quarta-feira, 24 de julho de 2013

Hippieces

As décadas de 60 e 70 são as minhas favoritas, e já estava na hora de fazer uma postagem a respeito de uma das "culturas" que eu mais amo: a hippie.

E não, não estou falando daquele cara que não lava o cabelo e fica sentado perto da saída das barcas vendendo trequinhos. Estou falando de algo muito, muito maior.

Os hippies fizeram parte do movimento de contracultura dos EUA, no fim da década de 1960. Era um grupo formado basicamente por jovens que resolveram contestar os valores em que seus pais acreditavam. Surgiram depos dos beatnicks (e que Allen Ginsberg nunca saiba que eu usei essa palavra), ainda naquela onda de "não seremos nosso pais".

O InfoEscola fala melhor do que eu: "Contrários aos ideais da sociedade daquela época, os hippies tinham uma filosofia orientada por mestres espirituais, cultuavam a natureza, viviam em comunidade e apreciavam a utilização de drogas como LSD, maconha e mescalina. Eram contra a propriedade privada, sempre vistos viajando em trailers ou vivendo em conjunto com seus iguais. Pregavam a inexistência de nações ou fronteiras separando os países. Para eles, o mundo seria de todos e cada um deveria buscar sua própria paz espiritual.

Contrários à religião cristã, acreditavam que o paraíso deveria ser encontrado durante a vida, daí, o lema adotado, “Paradise Now” (Paraíso agora). Eram contra punições e a favor da busca pelo prazer, fosse pela espiritualidade ou pelas drogas. Outro de seus lemas mais conhecidos era “Peace and Love” (Paz e Amor), um dos mais difundidos da cultura hippie em todo o mundo."

Mas vamos à parte legal: aprender sobre essa cultura vendo filmes, lendo livros, ouvindo músicas.


Livros

Aconteceu em Woodstock (ler a sinopse do filme). Amo esse livro, mas cuidado com a tradução, porque tem alguns errinhos.



Lenora, que é brasileiro e foca na questão da música. Demorei dois anos para conseguir comprar esse livro, e valeu MUITO a pena.

Música

Basicamente tudo entre 1966 e meados da década de 1970, mas eu pessoalmente acho lindas essas aí:

The Mamas & The Papas

rockphiles

Simon & Garfunkel, que não têm muitas músicas felizes, mas que têm as músicas mais poéticas e gostosas de ouvir com os olhos fechados.

Jimi Hendrix

Janis Joplin

Led Zeppelin 

wikimetal


Filmes

Aconteceu em Woodstock, que conta a história do maior festival de música (e drogas) do mundo, do ponto de vista do Eliot Tiber, que foi abordado pelo Michael Lang para realizar o festival na sua fazenda. Foi baseado no livro que também está nessas recomendações, tem um elenco maravilhoso e, apesar das diferenças básicas entre o filme e o livro, se mantém bem fiel. Ah, e tem o Jonathan Groff como Michael Lang.

Os Últimos Dias do Paraíso, que a história de um grupo de jovens alunos do último ano que vivem seu último verão da inocência em 1965, quando começavam a ganhar força os protestos contra a intervenção no Vietnã e o movimento hippie, entre outros eventos que marcaram o final dos anos 60. 

Além desses, filmagens e gravações do festival de Woodstock (que não aconteceu em Woodstock!!!) já foram lançadas.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Oceanos


"Não existe passar ou ser reprovado em ser uma pessoa, querido."


Imagine um menino de sete anos que tem verme no pé, não gosta da governanta nova e foge para a fazenda de uma amiga. Normal? Pois é. E se esse verme fosse alienígena, essa governanta fosse “de pano” e essa amiga fosse quase uma bruxa?

Nesse caso, é O Oceano no fim do caminho, do Neil Gaiman. O livro conta a história de um garoto (spoiler: sem nome) de sete anos que tem a vida virada de cabeça para baixo com uma série de eventos acontece em sua vida, começando pelo atropelamento de seu gatinho.

Recomendo dar uma olhada no site da Intrínseca.

anica.com.br

Comprei o livro pela pré-venda e estava MUITO louca para lê-lo. Devorei-o em dois dias. Muito gostoso, fácil de ler e arrepiante, como todo bom livro do Gaiman. Não se espantem: o lado obscuro dele está presente, assim como as viajantes loucas dele. A história do livro é maravilhosa, só tenho coisas boas a dizer sobre ele.

Foi uma leitura bem pensante. O livro te leva a relembrar seus próprios momentos de infância. É também muito “real”, é bem complicado sair do mundo das Hempstock uma vez que você entra.

Um ponto que eu achei genial foi o “corte e recorte”. Sem contextualizar demais e estragar a surpresa, consiste em recortar (de um pedaço de pano, simbólico) algo que você queira esquecer, e recosturar sem deixar vestígios, apagando assim aquilo da realidade, e na sua memória fica aquilo de “aconteceu ou não?”. Brilhante, certo?

Recomendo o livro. Se a capa é linda, o interior é melhor ainda.