sábado, 31 de dezembro de 2016

7 músicas para 2017

Há um ano, eu estava fazendo uma playlist para me ajudar a enfrentar 2016. Ela ajudou tanto que eu decidi repetir a dose esse ano, só que não quis apagar a playlist de 2016. Assim como tudo o que aconteceu em 2016, essas sete músicas vão ficar comigo.

Eu escolhi mais sete músicas esse ano, e elas são um convite para continuar seguindo em frente e forte.

 
1. Carnaval, Ventre

A Ventre foi uma das bandas que eu mais ouvi esse ano, e essa música tem versos que passam exatamente o que eu gostaria de falar para as pessoas que eu amo: "nosso carnaval vai chegar, e essa fase ruim vai passar".

2. Melhor do que Parece, O Terno

Uma música maravilhosa para lembrar sempre que nem tudo é tão ruim quanto a gente diz que é. Se a gente se esforçar um pouquinho, dá para pensar em coisas ótimas.

3. Heroes, David Bowie

2017 vai ser o primeiro ano sem Bowie nessa Terra, e é importante que a gente sempre se lembre de manter o seu espírito e seus ideais vivos.

4. Happy New Year, RENT

De certa forma, uma lembrança das resoluções de ano novo que sempre fazemos e nem sempre cumprimos e, é claro, da importância de se cercar de amigos maravilhosos.

5. Carry On, fun.

Acho que ela não exige mais explicações. Vamos seguindo em frente.

6. Let It Be, Beatles

Um verdadeiro mantra. Aprendi muito esse ano que não vale a pena se estressar por coisas que não dependem de nós.

7. Shake It Out, Florence + The Machine

2016 foi tão esquisito que é muito necessário sacudirmos mesmo e seguirmos em frente, deixando o que não foi bom para trás. Deixemos os demônios em 2016 e que os de 2017 sejam menos agressivos.

sábado, 24 de setembro de 2016

Não vai ter news (ou o mistério das capas de animais)

Por um tempinho, eu pensei em fazer uma newsletter. Dizem que os blogs estão mortos, e vi muita gente fazendo a transição de um pro outro. Eu queria compartilhar umas coisas inúteis, um pouco diferentes dos textos que costumo postar, e confesso que ler as news da Lore e do Josh Radnor - e fazer a news do Conversa Cult - me deixou um pouco animada para isso.

Mas, como boa ansiosa, comecei a pensar no "e se não der certo?" e cheguei à conclusão de que, já que tenho esse blog maravilhoso aqui, era melhor não deixá-lo parado. Então, todas as bobagens (e era bobagem para caramba) que eu cogitei colocar numa news vão vir para cá, brace yourselves.

[Os posts desse tipo vão ser sempre taggeados como not-news, e você vai poder acessá-los pela barrinha lateral]

Para começar, queria contar uma coisa que aconteceu na faculdade.

Estou prestes a me formar e só faço duas disciplinas, então fico mais preguiçosa agora do que fui durante toda a graduação (desculpem, professoras, não são vocês, sou eu). Eis que estávamos, ontem, discutindo questões de arquitetura da informação e classificação de documentos.

A professora mencionou um "livro do urso polar" que, aparentemente, era O livro sobre arquitetura informacional na web. E é sério, gente, se você jogar "livro urso polar" no google, vai recuperar a carinha dele.

Acontece que o livro é conhecido exclusivamente pela capa do urso, e quase ninguém lembra o nome do autor, etc. E então um dos alunos questiona: "mas por que um urso?". Juro que queria ser o tipo de pessoa que é capaz de deixar de lado um questionamento desses e não deita para dormir pensando nos motivos para um livro de arquitetura da informação ter um urso polar na capa.

Obviamente, fui pesquisar. O livro é da O'Reilly, e a editora é conhecida pelas capas de animais mesmo. Ela publicou diversos livros sobre os mais variados campos da informática, e todos têm animaizinhos nas capas.


Aparentemente, não faz nenhum sentido. Parece mesmo que pegaram um bicho aleatório e jogaram na capa de um livro sobre UNIX. Maaaas, nas minhas pesquisas, achei várias postagens sobre o assunto e estou fascinada.

Os livros da O'Reilly eram, no começo (década de 1980), livrinhos costurados e pequeninos sobre UNIX vendidos via correio. Mas Tim O'Reilly decidiu, com o tempo, que queria vender seus livros em livrarias reais, e contratou um designer para elaborar capas para os livros.

Tem muita história aí no meio, mas o legal é que os animais que aparecem nas capas estão em risco de extinção, e a editora criou um site através do qual é possível conhecer um pouco mais sobre eles. E a equipe descobriu, depois de várias edições, que aranhas e cobras não fazem tanto sucesso, e que o público reage melhor a animais que tenham rosto e estejam olhando diretamente para eles.

Mas e a razão para cada animal? Pois é. Edie Freedman, a responsável original pelas capas, disse que existe uma razão, mas ela não vai revelar.

Eu nunca revelo as razões por trás das minhas escolhas, mas eu posso assegurar a todos os interessados que existe sempre uma razão.
O mistério continua. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

7 álbuns para os 20 anos

Sempre ouvi todo mundo comentar que a gente entrava em crise quando chegava na faixa dos vinte, mas custei a acreditar até chegar, de fato, aos vinte. É crise de identidade, são bads repentinas sem motivo algum, é um questionar constante se vai ter emprego, se você vai conseguir terminar a faculdade, como vai ser a vida, e será que você tá seguindo o caminho certo?

Como uma das melhores terapias é a música, eu separei sete álbuns que talvez ajudem você a passar por essas crises (eles têm me ajudado, então...).

1. Feeling Strangely Fine, Semisonic


Já falei desse álbum mais de uma vez aqui no blog, e de como ele faz parte da minha trilha sonora dos vinte anos. Em dezembro, eu escrevi:

Elegi esse álbum como trilha sonora dos meus vinte anos. Como falei com um dos meus amigos, ele é absurdo. É uma música boa atrás da outra, PÁPÁPÁ, um tiro atrás do outro, você recebendo tapas na cara e uma vozinha no fundo da sua mente dizendo: "ó, você se sente assim também, seu trouxa".

2. Atlas, Baleia

Eu confesso que estava receosa com relação a esse álbum. O "Quebra Azul" era um dos meus favoritos, e tinha me conquistado de uma forma absurda, então ficou aquele medo da banda se perder num segundo disco, mas eles se superaram. 


O "Atlas" é tão redondinho, tão bem finalizado, tão delicioso de ouvir... É o álbum de quem vive na cidade, na correria, no meio do medo e das próprias crises internas. Por isso, é muito muito fácil se identificar com tudo que é cantado nele.

3. Thick As Thieves, Temper Trap


Esse é o álbum mais recente da lista. Amo o Temper Trap e acho que eles têm umas músicas deliciosas de se ouvir em momento de crise e tristeza extrema. Esse álbum novo corta, machuca, mas te anima, te faz querer dançar e pular e gritar.

4. Blue Neighbourhood, Troye Sivan

Quando eu fui morar sozinha, e ouvi "Ease" num fim de semana particularmente difícil, senti tudo que me incomodava/preocupava numa música. Assim como o resto do álbum, é um retrato de todas as nossas dúvidas emocionais dos vinte anos.


Mas cuidado para não ouvir em um dia muito emotivo, não me responsabilizo por lágrimas vertidas.

5. Mind Over Matter, Young The Giant

Um dos melhores álbuns da década, ele é para ouvir e gritar todas as dores. É um álbum muito introspectivo, e extremamente delicioso de se ouvir para liberar os sentimentos ruins. Ah, e podem ficar tranquilos que Cough Syrup não é desse álbum.


6. Night Visions, Imagine Dragons

O Night Visions tem sido um queridinho meu desde a primeira vez que ouvi. Ele traz muitas questões que também me afligem, e serve para gritar as dores também. Ao mesmo tempo, ele dá uma acalmada nos ânimos e parece dizer que vai ficar tudo bem no final. 


Assim espero.

7. Born And Raised, John Mayer

O Born And Raised já foi meu parceiro de inúmeras viagens de ônibus de ida e volta da faculdade, e seu sentimento continua ecoando e sendo real para mim. É o álbum que você escuta quando anda se questionando, quando não sabe muito bem o que vai acontecer com a sua vida.


É um álbum para escutar quando a cabeça estiver cheia demais, porque ele vai te relaxar e te colocar no modo introspectivo.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

A Grande Tag Musical

Hoje me perdi no buraco negro dos vídeos relacionados do Youtube, e cheguei num vídeo do Canal Riff em que eles respondiam à Grande Tag Musical. Já tem um tempinho desde a última tag que fiz aqui, desde quando expus meus gostos musicais aqui, e achei a tag tão boa que não pude deixar de querer responder também.

Então aí vai:

Gênero favorito?

Rock e, dentro do rock, pop punk e indie rock.

Banda ou cantor mais ouvido no momento?

De acordo com meu last.fm, Dead Weather.


Música preferida no momento?

Que pergunta difícil! Eu ando bem apaixonada por "Amerika", do Young The Giant, e "7", do Catfish And The Bottlemen.


Três artistas favoritos?

Beatles, Fleetwood Mac, Simon & Garfunkel.

Aquela banda para qual você sempre volta?

Green Day.



Trilha Sonora de filme favorita?

Eu sou louca pela trilha de "(500) Dias Com Ela", mas acho que empata com a trilha de "Garota Infernal".


Música preferida de todos os tempos?

Be Somebody, Kings Of Leon.


Último show que foi?

City And Colour, no Circo Voador.

Música mais vergonhosa no computador, celular, itunes?

Eu tive que pensar muito, mas acho que The Chicken Song (e eu ainda sei cantar TODA).


As três músicas mais tocadas de acordo com seu player?

7, Catfish And The Bottlemen
Bookends, Simon & Garfunkel
Runaway, City And Colour


Que música sempre te faz sorrir?

Medical Love Song, Monty Python


Que música você ouve quando está triste?

Na verdade, tenho uma playlist para isso, mas Brick, do Ben Folds Five.



Que música te faz dançar?

Pay My Rent, DNCE.


Bandas e cantores desconhecidos que você indica?

Xóõ, Ben Folds, Honor Society.



Letra ou citação preferida?

Outra pergunta difícil demais! Eu não tenho UMA preferida, mas uma das que mais gosto é "I'm a slow motion accident, lost in coffee rings and fingerprints", da música Hear Me Out, da Frou Frou.



Que banda, cantor(a) ou música te lembra de alguma situação específica?

São tantos! Na virada do ano, a primeira música que ouvi foi Mistério do Planeta, e acho que ela foi uma ótima primeira música do ano.



domingo, 1 de maio de 2016

Começos, meios e fins: o blog mais honesto dos últimos tempos

Já faz um bom tempo que não me manifesto aqui, mas com boas desculpas. Estava focada em escrever um bocado do meu livro, e consegui fazer um bom progresso.

Logo depois, comecei a dar preferência ao que escrevia pra Pólen, porque as coisas que eu queria escrever pareciam se encaixar melhor lá do que aqui, e assim foi.

De vez em quando, eu via o blog e ficava meio tristinha por não estar postando nada aqui, por não fazer ideia do que seria interessante ser colocado... Mas com aquela sensação de que esse aqui é o meu cantinho sagrado, onde eu me sinto confortável para falar as besteiras que derem na cabeça.

Agora, além de começar a escrever meu TCC e surtar com o iminente fim da graduação, sou a mais nova integrante da equipe do Conversa Cult! \õ/

Postava lá há algum tempo, principalmente na coluna Notas Brasileiras, de indicação de artistas, que eu criei. Mas aí a equipe me chamou para fazer parte fixamente, e como eu poderia dizer não, né?

Isso não sou eu me despedindo disso aqui não, de forma alguma. É só uma explicação para meu sumiço que pode acontecer (curiosamente, escrever para tantos lugares diferentes me dá muita vontade de escrever aqui também).

Estou começando também um projeto audiovisual com uns amigos, então aguardem porque em breve vamos ter mais novidades ainda!

Ah, e ando bem frustrada por não ter o cd do Posada e O Clã no Spotify.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Amor Bêbado


Espalhei por cada bar
um pouquinho do meu querer
agora não tem um boteco na cidade
no qual eu não tenha falado de você

O garçom já sabe
Conhece seu jeito e o que diz
Se familiarizou com o seu nome
Entendeu que você é o que eu sempre quis

Já xinguei o seu nome
enquanto bebia cerveja quente
Outro dia, te elogiei demais
culpa da tequila que subiu à mente

Meus amigos perguntam
e, mesmo sem querer falar,
me pego pedindo outra dose
para em seu copo poder reclamar

Esses dias visitei um boteco
de uma outra cidade, garçom diferente
não sei por que me surpreendi
quando ele disse já saber da gente

Hoje vou pedir um drinque
e já peço desculpas pelo que acontecer
o que eu faço quando bebo vodca
é melhor você nem saber

Poema baseado nessa imagem maravilhosa




terça-feira, 1 de março de 2016

O que aconteceu com a previsibilidade?

“Full House”, ou “Três É Demais”, estreou em 1987. Eu não era nascida, meus pais ainda não namoravam, ninguém sabia que um dia eu existiria. Minha existência só começa em 1995, curiosamente o ano em que a série acabou.

Não sei se era reprise ou se a série estava sendo exibida pela primeira vez mas, quando eu era bem pequena, a Warner passava a série. Foi a primeira série que eu me lembro de ver. Dentre as minhas poucas memórias de infância, essa está lá no topo. Eu, sentada na cama dos meus pais, entre os dois, rindo com Michelle, Stephanie e DJ. Eu amava a Michelle, e ria de tudo que ela fazia. Lembro que eu também adorava o tio Jesse (John Stamos) e detestava a Becky.


A verdade, que eu não digo tão frequentemente quanto realmente gostaria, é que “Full House” é a série da minha vida. Aprendi muita coisa com ela, absorvi muitos conselhos, e ela desencadeou uma série de coisas para mim. Por culpa dela é que eu virei fã das gêmeas Olsen, assistindo todos os filmes em fitas alugadas. Foi “Full House” que me fez perceber que ser emotiva não era algo tão ruim assim (a DJ era, afinal de contas, e eu queria ser a DJ quando eu crescesse), e que fez com que eu me interessasse por stand up comedy e, mais importante, pelo Bob Saget.

Um pouco depois de acabar de ver “Full House” pela primeira vez (sim, apesar de pequena, eu vi a série inteira), eu comecei a escrever diários. Acredito que eu tinha uns oito anos quando comecei, e nunca mais parei. Alguns desses diários ficaram perdidos, mas eu tenho orgulho de dizer que guardei a maior parte deles, e tenho guardados os meus diários desde 2007.

Eu os guardo porque gosto de reler o que eu escrevi nos diários, e também porque basta olhar as capas deles para saber quem eu era em cada época, e até mesmo qual era o ano. Dentro de cada diário, está uma boa parte do que eu era, do que eu pensava mas, acima de tudo, aquilo que eu esperava para a minha vida.

Quando anunciaram “Fuller House”, eu fiquei maravilhada. Só sabia chorar. A série da minha vida, voltando (reassisti todos os episódios da série original enquanto esperava a estreia chegar). Na hora de assistir, fiquei nervosa, com medo de terem estragado tudo o que tio Jesse, Joey e Danny haviam construído em oito excelentes temporadas. Mas me surpreendi.


“Fuller House” é incrível. Cada episódio é uma ótima história, a nova família da DJ é maravilhosa, eles trazem de volta velhos personagens e os mesclam com os novos de forma sensacional, coerente e sem perder o espírito original da família Tanner (agora Tanner-Fuller). A melhor diferença da nova série para a antiga é que o trio da vez é composto por mulheres, então a identificação é bem mais fácil - e frequente.

A pequena eu esperava que, aos 20 anos, eu estaria namorando sério, morando com o namorado, com uma boa carreira, escrevendo muitos livros, com um grupo de amigos como num filme. A realidade é que eu divido apartamento com duas meninas incríveis, tenho um excelente grupo de amigos, e tento escrever o máximo que posso.

Acho que a pequena DJ achava que estaria casada com o Steve, e não que fosse viúva de um outro homem. Assim como ela, também passei por situações complicadas nas quais precisei do apoio daqueles ao meu redor (todos nós passamos, não é mesmo?). Dessa vez, não vi a série entre meu pai e minha mãe, porque os dois se separaram.


Mas tudo bem. Se tem algo que aprendi com Full House é que não podemos controlar algumas coisas, nem prever o que nos acontecerá, mas podemos nos cercar de pessoas positivas que nos ajudem a passar por cada problema, cada angústia. E então, quando as coisas começarem a melhorar, elas ainda vão estar lá. Como o próprio tema da série diz: “onde quer que você olhe, tem um coração, uma mão para segurar”.