quarta-feira, 22 de julho de 2015

Coisas maravilhosas que todos deveriam conhecer

Fiz uma listinha com sete coisas que eu amo tanto que até acho que todas as pessoas do mundo deveriam conhecer.


the mumbling hermit


Adoro ler poesias curtas, e adoro descobrir autores desconhecidos e que utilizam as redes sociais como plataforma de postagem. Quando achei o instagram do the mumbling hermit, me apaixonei. Ele apareceu no meu tumblr com um poema que (bem literalmente) tirou um pouco meu ar. Desde então, eu leio todas as postagens, e cada poema novo é uma experiência maravilhosa. Acho os poemas muito introspectivos, muito pessoais, e incríveis.


Coeur de Pirate


Coeur de Pirate é, na verdade, uma moça linda que atende pelo nome de Béatrice Martin. Ela é canadense e, apesar de a maior parte das suas músicas ser em francês, ela agora está se aventurando no inglês. Além de ser extremamente fofa, ela tem uma voz cativante, letras ótimas e músicas muito amorzinho.
A minha favorita é essa que tá aí em cima, "Adieu" (omg, Niels Schneider no clipe!), mas recomendo que vocês escutem "Comme des enfants" e a parceria dela com o Peter Peter (outro lindo), "Tergiverse".


Josh Radnor's Song Of The Day



Pouca gente presta atenção no Josh Radnor fora de "How I Met Your Mother" mas, além de escrever e dirigir filmes ótimos ("Happythankyoumoreplease" virou uma filosofia de vida para mim), ele mantém um hábito lindo: todos os dias, no twitter, ele recomenda uma música.

Uma fã, chamada Sarah, pegou todas essas músicas lindas e fez uma playlist no Spotify, que você pode acessar clicando aqui.

Ele tem ótimo gosto musical, então é uma playlist magnífica.


Wet Hot American Summer


Verdade seja dita: eu sou muito chata promovendo esse filme, porém ele é INCRÍVEL E VOCÊS PRECISAM VER. 

Ele é uma paródia de comédias românticas de acampamento/adolescente, com vários atores que fizeram parte do elenco de "Saturday Night Live" e uns convidados especiais. É um daqueles filmes que te fazem rir até a barriga doer, e tem um tom meio nonsense

Quando o filme acabar e a vontade de ver mais vier, não se desespere! A Netflix (linda, maravilhosa) produziu uma série que estreia no dia 31 de julho e vai contar o que aconteceu antes do filme. O mais legal? É com o elenco original. <3


Bad Books


Conheci a banda Bad Books por culpa de "How I Met Your Mother". "Forrest Whitaker", hoje a minha música favorita deles, tocou em um dos episódios e eu sabia que ia gostar da banda. Com essa voz maravilhosa, não tem como não amar.

A banda começou em 2010 e tem alguns membros da banda Manchester Orchestra. Eles têm dois álbuns lançados, e são ótimos.


VegetariRango


Minha mais nova descoberta da internet. O VegetariRango é um canal no youtube de culinária vegana, com apresentação de Flavio Giusti. Além de ser muito divertido, ele dá dicas ótimas e práticas e faz receitas que parecem ser deliciosas.

É uma ótima opção para quem é vegetariano/vegano e não sabe onde achar receitas. Ah, e ele vai lançar um livro ainda esse ano, então yay! \o/

Já virou meu canal de receitas favorito, junto com o Presunto Vegetariano.


Find Your Next Book


Você tem dificuldade em escolher um livro para ler? Não sabe quais títulos podem te agradar? Esse tumblr é para você.

A ideia do tumblr, criado por Molly Wetta (uma bibliotecária, yay), é recomendar livros para você com base nos que você já leu, mas sem a ajuda do computador: são pessoas reais que recomendam, e ele tem até umas listas de livros semelhantes aos que você leu.

Para aumentar a praticidade, o blog tem um index maravilhoso com as tags usadas, inclusive a de recomendações pessoais da autora do blog.

Agora já sabe, né? Não precisa mais passar sufoco ao escolher o que ler.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Príncipes, livrarias, amigos e famílias ricas

Há um tempinho que eu não posto nenhuma resenha de livro por aqui, então, para compensar, resenhei quatro dos livros que eu li, porque eles foram absurdamente maravilhosos.


The Rules Of Ever After

Eu já gritei o meu amor pela Interlude Press inúmeras vezes nesse blog, mas é que a editora é tão maravilhosa que não tem como não amar. Recentemente, eles receberam cinco exemplares de “The Rules Of Ever After” com uma parte do título do livro faltando, que não poderiam comercializar. Decidiram, então, fazer uma promoção. Só que, na data do fim da promoção, eles preferiram mudar um pouco as regras, e distribuíram e-books para todos os participantes que não ganharam os cinco livros.

Maravilhosa, eu sei.

Então eu, que tinha participado, recebi o meu e-book e não fui logo ler. O livro acompanha um príncipe em busca de uma princesa para casar, e outro em busca de uma cura para a sua insônia. Quando os dois se cruzam, eles descobrem que as vidas que conheciam não eram as únicas que poderiam ser vividas.



Perdão pela sinopse rápida, mas esse livro tem tantos plot twists e surpresinhas que qualquer outra coisa que eu diga vai estragá-lo. Basta dizer que a leitura é divertidíssima, te deixa curioso ao extremo e apaixonado por esses dois príncipes extremamente fofinhos e amáveis.


A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra



Eu me lembro que, quando ele foi lançado, eu achei o título muito legal, a capa linda, e coloquei ele na minha lista de “para comprar”. O problema dessa lista é que eu sempre esqueço dela, e acabei deixando ele de lado. Quando eu o encontrava para comprar, ele estava fora das minhas possibilidades monetárias, e eu fui deixando, e deixando, e deixando...

Até um dia em que ele estava em promoção por dez reais, e eu não perdi tempo! Comprei, e devorei o livro. Ele conta a história do novo ajudante do horário da noite na livraria do Mr. Penumbra, que nota que algumas coisas estranhas acontecem ali, e que alguns clientes vão buscar uns livros meio estranhos...

O livro te envolve muito, desde o começo. Com a verossimilhança dele, você se vê questionando repetidamente se aquilo é verdade ou não. Sua mão fica coçando para saber o que vai acontecer, como vão resolver uma questão ou outra.

Além da escrita envolvente, outra coisa que me atraiu foram as personagens. Todas muito bem trabalhadas, com traços das personalidades bem definidos, e muito muito legais. Eu seria amiga de quase todos. E o que dizer de uma personagem tão maravilhosa quanto Kat Potente?

A narrativa é gostosa, você não vê o tempo passar, e o final... Ah, o final! <3


Aristóteles e Dante Descobrem Os Segredos do Universo

Na minha vida de leitora, eu encontro muita dificuldade em achar livros com personagens gays que não sejam adolescentes (agora, um pouco menos, graças à Interlude Press), e também que não sejam estereotipados. Nesse caso, encontrei duas personagens lindas e com personalidades totalmente fora dos estereótipos.

Aristóteles e Dante era um caso de amor antigo. Eu já lera parte dele, mas desistira porque faltava o físico. Enquanto eu lia ele, sentia falta de tocar o livro, de folhear, então esperei tê-lo em mãos para, enfim, ler.


Fui trocar uns livros no sebo e, quando encontrei ele, quase chorei (mesmo). Voltei para casa muito feliz, e coloquei ele na listinha de leituras futuras.

Na vez dele ser lido, eu o devorei. Em um dia, li as 390 páginas como se não fossem nada, e a história foi como um abraço gigante. Eu fiquei completamente imersa na amizade dos dois, em ver como os dois cresciam (física e emocionalmente). Nas últimas páginas, bateu aquele desespero, e eu não queria que ele acabasse.

Não pude deixar de associar algumas características de Aristóteles a características do meu querido Holden Caulfield, o que fez com que a leitura fosse mais agradável ainda.

Foi uma das melhores leituras de 2015 até agora.


As Moças de Missalonghi

Esse livro tem um valor sentimental muito forte para mim. Um dia, na casa da minha avó paterna, eu estava procurando algo para ler, e ela me indicou esse livro, que era da minha bisavó e havia sido passado para ela. Há uns dois anos, minha avó me deu o livro, depois de muito pedir.

Eu me lembro de lê-lo em um dia, ficar apaixonada pelo livro e pela coragem da Missy, e de me identificar MUITO com ela. Inclusive, já mencionei ele aqui antes, mas não havia relido até agora.

Não me decepcionei. Logicamente, a minha visão do livro não é a mesma de anos atrás, mas ele não é menos interessante por isso.
Ele narra a vida de Drusilla, sua filha Missy e sua irmã Octavia, que vivem pobremente – e constantemente exploradas - numa cidade controlada pelas pessoas mais ricas de sua família. Quando um estranho de fora da família se muda para um vale perto da propriedade delas e Missy passa mal, elas veem a vida como conheciam virar de cabeça para baixo.

O livro é muito bom e a leitura é fácil, apesar de ser um romance histórico. E eu continuo me identificando com - e adorando – Missy.




quinta-feira, 2 de julho de 2015

Debaixo do vermelho, branco e azul (sobre a pré-estreia de Paper Towns)

Todo mundo que me conhece, ao menos um pouquinho, já me ouviu falar do John Green. No meu discurso da formatura do Ensino Médio, eu citei um vídeo dele, dos vlogbrothers, e as pessoas vinham me perguntar quem era ele. Meus amigos mais próximos tiveram que me aguentar durante surtos absurdos quando eu ganhava um livro novo ou ele lançava um vídeo muito bom.

A minha história com o John é meio confusa, e eu nem lembro muito bem, mas sei que só fui correr atrás de ler algo dele porque eu era fã do David Levithan e eu o vi comentando algo sobre John. A partir daí, foi só amor.

O primeiro vídeo do John (e dos vlogbrothers) que eu vi foi um dele lendo "A Culpa É das Estrelas", e eu chorei de rir, e pensei: "olha, esse cara é muito legal!". Coloquei ele na minha lista de autores vivos favoritos, que tem só outros dois autores: Neil Gaiman e David Levithan.

Graças ao John, conheci a Nerdfighteria, e fiz inúmeros amigos, conheci pessoas maravilhosas, vivi experiências incríveis. Cresci como pessoa, e tive apoio em momentos difíceis. Pela primeira vez na minha vida, eu conseguia me sentir parte de algo. Éramos um "nós", e não um "eles".

Eis que, com o lançamento de "Cidades de Papel", o filme, avisam que ele vai passar pelo Brasil. Imaginem uma Ariel surtando. Era eu mesma.

Por um bom tempo, eu debati comigo mesma se valia a pena ou não ir fazer a fãzona e ficar na grade do cinema esperando autógrafo. Eu não gosto muito disso, o John não gosta muito disso... Mas sabe aquela coisa de querer ter certeza de que é real? Pois é.

E ele é real.

No meio de uma muvuca louca, de pré-adolescentes e adolescentes loucos por ele, John suava, se desculpava compulsivamente (como se fosse culpa dele não ter tempo de atender a todos) e lutava contra a ansiedade.

Me assustei. Não pelo fato dele ser extremamente amado no Brasil e nem pela parte dos autógrafos ser rápida. Me assustei porque vi aquelas pessoas ali, em volta de nós, fazendo exatamente o que "Cidades de Papel" mostra como algo ruim (porque é): idealizando John.

Fiquei absurdamente feliz por ter visto ele, por ele ter autografado meu livro e por poder dizer que estava lá, mas fica aqui a esperança de que as pessoas enxerguem que o autor, o ídolo, é uma pessoa como outra qualquer.

"[...]but it's vital to remember that our gods don't choose us; we choose them."

(Chris Colfer, John Green, Mob Wives, and Jeffrey Eugenides: Thoughts from Places Book Expo)