domingo, 15 de dezembro de 2013

Vórtex


vamos fingir que vai ser diferente 
dessa vez
que eu vou acordar com seu
calor do meu lado
ao invés desse vazio, oco, escuro
e frio
que fica quando vamos dormir

acho que talvez a culpa seja
minha
e desses meus sentimentos vadios
que fazem morada no coração
de quem os deixa entrar

no fim das contas, o que
conta
é que eu me magoei outra vez
por acreditar que alguém poderia
olhar nesses olhos meus
que estão sempre
olhando o espaço
e ver que o que eu realmente
gostaria de ver
são os olhos de alguém

me olhando também

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Retrospectiva (2013)


   O ano em que eu fui assaltada. Em que eu disse adeus à minha imunidade. Em que me afastei de alguns amigos. Em que perdi um ídolo, e duas bandas favoritas acabaram. O ano em que descobri o que é não ter tempo. Em que dormir pouco e dormir se tornaram sinônimos. Em que sofri com o aparelho. Em que me senti boba, fraca, feia. Em que recebi alguns nãos. Em que tive que me despedir de quatro filhotes fofos. O ano em que tive que amadurecer mais do que achei que teria. O ano em que tive que dizer “não” algumas vezes.

   O ano em que achei meu Casarão. Em que conheci pessoas maravilhosas. Em que me senti amada. Em que realizei dois sonhos. Em que vi Doctor Who no cinema e quase morri de amor. Em que fui abraçada por mais de três pessoas. Em que li livros maravilhosos, vi filmes incríveis e ouvi músicas inesquecíveis. O ano em que dancei Beatles. Em que me senti feliz, bonita, inteligente. Em que quis abraçar estranhos. O ano em que recebi alguns sins.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Raio x




  Os dedos dos pés pintados com um esmalte que trazia a sensação de ser criança e usar o esmalte escuro da mãe. Paul McCartney nos fones, mas ela juraria que seu Beatle favorito era Ringo. A chuva batendo na janela, enquanto o ar condicionado refrigerava o interior da casa. As pernas nuas devido ao calor, e uma vontade infindável de ser mais do que era. Os pés cansados e grandes que insistiam em rodopiar dançando. As mãos cheias de calos de dedos longos e unhas mal cortadas. Os olhos castanhos cobertos por óculos de grau, que permitiam que ela visse de longe. Um sorriso tímido e torto, sendo corrigido por um aparelho ortodôntico. Os cabelos, longos e recém lavados, caindo por suas costas da maneira que queriam. E lá, por baixo de tudo isso, um coração solitário.

  Um coração que fora quebrado inúmeras vezes. Por aquele de mãos calosas, que não acreditara nela. Por aquele de sorriso torto, que não a vira como mais do que amiga. Por aqueles que ela achou que gostava, mas se enganou. E então, por último, por aquele que tocara seu coração como cordas bem afinadas.

  Um coração que sofrera todas as vezes que a vida decidira fazê-la sofrer. Um coração que respirava abatido, que mal se segurava, mal sobrevivia. Um coração que se apaixonava uma ou duas vezes na semana, por homens que sabia que não teria. Um coração que acelerava quando algo que amava era mencionado. Que amava amar, simples e puramente.

  Levou seu coração ao médico. Se sentou e contou que doía, doía muito, e que não tinha com quem dividi-lo. Sentia que ele era, cada vez mais, um fardo. Que muitas vezes se sentia fisicamente mal por conta de algo que estava dentro de si.
  O médico a olhou nos olhos e alertou:

- Temos duas opções. Realizamos uma cirurgia e retiramos seu coração, substituindo-o por um objeto inanimado de sua preferência, como uma lata de guaraná ou uma xícara de café, ou deixamos seu coração como está. Nesse caso, te indico um remédio, que não cura todos danos, não os permanentes, mas cura quase todos.

- E qual seria? - Uma voz calma, quieta, tímida, medrosa.

- O Tempo. Uso contínuo.

- E os efeitos colaterais?

- Experiência.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Poeminha para você

Quero que o resto da minha vida
Seja tão gostoso quanto te ver sorrir
Que cada manhã cinzenta
Seja uma sexta-feira com você

E se for de um lado só,
não tem problema
Me contento em ver de longe
Se a vista for você.

sábado, 5 de outubro de 2013

Conhecimento


Ainda não sei se você quer ou não casar
Como você gosta de dormir, de que lado gosta de deitar
Ainda não sei o que procura nas garotas que beija
Se prefere o bombom de creme ou de licor de cereja
Ainda não sei se idade importa para você
Se já teve tempo de pensar se quer um bebê

Por enquanto não sei se você prefere ruivas ou morenas
Meninas grandes, altas, baixas ou pequenas
Por enquanto não sei quais livros gostou de ler
Se chora com as histórias e com os filmes que vê
Por enquanto não sei se é bom em matemática ou português
Se gosta de ser amigo ou namorar de vez

Espero saber se você gostou do meu jeito de me vestir
Para quais lugares você gosta de ir
Espero saber quanto tempo demora para se apaixonar
E como o seu “te amo” deve soar


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Autorretrato


Luzinhas coloridas de enfeitar natais
Preenchem os espaços que ninguém preenche mais
Entre a tristeza e a loucura, e eu não sei o que fazer
Nem se quero parar de escrever sobre você

Beijos sem sentido desses carnavais
São ótimos para todos, mas para mim são demais
Entre a coragem e o medo, e eu não sei que dizer
Não me livro dessa sensação de que vou te perder

Essas minhas saias e esse meu chapéu
Meu coração tocando Beatles e Simon & Garfunkel
Entre 2013 e 69, eu não sei bem onde estou
E fico aqui cantando sobre a Ariel que restou

Auld Lang Syne e sombrinhas amarelas
Histórias de amor não serão como aquelas
Entre Prufrock e Dalí, minha vida é um poema
Longe dessa cidade estúpida e pequena

Uma estante transbordando com livros para ler
E uma paixonite que eu gostaria de esquecer
Entre Levithan e Gaiman, não sei como narrar
Esses momentos de agonia que não querem acabar

terça-feira, 3 de setembro de 2013

ABC da Ariel


Um ABC de coisas que eu gosto. Espero que gostem!


A de abraços

"Abraçar é um instinto, uma resposta natural a sentimentos de afeição, compaixão, carência e alegria."
(Kathleen Keating)
B de borboletas


C de chuva



D de Daleks
Os Daleks são uma raça fictícia de mutantes extraterrestres, inimigos do Doctor em Doctor Who.
Mas eu gosto deles mesmo assim.

E de esquisitices

"Eu gosto de coisas estranhas.
O estranho pode nem sempre ser bom.
Mas o estranho é sempre diferente."

F de filhotes

A foto é só para ilustrar. Gosto de filhotes de tudo, não só de boxer.

G de glam rock

"O Glam rock é um gênero musical (sendo um subgênero do rock) criado na Inglaterra , conhecido também como glitter rock. Foi um estilo de música nascido no final dos anos 60 e popularizado no início dos anos 70."
(Wikipedia)
H de hardcovers

Ou livros de capa dura haha

I de indie rock

Quê?

J de John Hughes






K de key smashes

L de livros


M de música


N de New York


O de óculos


P de Pippi Meialonga

Uma personagem linda que marcou minha infância e me influenciou a usar meias trocadas hihi

Q de queijo



R de Roxy Music


S de suspensórios


T de Tim Burton



U de universidade

Porque a) estou amando essa fase b) sempre quis viver essa fase

V de vestidos



W de Wes Anderson

E Bill Murray haha

X de X-Men

Sou menina Marvel, e daí?

Y de YA

Ou ficção para jovens adultos (:

Z de Zooey Deschanel






sábado, 31 de agosto de 2013

Sábado de Bienal

Tive um sábado maravilhoso na bienal! Mesmo com os preços abusivos (de que adianta cobrar mais na bienal do que no site e na loja física) e das filas. Ok, as filas foram ridículas de tão grandes, mal dava para dar dois passos sem esbarrar em uma. E as meninas estavam ovulando ali esperando o Nicholas Sparks, como se ele fosse o último homem da terra. Eu entendo, mas não precisavam gritar tanto.

Tive a chance de conhecer o Gabriel e o Danilo, do Cabine Literária (dois fofos, super simpáticos) e acabei salvando o Gabriel de se perder pelo mundo. hihi


Além disso, consegui autógrafo do Pedro Bandeira, um dos escritores da minha infância e um vovô lindo e fofo. 

O pessoal da Moderna está de parabéns, porque fui muuuuuuuito bem atendida e todo mundo foi muito atencioso e educado. A Intrínseca também está de parabéns, mas pelos preços. Livros que até pouco tempo eram R$40,00 estavam sendo vendidos por R$5,00. Muito bom!


Depois desse cansaço todo, cheguei em casa e descobri que minha fanfic foi escolhida como uma das 20 melhores do #acampamentonabienal

E lógico que eu não podia deixar de falar no cd novo do Cícero, Sábado. Como ele mesmo disse, esse cd não é para ser tão "pop" quanto o outro, mas é muito muito bom mesmo assim. Estou apaixonada por Por Botafogo. Para quem quiser, assim como o Canções de Apartamento, o cd está disponível para download no site do Cícero.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

The Land Of Stories: The Enchantress Returns


 
 
Estou desidratada de tanto chorar, e tremendo. Primeiro ponto: anglerfishes são praticamente cegos. Agora podemos continuar para meus comentários. Que livro foi esse? A primeira coisa que eu reparei foi a mudança na escrita do Chris, como ele amadureceu desde o primeiro The Land Of Stories, como a narrativa melhorou (e ficou mais longa). Depois vem a história, que acontece na maior do tempo muito, muito rápida e tem várias reviravoltas e cada capítulo me deixava com o coração na mão. Mas o melhor de tudo foram três coisas: a cena das personagens, o confronto com a Enchantress e o Rumpeltiltskin.


SPOILERS, cuidado!


Simplesmente amei todas as histórias das vilãs, e achei muito legal a Alex falar o que ela falou para a Enchantress, que em nome de todos se desculpava pelo que o mundo tinha feito com ela.
A cena das personagens, oh dear! Que leitor não sonha em encontrar aqueles personagens de livro que marcaram a sua vida? Quando eu li a descrição das meninas, sabia quem eram, mas quando li "Lucy Pevensie", meu mundo acabou. Eu soquei o ar, respirei fundo, chorei horrores. E foi aí que a torneira foi aberta.
Chorei com o Rumpeltiltskin, lógico, porque tudo o que ele queria era seguir seus sonhos, mas a vida não deixou. R.I.P. amigo.


E no final, o fato da Alex ter ficado me fez chorar tanto que eu tive que tirar os óculos. É sempre difícil separar a vida adulta da infância.
 
                                                   

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Nail Art Teorema Katherine

Ou "An Abundance Of Katherines". Para essas unhas, eu me inspirei nessa capa aqui:


O objetivo era criar uma sensação de degradê. Ficaram assim:

Esquerda

Direita

Essa é a mais fácil até agora, só usa váaaaarios esmaltes.

Vamos começar com a esquerda:

Polegar: London Night Blue, do Boticário.



Indicador: Verde Bandeira, Big Universo.


Médio: Vibe, da Ana Hickmann.

Anelar: Júpiter, Turma da Mônica.


Mindinho: Lenda da Sereia, da Avon (lembrando que eu não compro Avon, porque faz testes em animais, mas tinha esse esmalte aqui em casa, provavelmente foi presente)



Agora a direita:

Mindinho: Epopeia, Big Universo.



Anelar: Ha Ha Ha, Colorama.



Médio: Poodle, Risqué.



Indicador: Psico, Risqué.



Polegar: Dragão Negro, Ana Hickmann.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Todos os dias

Reli recentemente Six Earlier Days, um ebook que o David Levithan escreveu como uma companhia de Every Day. Nesse livro, ele conta alguns dias da vida de A antes do começo do livro, Every Day. 

Para falar dele, preciso falar do livro original primeiro. Every Day conta a história de A, um ser sem sexo definido que acorda cada dia no corpo de uma pessoa diferente. Bizarro, né? Agora imagine uma coisa que pode dar MUUUUUUITO errado.

Calma...

Calma...

Sim, ele se apaixona. E o livro todo gira em torno dessa dúvida: como estar com alguém se você é alguém novo (fisicamente) todos os dias? Esse alguém é capaz de te amar mesmo se ele não for capaz de criar uma imagem mental precisa de você?

Além disso, o livro trata muito da questão de preconceitos. Como A não tem controle sobre quem vai ser, cada dia é uma pessoa diferente e aleatória. Durante o livro, A é gay, lésbica, hétero, bonito, feio, drogado, depressivo...

O que fica mais claro quando você termina de ler o livro é que todos nós somos iguais, de uma forma ou de outra. Todos nós temos memórias, momentos bons e ruins, pequenas coisas que nos definem. E A prova que uma pessoa ser boa não depende de sua orientação sexual e muito menos de sua religião.

É um livro lindo, de tirar o fôlego, e um dos meus favoritos. Eu nunca sei resenhar Levithan muito bem, por ele ser meu autor favorito, mas eu tento sempre enumerar os muitos elogios a ele.

Six Earlier Days conta o que acontece antes do Every Day, e dá um pouquinho do gosto de como é estar no corpo de outra pessoa nos momentos em que ela tem que tomar as decisões mais difíceis. Eu gosto porque é diferente, é pré-Rhiannon.

A Editora Record está lançando Every Day  em português, sob o título de Todo Dia e, pelo que eu vi, a tradução está bem fiel. Quem quiser viajar, pode comprar que eu recomendo.


Ah, e acho legal mencionar que meus corpos favoritos são o do garoto obcecado por Beatles, do Hugo (o melhor de todos) e o da Zara.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Palavra da semana

Tudo bem que eu sou péssima em escrever a palavra da semana frequentemente, mas a inspiração bateu e decidi postar hoje. (:

A palavra é chuva.

Vamos às muuuuuuuuuuuitas músicas que me lembram chuva.

Covered In Rain, do John Mayer, ou a música que eu ouço para dormir. 

Como boa Jonastic, Summer Rain, dos Jonas Brothers. Ela é muito gostosa de ouvir.

Come Clean, da Hilary Duff, um clássico. haha

Além dessas, Rain do Mika e Let It Rain da Jordin Sparks, Why Does It Always Rain On Me do Travis e Let It Rain da JoJo.

Filmes que me lembram chuva:
Bonequinha de Luxo, com a cena que não existe no livro.

Diário de Uma Paixão, com o melhor beijo do mundo.



Episódios de séries que me lembram chuva:

Disaster Averted, 7x09 de How I Met Your Mother

The Substitute, 2x07 de Glee, porque Singin' In The Rain/Umbrella

E chuva sempre vai me lembrar The Lucky One, do Nicholas Sparks. Quem já leu vai entender.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Nail Art Wicked

Conforme prometido, eis a segunda nail art do mês.

Dessa vez, me inspirei em "Wicked".


As unhas verdes e pretas foram para representar a Elphaba; as rosas foram para representar a Glinda.

Eu comecei passando o esmalte preto, mas você pode inverter e começar pelo verde. O importante é passar o esmalte só na metade da unha, na diagonal, para poder passar a outra cor. O esmalte usado foi o Dragão Negro, da Ana Hickmann.


Depois, foi a vez do esmalte verde. É só passar na outra metade da unha depois que o esmalte de cima estiver seco.

Usei o Verde Bandeira, da Big Universo. Gosto demais da cor dele.


Enquanto esperava as unhas Elphaba secarem, fiz as Glinda. Eu escolhi fazer toda rosa, mas fazer metade-metade com branco fica bom também.

Usei o esmalte Pés Na Areia, da Impala.


Para finalizar, passei um brilho por cima. Eu uso o da Q Tock, porque ele dura bastante, mas qualquer brilho serve.

Agora é só esperar secar!

Próxima nail art: O Teorema Katherine