de volta velhos personagens e os mesclam com os novos de forma sensacional, coerente e sem perder o espírito original da família Tanner (agora Tanner-Fuller). A melhor diferença da nova série para a antiga é que o trio da vez é composto por mulheres, então a identificação é bem mais fácil - e frequente.

A pequena eu esperava que, aos 20 anos, eu estaria namorando sério, morando com o namorado, com uma boa carreira, escrevendo muitos livros, com um grupo de amigos como num filme. A realidade é que eu divido apartamento com duas meninas incríveis, tenho um excelente grupo de amigos, e tento escrever o máximo que posso.

Acho que a pequena DJ achava que estaria casada com o Steve, e não que fosse viúva de um outro homem. Assim como ela, também passei por situações complicadas nas quais precisei do apoio daqueles ao meu redor (todos nós passamos, não é mesmo?). Dessa vez, não vi a série entre meu pai e minha mãe, porque os dois se separaram.


Mas tudo bem. Se tem algo que aprendi com Full House é que não podemos controlar algumas coisas, nem prever o que nos acontecerá, mas podemos nos cercar de pessoas positivas que nos ajudem a passar por cada problema, cada angústia. E então, quando as coisas começarem a melhorar, elas ainda vão estar lá. Como o próprio tema da série diz: “onde quer que você olhe, tem um coração, uma mão para segurar”.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ben Folds, eu te amo

Eu sou fã de muita coisa, mas sou chata de verdade com poucas delas (e quando eu digo chata, quero dizer a níveis de uma pré-adolescente histérica te pedindo para ouvir a música nova do Justin Bieber). Wet Hot American Summer é uma dessas coisas, talvez eu seja assim com Chico Chico também, mas o ápice da minha chatice é quando o assunto é Benjamin Scott Folds.

Esse homem, mais conhecido como Ben Folds, é um dos homens que eu mais amo nesse mundo. E, antes que você pergunte, eu não acho ele bonito e meu amor não tem nada a ver com ele ser um galã ou coisa parecida.


Meu amor pelo Ben tem uma ligação direta com as músicas que ele já compôs. "Mas Ariel, ele faz música romântica?" Porque geralmente é esse o critério para eu amar as músicas de um artista. Nesse caso, não. Folds, inclusive, tem uma música que canta "give me my money back, you bitch" (devolva meu dinheiro, sua vadia).

A música dele tem aquelas palavras que eu preciso ouvir sempre, e ele é um pianista incrível que casa as suas letras com uns pianos maravilhosos. Os arranjos, em geral, são excelentes. 

Ben Folds já colaborou com muita gente maravilhosa, como Regina Spektor, Amanda Palmer e Neil Gaiman. Meu vídeo favorito dele é um cover de "Careless Whisper" com o sensacional Rufus Wainwright. Antes disso, ele teve uma banda chamada Ben Folds Five, onde foi responsável por criar um dos meus hinos da famosa "bad", a balada devastadora que atende pelo nome de "Brick".

Ah, a quantidade de lágrimas vertidas quando começa esse refrão...
Acho que um pouquinho da culpa do meu amor por ele é a voz. Ben tem uma das vozes mais suaves e gostosas que eu já ouvi.

Para vocês terem uma noção do meu amor por esse homem: eu queria aprender a tocar piano única e exclusivamente para saber como tocar "Brick", porque o piano dessa música me destrói completamente. 

E, é claro, tem toda a situação com "The Luckiest". Essa é uma das minhas músicas favoritas (com certeza a minha música romântica favorita), e se eu pudesse eu tatuava ela inteira no meu corpo (ok, exagerei, me perdoem). Eu, que não pretendo me casar, já disse que caso na hora se o Ben aparecer para cantar essa música. Vocês provavelmente conhecem ela de "Questão de Tempo", aquele filme lindo.

É engraçado que eu tenha conhecido Ben por culpa de uma de suas músicas mais animadas, "Kate", mas gosto mesmo é das músicas mais tristes.



Um dos meus maiores sonhos é ver esse homem ao vivo mas, enquanto espero, continuo fazendo posts declarando meu amor por ele e recomendando uma coisa que já faço muito ao vivo: OUÇAM BEN FOLDS.

De preferência, a discografia inteira.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

George, por Ariel


Quando o Spotify disponibilizou o catálogo completo do George Harrison, Dhani, seu filho, criou uma playlist chamada "George by Dhani", que junta alguns dos maiores sucessos de sua carreira solo, bem como as músicas favoritas do Dhani.

Eu postei na página do blog:

"Dhani Harrison, o filho de George Harrison, é o responsável pelo catálogo do George, e sempre me impressiono com a sensibilidade que ele tem para lidar com tudo relacionado à música do pai.

Tem algumas das melhores músicas do Wonderwall Music, o álbum favorito de Dhani, mas parece uma compilação de tudo que melhor ressalta a qualidade musical de George, e resume muito bem tudo o que ele fez, a sua sonoridade em geral e os temas dos quais ele gostava de escrever.

Para quem não conhece a carreira solo de George, essa é uma ótima maneira. Muito interessante ver como a pessoa que mais foi inspirada por George o ouve.

Sugiro que façam o mesmo."


Dhani é a cara do pai, eu sei.
E eu planejava fazer uma grande postagem aqui, falando sobre as minhas músicas favoritas, sobre a playlist que eu criei com as minhas favoritas do George mas, por algum motivo, acabei não escrevendo nada e ficou por isso mesmo.

Eis que chegamos ao aniversário do meu Beatle favorito - para quem desconhece, o aniversário de George é comemorado em dois dias, 24 e 25 de fevereiro, porque George nasceu às 23:50 do dia 24, e acreditou, durante boa parte de sua vida, que seu aniversário era no dia 25 (a Wikipédia diz, inclusive, que seu aniversário é dia 25) - e eu não poderia deixar de falar sobre ele em algum lugar. E que lugar melhor do que aqui, não é?

Eu tinha vergonha de dizer que o George era o meu Beatle favorito, porque todo mundo parecia gostar do John e do Paul, e quem não gostava de nenhum dos dois dizia que amava o Ringo e se achava muito diferente por isso. Mas George sempre foi o meu Beatle, suas músicas sempre foram as que mais falavam comigo, tanto as solo quanto as da época dos Beatles.

Ele parecia ser amigo de todas as pessoas que eu adorava - Monty Python, Bob Dylan, Tom Petty - e tinha umas histórias maravilhosas, incluindo toda a sua história de vida. Eu me identificava muito com ele pela espiritualidade também; o Hinduísmo nos unia ainda mais.

Minha primeira leitura esse ano foi "A Biografia Espiritual de George Harrison", um livro que, como diz o título, apresenta toda a trajetória de Harrison sob a ótica da sua vida espiritual. Então, além de saber tudo o que aconteceu em sua vida material, o leitor também conhece a parte espiritual. O livro é excelente, lindíssimo, me fez chorar horrores no fim e pode ser lido por todos, não só por quem tem noções do Hinduísmo.

Meu amor por George é tão imenso, tão maior do que essa encarnação (juro, meus amigos, que conheço ele de outras vidas, é a única forma de explicar tanto amor) que minha primeira tatuagem foi em sua homenagem. George está aqui, na minha pele, até o dia que eu deixar de existir. ❤︎

No fim dessa semana, o cd/dvd George Fest vai ser lançado. Trata-se do registro de um festival que aconteceu no ano passado para celebrar a vida e a obra de George Harrison. Além da presença de Dhani, o festival contou com nomes como Brandon Flowers, Norah Jones (que é filha de Ravi Shankar!!!!!!!), e Weird Al Yankovich.


Sinto que posso falar dele a vida inteira e ainda não diria o suficiente a seu respeito. Por isso, prefiro deixar vocês com a minha playlist, e as músicas que eu escolhi.

Para ouvi-la, é só clicar aqui. Se quiser ler minhas justificativas para escolher cada música, continue lendo.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Não falta amor

Hoje, voltando para casa depois de um carnaval incrível e completamente sem vontade de voltar à vida normal, passei por um grafite que dizia:


Na hora, achei a frase muito potente e muito real. Uma das frases que eu mais odeio na vida é a clichê "mais amor, por favor", e concordo demais com a Clarice Falcão quando ela diz "menos mais amor, por favor".

Para mim, amor nunca faltou. Sim, verdade que as pessoas andavam meio rabugentas e demonstravam pouco qualquer tipo de carinho e amor, mas aí não era porque ele estava em falta, mas sim porque as pessoas não sabiam demonstrá-lo.

Essa frase tem muita relação com aquela outra, também imensamente clichê, de "As Vantagens de Ser Invisível": "nós aceitamos o amor que achamos merecer".

O amor anda por aí, está sempre à nossa volta. Seja pela presença nas pequenas coisas, como num riso pela coisa mais simples, ou pela presença de pessoas maravilhosas ao nosso redor.


Por muito tempo, eu acreditei que eu andava muito sozinha porque era esquisita e ninguém me amava, mas depois fui descobrir que meu verdadeiro problema era que eu tinha contato com as pessoas erradas. Isso não me incomodava porque, em parte, eu também não gostava muito de mim.

Mas depois comecei a ser amiga de pessoas que redefiniram tudo aquilo que eu chamava de amor, que melhoraram meu amor próprio e, mais importante do que isso, me trouxeram de volta a noção de que o amor existe sim.

Então, vamos parar de colocar a culpa no amor. Ele está só esperando que a gente faça melhor uso dele. Vamos amar.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Crush do dia #6: Brendon Urie

Eu tinha dez anos quando ouvi "I Write Sins Not Tragedies" pela primeira vez, na MTV, na estreia do clipe. Não ficou bem claro quem era o vocalista da banda, mas eu sabia que era um dos dois caras o clipe e, não importava quem fosse, era bonito.


Secretamente, eu queria que fosse o Brendon. Eu não tinha internet, mas esperei até a aula de informática para pesquisar os integrantes da banda (na época, ainda tinha Spencer, saudades Spencer), e fiquei muito feliz quando a minha pesquisa me trouxe várias fotos dele.

Brendon nasceu em Utah, e tem só 28 anos. "Só" porque vamos levar em conta que ele lançou o primeiro single por volta dos 18. Ele é o único membro do Panic!. O restante da banda foi saindo aos poucos, e hoje ele sai em turnê acompanhado de um pessoal bem legal, mas que não tem nada a ver com a formação original ou com os álbuns da banda.

Minha fase emo foi totalmente dedicada a amar esse cara, e tudo o que ele fazia era encantador para mim. Ele usava lápis de olho melhor do que eu jamais consegui.

Sou fã e apaixonada porque Brendon é um dos caras mais engraçados, ele conseguiu se manter mesmo com a banda se desfazendo, e lançou um álbum recentemente que está se saindo muito bem nas paradas. Ele é criativo demais. Nesses dez anos nos quais conheço o Panic!, a banda já perdeu a exclamação, mudou de um "indie cabaré" para uma coisa meio folk até um indie mais pop, e agora é uma mistura louca de Frank Sinatra e o Panic! pop.

Ah, e ele adora ficar semi nu nos palcos.

Ele é casado, e Sarah, a esposa dele, é absurdamente fofinha, e serviu de inspiração para músicas como "Sarah Smiles" e a nova "Death Of a Bachelor".

Essas fotos são do CASAMENTO dele, pelo amor de Deus!






sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Mãe, virei Directioner

Quando a One Direction surgiu, há seis anos, por causa do programa de TV X Factor, eu detestei a banda. Eu, que era uma fã louca dos Jonas Brothers, achei a banda forçada, as letras bobinhas demais, os integrantes bem estranhos (ok, até que aquele mais cabeludo era bonitinho).

Se você dissesse para eu de 2010 que agora eu estou ouvindo o mais recente cd da banda todos os dias, eu riria e acharia que era mentira. Mas é a mais pura verdade. Desde que o “Made In The AM” saiu, eu acho que o ouço duas vezes ao dia.

Eu tive muita dificuldade para admitir que eu estava, não gostando, mas amando esse álbum. As pessoas têm um preconceito musical muito forte. Parece que, se você é muito fã de uma banda de rock, você só pode gostar de rocks clássicos ou músicos que esse ou aquele crítico considera sensacionais. 

Esse tipo de preconceito sempre me incomodou. Por que é que nós temos que gostar só daquilo que é considerado algo “culto”? Quem define o que é ou não “bom”? 

(Nem vou entrar nessa discussão aqui, porque ela é extensa e complexa).

Não é só no pop que isso acontece. Sou fã do Troye Sivan por culpa do canal dele no youtube, e o “Blue Neighbourhood” fala muito com meu coração. Por mais que ele seja praticamente um queridinho do indie, muitas foram as críticas quando eu disse que estava ouvindo o cd dele. “Mas não tem qualidade”. Comparado a quê?

Eu descobri o novo cd da One Direction por causa de uma música chamada “What A Feeling”. Eu estava no twitter quando a música foi lançada e alguém comentou “nossa, ela parece muito uma música do Fleetwood Mac”. Parei e ri. Fleetwood Mac é uma das minhas bandas favoritas, e eu pensei que era impossível uma boy band bobinha fazer algo que chegasse aos pés do que aquela banda, com tanta história, já fizera.

Sim, eu mesma com um preconceito idiota. 

Pois decidi ouvir a tal música, e fiquei de queixo caído. Era realmente parecida com uma música da One Direction, era ótima, era linda. Ouvi de novo. E de novo. E de novo. 


Fiquei aguardando o lançamento do cd. E bem desconfortável, honestamente. Não podia dividir minha opinião com meus amigos porque tinha certeza de que seria julgada. Minha prima é apaixonada por One Direction e eu sabia que ela seria a primeira a fazer comentários do tipo “eu te disse”.

Finalmente, o cd saiu, e eu o devorei. Esperava realmente me decepcionar com as outras músicas do álbum (como acontecera com o Fm Static, por exemplo), mas eu não consegui desgostar de nenhuma. Eram todas bonitas, sinceras, interessantes, com letras bacanas e gostosas de ouvir.

Por mais que “What A Feeling” permanecesse a favorita, fui me apaixonando por outras como “Never Enough” e “Perfect”. 

A partir daí, foi natural. Em menos de um mês, eu já sabia uma parte da biografia da banda, estava viciada no cd, conhecia as vinte mil tatuagens do Harry Styles e já tinha fuçado todo o youtube procurando vídeos da banda (e, é claro, tinha visto o Carpool Karaoke com os meninos).

Minha opinião do primeiro cd da banda continua a mesma: não gosto. Mas, depois de gostar tanto do novo, quem sabe não dou uma chance aos outros? Acabamos conhecendo só aquilo que um artista lança como músicas de trabalho, e dificilmente procuramos o resto do trabalho dele. Posso me surpreender (para bem ou mal, veremos).

Quase todo mundo à minha volta está apaixonado pelo álbum novo do Justin Bieber, Selena Gomez ou Nick Jonas. Há alguns anos, essas mesmas pessoas eram aquelas que riam deles e achavam a música deles uma droga. Me parece que esses artistas que são criticados por fazer uma coisa muito pop, muito comercial, são aqueles que mais surpreendem quando lançam algo que é coletivamente tido como bom.

Então eu digo para sermos julgados por aquelas músicas que nos fazem suspirar, que significam tanto para nós. Pode ser que elas sejam julgadas maravilhosas em alguns anos. E, caso não, pelo menos não precisamos esconder do que realmente gostamos e, consequentemente, um pedaço das nossas identidades.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Crush do dia #5: Jack Lawrence

Olha só quem está de volta!

Passei um tempo sem atualizar essa coluna justamente para dar tempo de amar muitos moços bonitos, mas voltei pronta para abalar os corações de vocês.

O escolhido de hoje é o Jack Lawrence, um cara que eu acho lindo há bastante tempo e vou ter a oportunidade de ver ao vivo no show do City And Colour, em abril, aqui no Rio.

Vocês, que conhecem a banda, provavelmente acham o Dallas Green maravilhoso, e eu não posso negar que ele é isso tudo sim, mas não consigo prestar muita atenção nele quando Jack Lawrence está ali do lado.

Jack tem 39 anos (apesar de ter cara de uns 19, no máximo, como ele consegue ter a mesma cara desde sempre e não envelhecer?), nasceu e mora nos Estados Unidos, e é um dos baixistas mais maravilhosos que eu já ouvi.



Ele é conhecido por trabalhar com um monte de gente, incluindo Karen O e na trilha sonora de Onde Vivem Os Monstros.

Eu não conheci o trabalho dele pelo City And Colour, mas sim pelo Raconteurs. Sou absurdamente fã de Jack White, mas ainda mais de suas bandas. Quando ele lançou o primeiro cd do Raconteurs, em 2006, eu me perguntei quem era aquele moço bonito de óculos e cabelo grande (e ele não mudou NADA desde esse dia, sério, como ele consegue?).

Além de Raconteurs e City And Colour, ele também toca na maravilhosa Dead Weather, outra banda de Jack White (e, na minha opinião, a melhor dele). Em um dos vídeos da banda, inclusive, ele ensina sua técnica de baixo enquanto está totalmente chapado - e o resultado é lindo.


sábado, 9 de janeiro de 2016

Décadas: 2000

Um filme: Almost Famous, Cameron Crowe

Ugh, como eu amo Cameron Crowe!

Quando vi Quase Famosos, eu não esperava me apaixonar tão fortemente. Já vi críticas sérias à personagem Penny Lane, mas acho ela importante,

Nos anos 1970, William Miller, um menino de 15 anos, é chamado pela revista Rolling Stone para acompanhar uma banda chamada Stillwater durante sua primeira turnê pelos Estados Unidos.

Apesar de ter muitos filmes favoritos dos anos 2000, escolhi esse porque nunca havia falado dele aqui e estava reassistindo esses dias e foi só amor!


Um álbum: Continuum, John Mayer



Apesar de ter um lugarzinho guardado para cada um dos álbums do John, e de ser fã alucinada do Room For Squares, não consigo deixar de eleger o Continuum como meu favorito.

Além de contar com músicas lindas como "Slow Dancing In a Burning Room" e "Vultures", esse álbum conta com um cover maravilhoso de "Bold As Love", do Jimi Hendrix Experience.

Um livro: A Million Little Pieces, James Frey



Não me lembro de jeito nenhum o que me fez procurar esse livro para ler, mas o achei e li e ele me mudou. Continua sendo um dos meus livros favoritos.

Em 2013, eu escrevi sobre ele aqui no blog, olha lá.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

7 músicas para 2016

Todo começo de ano, eu acho que tudo vai mudar, e fico um pouco desesperada quando julho chega e eu vejo que metade do ano passou. Mas começo de ano tem aquela coisa gostosa de "olha, tá recomeçando, vamos fazer diferente?"

Muita música é lançada em um ano e eu acabo fazendo milhares de playlists, mas esse ano decidi fazer uma coisa diferente. No finzinho de 2015, eu escolhi sete músicas com mensagens importantes para mim nesse 2016.



Depois disso, decidi trazer a playlist pro blog e explicar minhas escolhas.

1. Seasons Of Love, RENT

Acho que nenhuma música explica melhor o que acontece em um ano. As reviravoltas, as coisas boas, as ruins, os momentos que você queria esquecer e os que vai carregar consigo. Abri a playlist com ela porque ela é a música do ano que passou, a retrospectiva.

2. Move Along, The All-American Rejects

Sou apaixonada por AAR, e essa música foi meu hino em 2004. Coloquei na lista porque acabamos esquecendo de seguir em frente, ficamos cansados, mas é importante lembrar, não só nos primeiros dias do ano, que tem como continuar sim.

3. This Year, The Mountain Goats

Comecei a tradição de ouvi-la todo dia 1º graças ao John Green, e a mensagem dela é exatamente o que você precisa ouvir para ter certeza de que vai sobreviver a 2016.

4. Weightless, All Time Low

Nem todo dia dá para ser bom, né? Então a gente sacode a poeira e acredita que, mesmo que hoje não seja o seu dia, o ano vai ser seu.

5. This Will Be My Year, Semisonic

Já falei aqui no blog que o Feeling Strangely Fine é o álbuns dos meus 20 anos. Essa música resume perfeitamente tudo o que eu sinto todos os dias quando levanto da cama, e aquele lembretezinho de que quem faz o ano sou eu.

6. She Moves On, Paul Simon

Essa é uma das músicas da minha vida, e é sempre bom lembrar que não precisamos ficar presos às coisas que nos aconteceram.

7. Not Alone, Darren Criss

Encerrei a playlist com uma música para lembrar que ninguém está sozinho, que todos nós podemos contar com aqueles que estão ao nosso redor. 2016 não precisa ser solitário, pode ser cheio de amor.

Então fica a esperança, em 7 músicas, de que 2016 seja melhor do que 2015.