quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Resultados da promoção!

Primeiramente, quero pedir desculpas pelo atraso na postagem, mas tive uns probleminhas...

Então, eis o resultado da promoção da Esther Week.

Peço para entrarem em contato comigo através do email (sereia77@gmail.com) ou do twitter, para que eu possa recolher os dados de cada um, até o domingo.

Obrigada por participarem, e parabéns!


1. Flávia
2. Valdilene
3. David
4. Denir
5. Larissa
6. Mariana
7. Leonardo

Prêmios bônus: 

Daniela
Aline
 



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Esther week, último dia: resenha



A história de uma garota nerdfighter e whovian que sonha em ser escritora. Não sou eu, juro. É a Esther Grace Earl.



Para começar, o livro “A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar”, que foi traduzido pela Intrínseca (que, aliás, deu o livro para os blogs fazerem resenha), chama atenção por ser colorido. Mesclando páginas brancas, verdes e vermelhas e decorado com muitas estrelas, ele só pode ser caracterizado como lindo.




Outro ponto é que o livro é contado através de depoimentos de amigos e familiares da Esther, de diários e cartas dela própria e de mensagens do Caring Bridge, avisando qual era o estado de saúde dela em determinado dia.

O livro conta a história da luta da Esther contra um câncer de tireoide, raro em crianças, mas que acaba se espalhando por algumas partes de seu corpo. É verídico, então é triste, sim, mas é lindo.

Depois de ler o livro em apenas dois dias (ele conta com quatrocentas+ páginas, mas é facílimo de ler, dinâmico por conta da mudança de “narrativa”, por assim dizer), eu fiquei com a mensagem que o livro passa: amor.

Na minha opinião, Esther, para uma garota tão nova, tem uma alma velha. Ela lida muito bem com a questão toda da doença e, no meio de tantas coisas ruins, achava o que a deixasse feliz. Entre uma consulta e outra, ela acaba se preocupando se vai beijar um garoto ou não e odiando a capa de uma das temporadas de Doctor Who... Quase dá para esquecer que ela tem câncer. Até que ela piora.

E o livro é uma montanha-russa, mas é lindo e Esther acaba te inspirando também. Ela era uma garota forte, determinada e cheia de vida, apesar de lutar contra um inimigo mortal. A cada página do diário dela que é lida, você se encontra mais e mais apaixonado pela bondade dela e pela determinação, acima de tudo.

O livro é como um grande abraço. Mostra algo que eu percebi pela primeira vez vendo o documentário “Living In A Material World”, sobre o George Harrison: não importa o quanto doa a morte de alguém, se a vida dela foi plena. Não importa quão curta, se ela fez a diferença. Dói? É claro que dói, mas vale a pena, porque deixa uma marca para sempre no mundo.

E, bem, o que eu posso dizer? No meu coração, assim como no de quase todos os nerdfighters, a estrela que foi a Esther não vai mesmo se apagar.

Leiam o livro, conheçam a garota, pensem em como andam vivendo suas vidas. 

E, é claro, DFTBA. ;)



Obrigada por acompanharem o blog durante essa semana, e continuem ligados. Semana que vem tem o resultado da promoção e mais posts legais.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Esther week, dia 6: E o Brasil?


Já falei aqui, e quem conhece um pouco da história da Esther sabe que ela esteve internada - e fez todo o seu tratamento - em hospitais destinados ao câncer infantil.

No post de hoje, vou falar um pouco sobre como é essa situação aqui no Brasil, quais instituições oferecem apoio às crianças - e às famílias - nos momentos de dificuldade e com todos os assuntos relacionados à doença.

Basicamente, são três as mais conhecidas:

http://www.aacc.org.br/
Clique para acessar o site.
 

A AACC nasceu em 11 de abril de 1985, por iniciativa do casal José Marcus Rotta e Wanir Leão Cavalcanti Rotta, após experiência numa casa de apoio na cidade de Seattle, USA, no período de novembro de 1983 a abril de 1984, em decorrência do tratamento de seu filho Thiago, vítima de leucemia. A iniciativa do casal encontrou apoio em um grupo de pais com crianças com câncer, com o propósito de acolher crianças residentes fora desta capital, que necessitassem realizar tratamento oncológico. As famílias que moravam na periferia de São Paulo, que vinham do interior do estado ou de outras partes do Brasil e de países vizinhos não tinham onde permanecer com o paciente. Assim, muitas vezes hospedavam-se em albergues ou mesmo na rodoviária, não podendo oferecer alimentação e higiene adequada aos pacientes, acabando por abandonar o tratamento e voltando ao local de origem. A necessidade primária era, então, hospedar esses pacientes oferecendo condições de proximidade ao local de tratamento.

Os objetivos da associação são oferecer apoio às pesquisas sobre o câncer, ajudar na formação de profissionais e voluntários, além da construção de um centro dedicado exclusivamente à oncologia e ao tratamento do câncer infantil.

Eles funcionam com a ajuda de doações, que podem ser feitas através do site, que começam no valor de R$15,00.

No site, também é possível ver outras formas de ajudar, como se tornar um voluntário, conhecer um pouco mais sobre a associação e, finalmente, pedir ajuda.


https://www.graacc.org.br/graacc.aspx
Clique para ir ao site.





O GRAACC - Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer - é uma instituição sem fins lucrativos, criada para garantir a crianças e adolescentes com câncer, dentro do mais avançado padrão científico, o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida. O hospital do GRAACC realiza cerca de 3.000 anualmente, entre sessões de quimioterapia, consultas, procedimentos ambulatoriais, cirurgias, transplantes de medula óssea e outros. Além de diagnosticar e tratar o câncer infantil, o GRAACC atua no desenvolvimento do ensino e pesquisa.

Foi fundado depois da AACC, em 1991, e transferiu o setor de oncologia pediátrica do Hospital São Paulo para um novo local, anos depois sendo transferido para, enfim, um hospital especial.

Mais uma vez, você pode colaborar. O GRAACC conta com uma conta destinada às doações, e realiza alguns eventos para arrecadação de verba.

O site contém todas as informações bem explicadas.


http://hope.org.br/
Clique para ir ao site.



 A casa Hope oferece apoio a famílias de baixa renda, e foi fundada em 1996. A parte do site destinada à história da instituição é linda e enorme, então recomendo que leiam por lá.

Você pode ajudar adotando um leito, realizando doações ou, assim como nas duas instituições anteriores, participando de eventos e projetos. Além disso, eles realizam um bazar em São Paulo, em que você pode se desfazer de peças que não te interessem mais.

Eles também possuem uma página listando os itens de que mais precisam.



É importante ressaltar que todas as instituições oferecem apoio psicossocial e dependem muito da ajuda das doações.

É claro que não posso esquecer que existem grupos (como o Doutores da Alegria) que visitam hospitais infantis com o objetivo de alegrar as crianças internadas através de músicas, leitura de livros e atividades como teatro de marionetes.

Alguns hospitais universitários contam com a ajuda dos alunos para isso, então procure se informar.




Visite também:

http://www.itaci.org.br/

http://www.nacc.org.br/
http://www.accamargo.org.br/

http://www.instituto-ronald.org.br/index.php/mc-dia-feliz





Já participou da promoção? Corre que dá tempo!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Esther week, dia 5



Hoje é meu dia favorito dessa semana, de verdade. Eu estava louca para escrever sobre personagens e personalidades que tivessem algum tipo de envolvimento com o câncer, especialmente por causa do personagem do Joseph Gordon-Levitt em 50/50.

Vou logo começando com ele. O filme passa longe de um clichê, porque filmes “de câncer” são bastante clichês. Nesse filme, como em tantos outros, o personagem principal, Adam, descobre que tem câncer. Ele tem apenas 27 anos e fica perplexo, se recusa a acreditar, e então é enviado a uma psicóloga. Aos poucos, Adam vai se soltando e mostrando o lado dele que sente raiva pelo que está acontecendo. O parceiro dele no filme é o melhor amigo Kyle, que o ajuda a ver o lado bom de ter 50% (daí o título) de chances de sobreviver. Contando sobre a doença de forma engraçada e leve, apesar da gravidade do assunto, ele é maravilhoso, e o final...

Trailer:



Um filme que eu amo demais que tem como temática o câncer é Toda Forma de Amor, ou Beginners, no original. Um dos meus filmes favoritos. Já falei sobre ele no blog, em 2012, corre lá para ver: Eu, você, Charlie e o melhor filme dos últimos tempos.

Trailer:


A Culpa É das Estrelas virou filme também, e parece que estreia por aqui no dia 13 de junho. Eu fiz uma rápida resenha do livro assim que terminei de ler, antes de ser lançado no Brasil, vocês podem ler se quiserem.

E eis o trailer:



Saindo dos filmes, vou falar sobre os Beatles. Por quê? Porque Paul e George têm uma história com a doença. Para começar, George morreu de câncer no pulmão, em 2001, depois de várias cirurgias. Não há nada que eu possa falar sobre o assunto além disso, mas recomendo que vejam o documentário Living In A Material World. Na segunda parte, Olivia, sua esposa, fala sobre a morte do marido de uma forma emocionante e linda.

Paul também sofreu por conta da doença. Duas mulheres de sua vida morreram por culpa de complicações relacionadas ao câncer. De mama, mais especificamente. Sua mãe, Mary, faleceu de um embolismo pouco tempo depois de passar por cirurgias para evitar que a doença se espalhasse. Mais tarde, sua esposa, Linda, também faleceu por culpa de um tumor que se espalhou dos seios ao fígado. Linda era maravilhosa e me inspira muito hoje em dia.



Ringo também teve história com a doença, quando sua filha foi diagnosticada com um tumor cerebral. A história dele é linda linda, e tem a ver com a história do George também:

Nas últimas semanas de vida de George
ele estava na Suíça e eu fui vê-lo
...e ele estava muito doente, e sabe,
ele só conseguia deitar.
E enquanto ele estava doente e eu tinha ido
visitá-lo, eu estava prestes a ir para Boston
porque minha filha tinha um tumor no cérebro
...e eu disse, "Bem, eu tenho que ir, eu tenho
que ir para Boston", e ele disse...
Foram as últimas palavras que eu o ouvi dizer, na verdade,
ele disse, "Você quer que eu vá com você?"
Então, você sabe, esse é o lado incrível de
George. 

Com relação a músicas, acho que é mais conhecida é Just Stand Up, que reuniu Miley Cyrus, Leona Lewis, Rihanna, Beyoncé, Nicole Scherzinger e muitas outras mulheres para arrecadar fundos para o tratamento do câncer de mama.

Existem muitas outras, é claro, e eu deixo aqui essa música linda do Imagine Dragons (que acho que serve para qualquer um) e recomendo que vejam o clipe até o final para entenderem.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Esther week, dia 4: Esther na web



Para quem não sabe, a Esther tem um canal (tem porque ele ainda existe) no youtube, no qual contava um pouco de seu dia a dia e suas lutas.

Uma coisa que alegra meu coração (e também deixa ele apertadinho de saudades por essa menina que nem conheci) é o fato de Esther gostar de A Very Potter Musical, como é visível no livro e no seu canal.

Me lembra quantas coisas nós duas temos em comum.

Mas, enfim, o canal dela é o cookie4monster4, para vocês verem os vídeos. Vou falar um pouco mais sobre a Esther no último dia dessa semana mas, até lá, vocês podem conhecer um pouquinho de quem ela era através dos seus vídeos. Sempre sorrindo, dá para perceber em alguns vídeos que ela usa uma peruca, por conta de uma queda de cabelo.

Os vídeos estão todos em inglês, mas quem puder se arriscar, vale a pena.

Um dos que eu mais gosto é esse, em que Esther fala sobre a LeakyCon e sobre fangirlar (yay):


No canal do vlogbrothers, o John fez alguns vídeos que envolvem essa estrela, mas não me lembro de todos.

Eu me lembro, é claro, do último primeiro vídeo dos dois, de quando se reuniram por conta da Make A Wish Foundation, que inclui guerras de cabelo e um jogo legal de perguntas loucas.


Esse vídeo é super mencionado no livro, então ASSISTAM. É também uma das últimas filmagens da Esther viva.

O outro vídeo que é inesquecível para mim é, também, um que eu nunca vi até o final. Nele, o John fala sobre a morte da Esther da forma que apenas um grande amigo consegue, e a dor está extremamente visível nos olhos dele. Esse vídeo me deixa absurdamente triste e eu choro sempre que tento ver, mas é lindo e lida com a questão da morte e de como ela é dolorosa.


Fora os vídeos, o livro fala sobre o CaringBridge, um site em inglês cuja missão é ajudar a família a espalhar notícias sobre as condições de saúde de alguém.

Esther escreve uma carta para ela mesma, para ser entregue a ela no futuro. Eu achei a ideia ótima, e o site ainda existe, e se chama FutureMe. Apesar de estar em inglês, é fácil de usar. Você programa a data de entrega, põe seu email, escreve sua carta e voilà! É só esperar que você recebe.



Esther no tumblr (super fofa, aliás): CrazyCrayon

E, para finalizar, Esther no flickr, onde ela postava as fotos mais gracinha e mais adolescentes. E o mais legal: sem vergonha da cânula.


Não é mágico isso da internet de fazer uma pessoa ser meio que eternizada? Eu acho que sim.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Esther week, dia 3: Faça um pedido



A Make-A-Wish Foundation foi criada nos Estados Unidos com o propósito de oferecer experiências (chamadas de “desejos”) para crianças com doenças que apresentam risco de vida.

Curiosamente, o lutador profissional John Cena foi quem mais garantiu esses desejos (porque sim, eles dependem de voluntários). São, ao todo, 400 desejos atendidos por ele.

O primeiro garoto a ter seu desejo realizado foi Christopher Greicius, e foi ele que inspirou a criação da fundação. Ele queria ser um oficial de polícia.



O site da fundação é lindo, para quem quiser conhecer, ó: http://worldwish.org/en/about/the_first_wishes.php

A maior parte das crianças pede para ir à Disney ou conhecer alguém famoso, mas eu acho muito legais aqueles pedidos que são os mais malucos.

Esther pediu para ver os amigos da nerdfighteria, então a Make A Wish levou-os até ela.




Yay, hora de promoção!

Então, amigos, a Intrínseca distribuiu alguns brindes para os blogs fazerem promoções e sorteios, então eu decidi dividir em duas partes.

A primeira é o Concurso Cultural, que vale um combo de A Culpa É Das Estrelas com o A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar. Mas isso só para o primeiro lugar! Vão ser sete lindxs premiados. Os segundo e terceiro lugares ganham um kit com tudo aí da foto e um dos dois livros (ou um ou outro).

A partir do quarto lugar, os felizardos vão ganhar um kit sem livro, mas com todos os outros brindes.

Como participo, Ariel? Simples. Responde à pergunta da imagem: "Se pudesse dizer algo a si mesmx aos 13, o que diria?" nos comentários. As melhores respostas ganham.

Ah, mas eu não criativx. Tudo bem, vou sortear kits também, para quem seguir a Intrínseca no twitter e curtir a editora, e me seguir lá no twitter (@ariielcarvalho) também (os tweets são protegidos, eu sei, e vocês podem deixar de seguir quando a promoção acabar, juro, é só para ter controle).

Os resultados saem na semana que vem, dia 26/02, na parte da tarde.

Boa sorte! \o/

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Esther week, dia 2


Hoje é o segundo dia da semana da Esther! \o/

Bom, hoje vou falar um pouco sobre a questão do câncer e expôr a minha própria experiência.

Acontece que, na minha família, já ocorreram vários casos da doença. No lado da minha mãe, minha avó e minha tia já enfrentaram a doença e superaram. Acho que nunca fiquei com medo. Mesmo sabendo da gravidade da doença e da possibilidade de volta, eu não me lembro de ter ficado apavorada com a situação de nenhuma das duas. Minha avó passou pela cirurgia e ficou um bom tempo na minha casa, e lembro dela querendo se levantar e fazer mil coisas pela casa, como se nada estivesse errado.
Com a minha tia, foi mais complicado porque ela perdeu cabelo. Acho que a perda de cabelo é um choque muito grande para quem é familiar, para quem é alguém amado pelo doente. É como se o fato daquela pessoa ter perdido o cabelo dissesse para você: “ei, olha, ela tem câncer”. Mas deu tudo certo, e não fiquei com medo, só mandei bastante energia positiva para ela durante esse momento difícil.

Do outro lado da família, minha avó perdeu um irmão para a doença. Minha vovó tem problemas sérios com a doença, demorou um bom tempo para conseguir falar o nome e tudo.

A doença ainda é um assunto tabu para muitos, como todas aquelas marcadas como "incuráveis" (depressão, AIDS...), mas deve ser falada sim, porque eu acredito que só conversando é que se perde esse posto de tabu.

Se você ou algum conhecido têm alguém passando por esse momento difícil, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) tem não só informações sobre a doença, como também uma lista de hospitais separados por estado.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Esther week, dia 1: Sobre a Esther



Bem vindos à semana da Esther!

Com a ajuda da editora Intrínseca, que traduziu o This Star Won't Go Out, o meu blog e mais alguns  ficaram responsáveis por falar sobre o livro A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar, escrito pela Esther e por seus pais, e também sobre assuntos que tenham a ver com a Esther e o livro em si.

Durante essa semana, vamos fazer sorteios/promoções, resenhas, dar depoimentos... Muita coisa boa vem por aí!

Para esse primeiro dia, achei interessante falar sobre quem foi a Esther na vida do John e pôr uma pequena sinopse do livro, para quem se interessar.

Sinopse*

Diagnosticada com câncer da tireoide aos doze anos, Esther Grace Earl era uma adolescente talentosa e cheia de vida. Fazendo jus ao nome, que em persa significa “estrela”, ela marcou todos em seu caminho com sua generosidade, esperança e altruísmo enquanto enfrentava com graciosidade o desgaste físico e mental causado pela doença. Filha, irmã e amiga divertida, alto-astral e inspiradora, Esther faleceu em 2010, logo após completar dezesseis anos, mas não sem antes servir de inspiração para milhares de pessoas por meio de seu vlog e dos diversos grupos on-line de que fazia parte. A estrela que nunca vai se apagar é uma biografia única, que reúne trechos de diários, textos de ficção, cartas e desenhos de Esther. Fotografias e relatos da família e de amigos ajudam a contar a história dessa menina inteligente, astuta e encantadora cujos carisma e força inspiraram o aclamado autor John Green a dedicar a ela sua obra best-seller A culpa é das estrelas.

(Preparem-se, porque esse post tem muuuuuuitos links!)

Para saber mais sobre quem foi a Esther para o John, a Intrínseca pôs em seu site algumas palavras dele sobre ela, que você pode conferir aqui.


Em seu tumblr, ele fala sobre ela diversas vezes, principalmente sentindo falta. As postagens lá ficam taggeadas como "esther earl"; para vê-las, clique aqui.


*Sinopse retirada do site da livraria Folha

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Circo Voador de Monty Python

Meus amigos vêm tentando me viciar em um certo canal do youtube chamado JovemNerd há um bom tempo, e eu era completamente capaz de dizer que não curtia eles. Era porque eles fazem cada vez mais vlogs que tratam de assuntos que eu amo.

O mais recente é sobre John Hughes, meu diretor favorito, então CORRAM para ver no youtube deles. Mas o que realmente fez com que eu me apaixonasse foi o vídeo que foi intitulado "Monty Python e X-Men" (vejam, só... ok?).

Eu sou MUITO fã da trupe de Monty Python, então não tem nem como ser neutra nessa postagem, Fiquem avisados que vai ter muito fangirlismo.

Mas então. Monty Python é o nome de um grupo de amigos que se juntou para ver comédia. Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Gilliam e Terry Jones se juntaram e criaram um piloto de uma série de comédia "surreal" e completamente nonsense (vulgo Monty Python's Flying Circus). Juntando as animações de Terry Gilliam com o humor ácido (e inteligente) do resto do grupo, a série ficou no ar por pouco tempo, mas a influência deles na comédia é comparada à influência dos Beatles na música.




O grupo se travestia, se sacaneava, sem a menor noção de dignidade e de quanto era "muito". Na ocasião da morte de Graham, fizeram piadas com isso e tudo.

Mas Monty Python foi além da série. Juntando alguns esquetes sobre a vida e a morte, montaram o filme Monty Python e a Origem da Vida. Contaram a história do "vizinho de manjedoura" de Jesus em A Vida de Brian. Mas o meu favorito é aquele mais nonsense e absurdo da face da Terra, Monty Python e o Cálice Sagrado, que conta a história da busca pelo Cálice Sagrado de uma forma tão WTF? que é hilário.

"É só um arranhão"

Eu cito esse filme mais do que seria apropriado.

O que mais me impressiona na comédia louca dos Pythons é que eles não precisavam fazer comédia com os oprimidos! Gastavam o tempo e o dinheiro deles ocupados com piadas inteligentes e ácidas que faziam piada com os opressores. Genial, do tipo que deve ser apreciada.

Já que mencionei os Beatles lá em cima, vale falar que eles eram super amigos dos Beatles. Criaram um quadro chamado The Rutles (antes do Flying Circus), em que basicamente fingiam ser a banda.


Aliás, nos créditos de A Vida de Brian, George Harrison aparece como produtor executivo. Sem ele, muito do que Monty Python fez não teria sido feito, porque os Pythons tinham a comédia, mas não o dinheiro.

George era muuuuuuito amigo de Eric Idle (meu Beatle favorito e meu Python favorito haha). Eric inclusive narrou as mini biografias que foram ao ar durante o evento do Grammy em homenagem aos Beatles.

Olivia, George, Eric e Terry


Oi, esse post não era sobre os Beatles? Haha

O termo "Pythonesque" (pythonesco) entrou no dicionário britânico devido à forte influência do grupo. Eles estão se reunindo esse ano, para algumas apresentações em Londres.

Se você quer conhecer mais essa trupe linda e mágica, eis o que eu sugiro que faça: veja os filmes primeiro, depois procure as esquetes (se eu não me engano, eles fizeram um filme que é uma compilação de esquetes, mas muitas delas estão disponíveis legendadas no youtube). Depois disso, veja o documentário (é apaixonante) sobre Monty Python, intitulado Almost The Truth (Quase A Verdade). Mais recentemente, eles fizeram um filme completamente animado, contando a vida de Graham Chapman, vale ver também, mas só depois de estar familiarizado com o grupo. O nome desse filme é A Liar's Autobiography (A Auto-biografia de um Mentiroso).

Existe uma tonelada de livros sobre Monty Python que também deve ser levada em conta.

Agora, para algo completamente diferente, deixo vocês com uma musiquinha que vai grudar na cabeça de todo mundo.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"I'm a good girl, I am!"

Quem já assistiu My Fair Lady cansou de ouvir a frase acima. Eliza Doolittle abusa do direito de usar essa frase.

Poucos sabem, entretanto, que a Eliza de Audrey (e, anteriormente, de Julie Andrews) foi inspirada em um livro, Pigmaleão, uma "peça em cinco atos", de George Bernard Shaw.


Sempre tive vontade de ler esse livro, porque amo o filme, os personagens, as músicas... Ajuda também a minha paixão pelo Higgins. Não me levem a mal, eu não sou apaixonada por ele de forma romântica, gosto apenas do personagem em si, do que ele faz da vida e de algumas coisas que ele diz ("she's do deliciously low, so horribly dirty!").

Eis que, depois de bastante tempo procrastinando, fui lê-lo. E me apaixonei outra vez.

A fidelidade dos filmes antigos aos livros é algo que jamais deixará de me surpreender. As falas continuavam na íntegra, as cenas se passavam de forma idêntica ao livro... E com Pigmaleão, não foi diferente.

O livro se move em uma velocidade bem mais rápida do que o filme, com seus 170 minutos de duração. Por conta dessa dinamicidade e rapidez, o livro é facílimo de ler, e facilmente devorável. Apesar de ser uma peça, Bernard Shaw faz com que o leitor se sinta, de fato, dentro da cena, descrevendo muito bem os locais da história.

Para quem não conhece a história, o professor Higgins é um homem que se especializou em estudar fonética, e é capaz de dizer de onde uma pessoa vem apenas ouvindo sua voz. Em uma noite chuvosa, ele conhece Eliza Doolittle, uma mocinha vendedora de flores que fala com um sotaque dolorido. Nessa mesma noite, conhece Pickering, um estudioso das línguas hindus, e diz a ele que transformaria Eliza em uma dama dentro de seis meses. Eliza o procura no dia seguinte, e Pickering e Higgins "adotam" a garota para ensiná-la a falar de forma adequada.

No meio da história, Doolittle reencontra o pai, ganha um admirador (o lindo Freddie) e descobre, sozinha, que a diferença entre uma dama e uma vendedora de flores está no modo como os outros a tratam, e no modo como ela mesma se vê.

Julie Andrews como Eliza em My Fair Lady, nos palcos

Como eu disse, o filme é extremamente fiel à peça, com exceção do final (spoilers, shh), que deveria ser melhor, mas machuca do mesmo jeito. Para quem já viu o filme, a peça serve para fazer você se apaixonar outra vez e imaginar Audrey Hepburn dizendo "Garn!".

É perfeita, também, para quem é leitor em inglês analisar as diferenças entre uma fala e outra, e sou suspeita para falar, massou apaixonada por todo esse estudo da fonética e ensinar Eliza a "falar".

Outro ponto importante a destacar do livro é que ele não retrata Eliza na festa, após seus seis meses de ensino, e toda aquela comoção de The Rain In Spain não existe. Na minha opinião, isso só faz com que o amor dela por Higgins (e vice versa) seja mais misterioso e deixa bastante à imaginação. Pickering diz que a noite foi um sucesso, sim, mas o que aconteceu por lá?

Fazendo minhas pesquisas sobre o livro/peça, descobri que existe algo em psicologia chamado de "Efeito de Pigmaleão", que é o nome dado "ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela".

Muito, muito interessante. O livro é ótimo, o filme também. É um daqueles que eu recomendo que todos leiam e vejam, que acrescenta muito.

Em inglês, ele já caiu em domínio público, e pode ser baixado no site do projeto Gutenberg, aqui.

Já em português, ele foi traduzido pela L&PM Pocket, por Millôr Fernandes, e é baratinho.

Para ir pro site, clica na capinha linda aí em cima, ou aqui.

O filme dá para achar no youtube, e o dvd dele nem é tão caro e tem extras maravilhosos (como a confissão de que Audrey Hepburn cantava nada).

É isso, então. Ah, a definição de "Efeito de Pigmaleão" eu achei nesse blog.