sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Décadas: 1990

NOSSA, COMO EU AMO OS ANOS 90! E nem é só porque eu nasci nela não. Tenho uma propensão a amar coisas que foram produzidas nessa época (RENT!!!!).

Boa parte dos meus filmes favoritos é da década de 1990 ("Procura-se Amy", por exemplo), tenho muitas bandas favoritas dessa época também (sou apaixonada pelo rock alternativo da década de 1990) e meu segundo livro favorito, "Wicked", foi lançado em 1996.

Um filme: Reality Bites, Ben Stiller

Tenho muita coisa para falar sobre esse filme. Ele é um dos filmes que mais me moldou na vida. Eu o assisti numa época muito propícia, às vésperas de fazer vinte anos, e me identifiquei muito com o filme.

A maior parte dos filmes com pessoas de 20+ anos (American Pie, tô olhando para você) é absurdamente irreal e você fica se perguntando "tá, mas cadê a representação de pessoas como eu?".

Temos, então, Reality Bites, que retrata EXATAMENTE as dúvidas das pessoas dessa faixa etária. Uma das cenas mais marcantes do filme é a seguinte, só para vocês terem uma noção: 


Ter 20 anos significa ter uma confusão absurda na cabeça e ter os horários todos confusos, ter que aprender a ser adulto, e esse filme mostra essa situação de uma forma muito real, muito honesta, chega a doer.

De acordo com a internet, o filme conta a história de Lelaina Pierce, "uma ajudante de produção no mundo da televisão, que sonha ser diretora de cinema. Enquanto este momento não chega, tenta criar um vídeo de seus amigos, que coloca a descoberto seus sonhos, medos e expectativas. Enquanto isso, terá que escolher entre dois rapazes, um jovem empresário da televisão e seu leal amigo Troy, com quem aprenderá a ver a vida de uma maneira inesperada".

Queria mandar um recado pro Ethan Hawke nesse filme, aliás:


Um livro: As Vantagens de Ser Invisível, Stephen Chbosky.

Apesar de ter feito muito sucesso quando o filme foi ser lançado, em 2013, o livro foi originalmente lançado em 1999.



Esse livro acompanha Charlie através de cartas que ele escreve para um amigo. Chbosky trata de doenças mentais e sobre as principais dúvidas e problemas da adolescência de forma ótima.

Como a maior parte dos livros adolescentes, foi comparado a "O Apanhador No Campo de Centeio", mas é o único que eu concordo com a comparação. Além de ter um protagonista doente, o livro é altamente tendencioso (leva o leitor a acreditar fielmente no que o narrador diz) e te envolve completamente.

Um álbum: Feeling Strangely Fine, Semisonic

Você provavelmente conhece o Semisonic por "Closing Time". A música está nesse álbum, então pelo menos por isso, escute.

Como eu disse, tenho muitos músicos favoritos dos anos 1990, então foi particularmente muito difícil escolher qual álbum colocar aqui. Mas o Feeling Strangely Fine é quase um Raio X.



Elegi esse álbum como trilha sonora dos meus vinte anos. Como falei com um dos meus amigos, ele é absurdo. É uma música boa atrás da outra, PÁPÁPÁ, um tiro atrás do outro, você recebendo tapas na cara e uma vozinha no fundo da sua mente dizendo: "ó, você se sente assim também, seu trouxa".

Ele é bem eclético, tem umas coisas mais rápidas e agressivas, umas músicas tristes, umas meio sensuais...

É de 1998, mas ainda é (MUITO) relevante.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

with a little help from my friends #5 - Thiago Goulart

Sempre falo aqui no blog a respeito do fandom de Glee e de como ele foi importante para mim. Um dos amigos que eu fiz por lá, Thiago Goulart, permanece meu amigo até hoje, e a playlist é dele.

Ao contrário de quase todos, que me deram a lista já pronta, Thiago foi me mandando uma música por dia, e eu juntei todas na lista. Além disso, ele fez a contagem decrescendo, o que eu achei muito legal!

A playlist tá maravilhosa e acho que eu mesma não conseguiria me resumir tão bem em músicas.



7. Às Vezes - Tulipa Ruiz
A primeira, que na verdade é a última, é essa, porque ela fala de uma mulher que faz tudo, ou muita coisa, mas, não deixa de amar ser doce, e você é muito assim.

6. Cantina Song - Star Wars
A segunda música, porque é impossível lembrar da Ariel e não pensar em Star Wars.

5. Dammit, Janet - Rocky Horror Picture Show
Essa não ia ser a 5ª música, já que tá decrescendo, mas, hoje, o show dela tá fazendo 40 anos, então vai ter que ser ela, e eu ia fazer um texto bonitinho falando que a gente cantava ela no Whatsapp, e que a gente já foi casados, mas os 40 anos estragaram tudo.

4. Say Say Say – Paul McCartney & Michael Jackson
A 4ª música, porque é impossível pensar na Ariel e não pensar nele, mas, a Ariel é mais que ele, então, além do Sir, a música tem o Rei também: 

3. Lola – The Kinks
A Ariel é feminista, mas, não só feminista, é também pró-lgbt, pró negros, e a favor de tudo que alegre a todos, sempre. E além de tudo, como já se pôde perceber, ama britpop. Por isso tudo, para representar essa multiplicidade toda que é Ariel, só existe uma música, e ainda bem que ela existe: 

2. Let’s Dance – David Bowie
Nós já falamos de feminismo aqui, nós já falamos de transexualismo aqui...
Mas nós estamos montando uma playlist para a Ariel, e é impossível montar uma playlist para a Ariel sem falar em misoginia....
E, quem melhor representa a misoginia, na música mundial, do que David Bowie?

1. Marry You – Glee Cast
E a número um?
Bem a primeira, primeirona, tinha que ser eu e ela, nada menos, eu e ela, a primeira tinha que ser essa.



Minha playlist para Thiago:

Escolhi não mandar nada para você, porque queria fazer surpresa. Espero que você goste da playlist tanto quanto eu gostei da sua.

7. Walk On The Wild Side – Lou Reed
Essa música é muito importante para mim, ela fala sobre transsexuais, uma luta que nós dois apoiamos, é muito gostosa de ouvir, e eu não consigo traduzir quão genial ela é.

6. Elmo’s Song - Sesame Street
Porque nós dois amamos o Elmo, nós dois amamos Vila Sésamo, e já passamos um almoço quase todo falando sobre o assunto.

5. Vienna – Billy Joel
Há quem diga que essa música é o melhor conselho que existe. Ela também faz parte de um dos meus álbuns favoritos da vida, e ouvi-la sempre me traz paz, espero que também seja assim para você.

4. I’d Have You Anytime – George Harrison
Tinha que ter Beatles, obviamente.
George escreveu essa música com Bob Dylan e, de acordo com sua esposa Olivia, a letra foi escrita com Dylan em mente. Eu acho essa letra maravilhosa e incrível, e um hino de todas as amizades, mas se encaixa perfeitamente conosco.

3. I've Gotta Be Me - Glee Cast
Outra obrigação era ter Glee. Escolhi essa porque é o Finn, seu personagem favorito, que canta, e porque essa música é muito você, toda essa coisa de não ter vergonha de ser quem é e se orgulhar da pessoa que se tornou, sem se importar com os outros.

2. September - Earth, Wind & Fire
Uma vez, já tem um tempinho, ia começar setembro e você me marcou nessa música no facebook. Agora, não consigo escutá-la sem lembrar de você.

1. See Me Now - The Kooks
Talvez essa seja a única da lista que você não conhece. Acontece que essa música me lembra bastante o Cory, e nós dois sabemos que a morte dele foi uma das coisas que mais nos uniu (com exceção de Star Wars, talvez). 


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Décadas: 1980

Essa foi a década mais difícil para mim. Além de ter muitos filmes favoritos dessa época, era a década em que Stephen King lançava um livro por ano, e eu cresci ouvindo as músicas que meus pais ouviam nessa década, então...


Um álbum: Louder Than Bombs, The Smiths

Meu critério para escolher um álbum foi: qual foi o mais significativo para mim e tem mais músicas que eu gosto?


O Louder Than Bombs, de 1987, é, na verdade, uma compilação dos trabalhos anteriores da banda. Tem minha música favorita da banda, "Please, Please, Please, Let Me Get What I Want" (da trilha de vários filmes que amo, como Curtindo A Vida Adoidado), a música que inspirou o nome de uma das minhas bandas favoritas, "Panic", a favorita do meu pai, e é um ótimo resumo do que é a banda.

Aliás, ouvir "Golden Lights" é quase ouvir Belle & Sebastian, não?

Um filme: Pretty In Pink, John Hughes

Fiquei quase meia hora pensando cuidadosamente em qual filme viria para cá. Quase todos os meus filmes favoritos são dessa década, e John Hughes, nossa...

Por pouco não escolhi "Clube dos Cinco", mas eu descobri que gosto mais desse, talvez porque consiga ver mais verossimilhança nele. Adoro o relacionamento do Ducky e da Andie, e de todo o drama baseado em coisas tão fúteis mas que significam muito quando você tem 16 anos.


Traduzido como "A Garota de Rosa-Shocking" e lançado em 1986, o filme é voltado para adolescentes e narra a paixonite de Andie, uma menina pobre, por Blane (QUE TIPO DE NOME É BLANE?), um dos riquinhos da escola.

Ah, e o que é o James Spader nesse filme? <3



Um livro: A Parte Que Falta Encontra o Grande O, Shel Silverstein

Eu amo tudo de Silverstein. Ele é incrível, tem um estilo muito próprio, e esse faz parte dos dois de seus livros que me fazem chorar incontrolavelmente. 

Esse livro maravilhoso e extremamente poderoso foi lançado originalmente em 1981. Também o considero um dos livros mais essenciais da minha vida, mais importantes que já li, e que mais me mudou.


A sinopse que a Cosac & Naify, editora do autor no Brasil, disponibiliza no seu site é a seguinte:

"Neste livro, Silverstein tematiza o amor próprio, e a palavra de ordem é superação. Após ser abandonada pelo ser circular, a parte que falta inicia a busca por alguém a quem possa completar. Mas uns não sabem nada sobre encaixe, outros não sabem nada de nada, outros já têm partes demais. Na verdade, ela até encontra um ser com encaixe perfeito, mas quem poderia imaginar que a convivência duraria pouco? É o Grande O quem lhe dá a dica: por que não tentar rolar sozinha? Uma bonita reflexão sobre acreditar em si mesmo e ir além."

Antes de lê-lo, leia "A Parte Que Falta". Quando você lê os dois, o impacto da leitura é maior.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

with a little help from my friends #4 - Mariana Carvalho

Chegou a vez da minha melhor amiga escolher músicas para mim, yay!


Achei a playlist muito fofinha e as músicas trouxeram muitas memórias e coisas boas para mim, então obrigada, Mari <3

Playlist da Mari para mim:

1. One And The Same – Selena Gomez & Demi Lovato
Simplesmente porque é nossa música <3

2. Tem Dias – K-Sis
Nunca vou esquecer o dia que você me mostrou essa música. Eu olhei pra você e pensei algo assim: “Nossa, minha prima conhece uma música que XINGA. Ela é tão legal!”.

3. Time Warp – Rock Horror Picture Show
Porque você ama esse música e me ensinou a dança dessa música. E todo – T-O-D-O – aniversário seu toca ela.

4. Serpente – Pitty
Além do fato de você também amar a Pitty, acho essa música muito você. Não só pelo mantra que tem na música e eu sei que você adora, mas pela letra.

5. Codinome Beija-Flor – Cazuza (<3)
Não preciso nem falar que essa música é extremamente você, preciso? Até as horas que a voz dele fica mais forte, coincidem com as partes da letra que têm mais a ver com você.


6. Conceitos e Nomes – Suricato (<3²)
Hehe. Óbvio que tinha que ter Suricato. Escolhi essa porque desde a primeira vez que a ouvi, eu lembrei de você. A letra dessa música é destruidora e combina muito com a gente, mas principalmente com você.

7.Shut Up and Dance – Walk The Moon
HA! Aposto que essa você não esperava. Pois é, eu acho essa música muito você. Ela é indie (não é?) e já por isso poderia me lembrar você. Mas ela é animada, é fofinha e a parte “She said, oh, oh, oh 'Shut up and dance with me'” me fez pensar se você tinha inspirado essa música, haha. Sério, imagino você fazendo isso com certos caras porque seria muito você.


Minha playlist para Mari:

Tentei seguir mais ou menos a mesma lógica da playlist dela, e escolher música que, para mim, nos representassem.

                                    1. Frances – Grow

Ouvi essa música por acaso na playlist do James Bay e pensei “ah, essa música somos eu e Mari, com certeza”, e não podia deixar de colocá-la aqui.

Olha a letra:

"But if I should find you black and blue
And aching from crying, I'll wait with you" 

2. O Terno – Eu Confesso

Na sua playlist, tinha Suricato porque você lembra de mim quando ouve. Eu precisava colocar O Terno, e essa música me lembra você, porque você disse que gostava da letra.

3. Céline Dion - My Heart Will Go On
Porque é a música-tema de um dos seus filmes favoritos. E porque a Rose deveria ter salvado o Jack.

4. Jonas Brothers - S.O.S.
Vai ter Jonas na playlist sim senhor! Porque essa música era a sua favorita, porque a gente tinha até dancinha para ela, porque eu sinto saudades de quando tínhamos essa idade e achávamos que o Joe e o Nick, no seu caso, namorariam a gente.

5. MGMT - Your Life Is A Lie
O Andrew é lindo e nós duas concordamos nisso. Essa música é do cd mais recente deles, e é quase um tapa na cara. Não ouça quando estiver mal, mas de vez em quano é bom ouvi-la e ter um choque de realidade. 

6. The Runaways - Cherry Bomb
Eu sempre esqueço que nós não vimos Guardiões da Galáxia juntas. A questão é que lembrei MUITO de você quando tocou essa música no cinema e sei como esse filme é um dos seus favoritos. Além disso, essa música na nossa vida é quase um hino, não?

 7. Barbie Suburbana - Meu Fusquinha
Porque cantar essa música com você (e sermos as duas únicas cantando o mais alto possível) fez com que eu me lembrasse como eu me sinto infinita todas as vezes que estamos juntas. 


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Décadas: 1970

Musicalmente falando, os anos 1970 foram incríveis! Tinha Pink Floyd, David Bowie, Led Zeppelin, Simon & Garfunkel, e isso só citando alguns! Descobri que li poucos livros dessa década, e tive que me esforçar bastante para escolher um filme só.

Um álbum: Living In The Material World, George Harrison

George é meu Beatle favorito e eu poderia escolher qualquer um de seus álbuns lançados na década de 1970, mas acabei escolhendo esse, de 1973, por ser menos famoso que "All Things Must Pass" e musicalmente magnífico.



O álbum já começa com "Give Me Love (Give Me Peace On Earth)", uma música forte e introspectiva (e uma das inspirações para minha tatuagem haha). É considerado um dos álbuns mais importantes do músico e deu nome ao documentário de Scorsese sobre George.

Além disso, ganhou Disco de Ouro e alguns especialistas o consideram um dos álbuns com melhor performance de voz e guitarra.

Um livro: Histórias de Uma Cidade, Armistead Maupin

Sabe aqueles autores que vivem para escrever uma coisa? Maupin é assim com essa série de livros, que teve início em 1978. Começando por Histórias de Uma Cidade, o livro que dá título à série, ele conta as histórias de diversos personagens que se encontram em alguns momentos, no melhor estilo "Simplesmente Amor".


O que conecta todas essas pessoas, em um primeiro momento, é o fato de todos morarem em São Francisco.

Maupin abordou temas como AIDS, homossexualidade e independência feminina em uma época onde não era comum falar sobre esses assuntos.

Apesar de difíceis de encontrar, os livros da série merecem ser lidos. Armistead constrói personagens com os quais é fácil se identificar e que cativam tanto que, quando você fecha o livro, não pode deixar de se perguntar: "e agora? O que acontece?".

Um filme: Monty Python And The Holy Grail, Terry Gilliam e Terry Jones

Por que esse, Ariel? Porque eu choro de rir, mesmo sabendo todas as falas e conhecendo todas as cenas. Porque é um dos meus filmes favoritos e é Monty Python. Porque, quando eu descobri os Pythons, esse foi o primeiro filme deles que eu vi. Porque eu amo tudo sobre esse filme. Porque, sabendo como eles batalharam para fazer dar certo, eu aprecio ainda mais.


O filme segue a linha do nonsense dos Pythons enquanto narra a aventura de Arthur e seus cavaleiros em busca do Cálice Sagrado. Com muitas músicas cômicas e muitas críticas escondias. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O melhor (e pior) fandom

Nesses meus vinte anos, fiz parte de vários fandoms diferentes: Jonas Brothers, Doctor Who... Mas o que fez parte de mim, de verdade, foi o de Glee.



Comecei a assistir Glee na estreia na Fox Brasil. Minha mãe me disse que ia estrear uma série musical, que parecia comigo, e eu vi a pré-estreia e gostei. Marquei num calendário a data da estreia e assisti toda a primeira temporada na tv.

Quando a segunda temporada ia começar, decidi passar a ver online, e foi mais ou menos por aí que comecei a fazer parte da comunidade no Orkut e, mais tarde, fui pro facebook.


Glee teve um papel muito importante na minha vida, muito além de ser só a minha série favorita (até quando eu odiava). Muitos dos amigos que fiz por causa da série dizem que ela os salvou, e eu assino embaixo. A série me fez ter orgulho de quem eu sempre fui, me deu vontade de perseguir meus sonhos, me trouxe novos amigos.


Sempre digo que sou uma mistura de Kurt Hummel e Blaine Anderson, e era muito inusitado para mim me identificar com personagens de uma série de tv. Nunca tinha acontecido, e eu chorei várias vezes porque eles diziam algo que me tocava muito, que era exatamente o que eu estava sentindo e eu não sabia como explicar.

Eu criei um tumblr, inicialmente para postar meus textos, mas descobri que as pessoas usavam o site para outra coisa: reblogar gifs de séries e postar fanfics. Já comentei a respeito das fanfics de Glee aqui no blog, mas eu as lia entre um livro e outro, quando a depressão ficava forte e eu precisava de um abraço em forma de texto.

Logo defini meus autores favoritos, e ficava à espera dos textos deles e de atualização em fanfics grandes. Foi graças a essas fanfics que eu perdi a minha timidez e fui agradecer aos autores pelas palavras. Conversava com amigos de Austrália a México, e me sentia feliz ali, segura, amada.

O fandom de Glee foi, por muito tempo, um porto seguro. Me aceitou de braços abertos e disse "olha, fica aqui, gostamos da sua doideira e somos um pouco doidos também".



Infelizmente, como todo fandom, tinha seu lado difícil. Eu vi amigas minhas excluírem os tumblrs por ataques de pessoas que gostavam mais de outro casal, por trollagem de anônimos, por ameaças sérias.

No mesmo fandom que me amou tanto no começo, fui criticada por gostar de um personagem e não ligar tanto para outro, por achar que a temporada era ruim, por ler fanfic...

Quando comecei a pensar em parar de participar do fandom de Glee, veio a notícia da morte do Cory. Foi o momento mais difícil para todos nós, mas acabou trazendo uma coisa boa: nos uniu de novo.

Voltei a me sentir inclusa.

Esse fandom maravilhoso, que passou por tanta coisa comigo e me deu tantos amigos, que cria coisas como uma editora de livros LGBTQ e uma HQ independente, que arrecada milhares de dólares para caridades, que se ajuda e distribui amor, fez e faz parte de mim e de quem eu sou.

Em dias como hoje, em que sinto o coração apertar de saudade pelo New Directions, me lembro que fazer parte de algo especial nos torna especiais, e fica tudo bem. ♥

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Décadas: 1960

O mais difícil foi escolher um álbum só. Minha década favorita no quesito musical, com muitos álbuns que eu considero favoritos. Por outro lado, tem tantos filmes bons nessa década! E os livros, nossa!

Um álbum: David Bowie, David Bowie

Na hora de escolher aqui, eu só procurei não escolher Beatles e ser um álbum do qual eu não tivesse falado por aqui, para não ficar repetitivo. 

Tão novinho! Tão bebê!

Esse é um dos álbuns menos conhecidos do Bowie, e as músicas são um pouco diferentes do que veio depois, mas mais pessoas deveriam ouvi-lo. Bowie o lançou em 1967 e lançou Space Oddity em 1969, e só então chamou atenção.


Minha favorita do álbum é "Silly Boy Blue".

Um livro: Green Eggs And Ham, Dr Seuss

Sou fã dos livros de Dr Seuss desde pequenina, e acho seu estilo muito bonito. Só fui ler esse em questão na adolescência, até porque acho que esse livro não foi traduzido.


O livro é bem fofinho. É infantil, e Sam-I-Am é o narrador, que incomoda um personagem sem nome, insistindo que ele prove ovos verdes e presunto.

Vale a pena ver Neil Gaiman lendo esse livro, porque sim:


Um filme: Help!

Eu sei que os anos 1960 têm muitos filmes melhores do que esse. Mas ser melhor em qualidade não significa ser melhor no meu coração. Help! é também meu álbum favorito dos Beatles, mas eu tenho consciência de que eles têm trabalhos muito melhores. 
O filme é uma comédia bem bobinha, que acompanha os Fab Four enquanto Ringo foge de indianos que o perseguem para oferecê-lo em sacrifício para Kali, uma divindade hindu.

Esse filme, que estreou no mesmo ano que o álbum foi lançado, 1965, foi o responsável pelo meu amor pela banda. Mesmo. Eu convivo com Beatles desde pequenininha, mas foi vendo esse filme que eu me apaixonei.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Apenas parem

Geralmente, mantenho o blog num clima leve, mas essa semana (que está parecendo um prelúdio do inferno) pediu um post de raiva. Então, se você veio aqui esperando uma lista fofinha ou moço bonito, volta na segunda. Hoje, o que temos é raiva. Muita raiva.

Comecei a sentir essa raiva toda quando o MasterChef Junior estreou e eu fiquei sabendo que uns homens ridículos estavam fazendo comentários sexuais sobre uma menina de 12 (!!!) anos. Isso é pedofilia, não é só um comentário. Apenas parem.

Depois, a ThinkOlga criou a hashtag #primeiroassedio, onde as mulheres dividiam as suas histórias de assédio em solidariedade à menina do MasterChef. Eis que um moço decidiu comparar o assédio aos foras que já levou. Falando do ponto de vista de alguém que já foi assediada e já levou fora, não é nem de perto a mesma coisa. O assédio é extremamente traumático. Não invalida a luta das pessoas. Apenas pare.

Teve gente dizendo também que não era assédio porque não teve nada físico (????). Nem me esforço para responder isso. Só digo: apenas parem.



Para piorar (sim, porque tem como piorar), três projetos muito nada a ver estão em processo de votação na Câmara. Um deles dificulta o atendimento de vítimas de estupro em postos de saúde (agora elas teriam que prestar queixa antes de procurar atendimento médico), o outro pretende proibir a compra e o uso da pílula do dia seguinte (porque a vida é sagrada, né?) e o terceiro quer nada mais, nada menos do que obrigar o estuprador a registar o filho que nasce do estupro. Minha cabeça está assim: ??????? Não consigo entender nada disso. Apenas parem.

Esse mundo já é um lugar muito difícil em semanas normais. Apenas parem de fazê-lo ficar insuportável.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Crush do dia #4: Van McCann

Conheci a banda dele, Catfish & The Bottlemen, por causa de um tweet do Ewan McGregor. Além de ser uma banda linda, tem um vocalista incrivelmente talentoso e gracinha.



Ryan "Van" McCann nasceu em Chesire, na Inglaterra, e passou parte da sua infância viajando pela Austrália com os pais, e depois foi morar no País de Gales com os pais.

Em 2007, ele e o Billy Bibby (ex-integrante da banda) começaram a tocar na casa dos pais de Billy. Depois, Benjamin Blakeway se juntou a eles, no baixo, e o baterista original Jon Barr foi substituído por Bob Hall, em 2010. Billy saiu da banda em 2014, e Johnny "Bondy" Bond o substituiu na guitarra.

A banda se promovia tocando em estacionamentos depois de shows de bandas grandes, como Kasabian.

Ok, mas o que McCann tem de tão especial? Para começar que a voz dele parece uma mistura de Julian Casablancas e Luke Pritchard, e parece que não vai caber dentro dele (por causa disso, Van está quase sempre rouco). Segundo que ele é muito bonitinho, naquele estilo britânico. E, é claro, ele é responsável pelas letras da banda e só tem música com letra ótima!

 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Filho de peixe...

Quem nunca ouviu o clichê "filho de peixe, peixinho é"?

Eu, como filha de músico, sempre ouvi a pergunta "você toca alguma coisa?", e sempre respondi que não. Infelizmente, não puxei esse dom artístico do meu pai, mas esses filhos de músicos que eu escolhi, sim:

Jakob Armstrong

Primeiro, preciso comentar que Danger é um nome do meio MUITO legal.

Agora que tirei isso do peito, continuemos.

Jakob é filho do maravilhoso Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, e tem 17 anos. Agora, ele está se aventurando pelo mundo da música com o que parece uma mistura de Strokes e New Order. E sua voz é bem diferente da do pai.


Tom Veloso

Outro da casa dos 17 anos, Tom é filho de Caetano Veloso e toca na banda Dônica.

Recentemente, a banda se apresentou no Rock In Rio. Tom, que é extremamente tímido, conseguiu vencer a timidez e se apresentar com o grupo.



O som da banda lembra um pouco o som de Caetano, com um pouco mais de rock e misturado com o Novos Baianos.

Chico Chico

Mais conhecido como Chicão, o músico é filho da cantora Cássia Eller, e também é famoso por ser tímido como a mãe.

Acabou de lançar um cd com seu projeto 2x0 Vargem Alta, e eu estou completamente apaixonada.



Enquanto traça seu caminho no mundo musical, Chico não esconde de quem é filho, porém não quer fazer sucesso na sombra da mãe. O que dificulta um pouco o distanciamento é que a voz dele tem uma certa semelhança com a de Cássia.

(Mas as letras de Chico são lindas, e a voz combina com elas, e é tudo maravilhoso, o show é lindo... <3)

Dhani Harrison

Dhani é idêntico ao pai, todo mundo sabe. A voz também parece muito (sério, ouçam o cover dele de "For You Blue"). Mas as músicas da banda dela, a thenewno2, são muito diferentes das do pai, e ele não é viciado em escrever sobre espiritualismo.

Ele disse em entrevista, uma vez, que fazer música é, para ele, uma forma de estar próximo de seu pai (que faleceu em 2001).


"because George's face was too good."
Com guitarras maravilhosas (Dhani aprendeu com o pai, certeza) e uns sons eletrônicos, a banda tem umas músicas muito viciantes.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

with a little help from my friends #3 - Thaís




A Ariel falou comigo recentemente sobre a ideia de compartilhar aqui no blog dela playlists que ela faria pros amigos e também playlists que os amigos fariam pra ela. Fiquei honrada em fazer parte disso e fiquei muito feliz porque a playlist que ela fez pra mim ficou a coisa mais linda desse mundo! Me apresentou músicas que eu amei demais!

E assim que eu terminei de ouvir eu pensei "Caramba, a Ariel conhece milhares de cantores e bandas. Como eu vou fazer pra ela ter a mesma sensação que eu de ouvir músicas incríveis pela primeira vez?!"

Então resolvi criar pra ela uma playlist seguindo o critério Bandas que eu conheci em 2015. Ariel, espero muito que você tenha boas surpresas e que goste da playlist!



1. Temporal - Maragá

Essa música da banda Maragá é meio sambinha, é toda linda! A letra é super poética! Amo demais!

2. O mito do insubstituível - R.Sigma
Eu sei que R.Sigma é uma banda relativamente bem conhecida, mas eu só conheci mesmo esse ano. E apesar de eu gostar de todas as músicas deles, escolhi esse porque é a que eu mais tenho ouvido.

3. A canção, o mar e a garrafa - Lisbela

Essa banda é fofa demais e essa música me faz viajar muito. Adoro essa metáfora do mar, tem tudo a ver comigo!

4. Aceitar perdão - Sound Bullet

Conheci a Sound Bullet bem por acaso e achei a banda muito boa! Essa não foi a primeira música que eu ouvi deles, mas acho que foi a minha preferida. O clipe é bem legal também!

5. Happy End - Nove Zero Nove

Happy End é uma das minhas músicas preferidas do mundo todo! Sempre que coloco pra escutar, acabo ouvindo pelo menos umas 3x e passo o resto do dia cantando o refrão. Amo muito! \o/ 

6. Dona Laura - La Nouva

Essa foi a primeira música que ouvi da La Nuova e já fiquei "Nossa, quanto amor!" E o clipe? O que é esse clipe?? Muito amor! <3

7. Balanço - Simulacro

E por último, mas não menos importante, a banda que tem o guitarrista-base mais maravilhoso da história da música, que não por acaso é meu namorado. hahaha <3

Tem outras músicas deles que eu gosto mais do que essa, mas no quesito fofura essa é a que mora no meu coração. Sempre ouço no repeat! 

Bom, essa foi a minha playlist pra você, querida! Espero que tenha gostado! <3


Minha playlist para Thaís:

Procurei músicas que Thaís provavelmente não conhecia, mas que eu achava a cara dela, e meu tema principal foi músicas fofas.



1. Stealing Cars – James Bay
O James é meu amor novo, e é um amor muito forte. O primeiro cd dele já virou um dos cds da minha vida, e eu conheci ele por causa dessa música, e ela é muito fofa e deliciosa de ouvir, e o vídeo dela é um amor!

2. How Come You Never Go There - Feist
Eu gosto de indicar Feist para todo mundo que eu não sei se conhece ela. A mulher tem uma voz linda, escreve músicas lindas, e é tão bonita! Eu a conheci porque sou fã da primeira banda dela, a Broken Social Scene, e as letras dela falaram muito comigo. Como eu conheço um pouco do seu gosto musical, achei que combinava contigo.

3. Fred Astaire – San Cisco
Conheci essa música por acaso no Spotify, e fiquei apaixonada. É só ouvir para eu sentir vontade de sair dançando pela casa. Como o resto das músicas na lista é mais calminha, ela dá uma diferenciada bem bacana.

4. It's Just Love – Nat & Alex Wolff
Eu sou fã desses dois há bastante tempo, mas ultimamente eles têm lançado umas coisas muito boas mesmo, músicas com as quais me identifico, e essa é uma delas. A letra é lindinha, a música é gostosa de ouvir, e lembra um pouquinho o trabalho antigo do Mumford & Sons.

5. Go Easy On Me – John Mayer
Como a gente compartilha o amor pelo John, é óbvio que não podia faltar ele, né? As músicas não lançadas do John são incríveis demais para não entrarem na lista, e eu sou fascinada pela letra dessa música, dá vontade de abraçá-la e nunca mais soltar.

6. Little Darlin' – Landon Pigg
Eu choro todos os dias porque o Landon Pigg não lança mais nada. Conheci a música dele em 2008 e peguei um período em que ele lançava muita coisa, então fiquei mal acostumada. Poucas pessoas conseguem ter tanto espaço no meu coração quanto ele, e ele é outro que combina com o que você escuta. Ele gravou essa música que eu escolhi na época em que estava filmando “As Vantagens de Ser Invisível”, junto com o Logan Lerman e com a Mae Whitman (os dois namoraram por um tempo e foram o casal mais fofo ever).

7. On The Brightside – Never Shout Never
Meus níveis de fofura não aguentam com essa música. Eu gosto que o NeverShoutNever combina letras muito profundas com uma música toda fofa. Esse clipe é uma graça, a letra da música é muito verdade e sempre me deixa refletindo sobre a vida.


Gostaram? Vocês acham a Thaís lá no blog: http://praquedormir.com/

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crush do dia #3: Rubel

Já estava na hora de ter alguém brasileiro por aqui, né?

Essa semana, estou amando bem forte o Rubel, um cantor carioca e estudante de cinema.



Conheci a música deliciosa do Rubel quando o Spotify sugeriu uma de suas músicas na playlist "Discover Weekly". Nunca tinha ouvido falar nele, mas bastaram dez segundos de música para eu me apaixonar.

Rubel foi estudar cinema por um tempo em Austin, e por lá morou numa casa chamada Pearl, onde estavam hospedados, entre outros, integrantes de duas bandas. Ele montou uma terceira banda com alguns hóspedes, mas foi da união das três bandas que veio o primeiro álbum, o "Pearl".

Em sua última semana no Texas, ele decidiu gravar um álbum para registrar toda a música que acontecia ali. Quando chegou a hora de vir embora pro Rio, Rubel tinha sete músicas maravilhosas para trazer.

Ele disponibilizou o álbum inteiro para download no site, e por lá dá para só ouvir também.



A sonoridade de Rubel conta claramente com influências de Bob Dylan e Cícero, e consegue unir de forma bem bonita as suas raízes brasileiras e a colaboração da música estadunidense.

Recentemente, ele lançou um clipe para "Quando Bate Aquela Saudade", uma música que representa uma poesia muito apaixonada. Quando vi o clipe, cheguei a chorar pela simplicidade tão bonita dele!



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Décadas: 1950

Não paro de criar coluna nova, né? Mas tenho que aproveitar a inspiração.

Para essa nova coluna, Décadas, eu vou escolher um filme, um álbum e um livro para cada uma das sete décadas: 1950, 1960, 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010. Os critérios de escolha vão variar, mas eu explico como foi a seleção em cada uma das postagens.

1950

A década de 1950 teve muitos filmes bons, muitas músicas boas, muitos livros maravilhosos. Na hora de escolher o filme, meu critério foi: esse é meu favorito e qualquer outro seria injustiça com esse. O álbum foi uma questão de querer que mais pessoas conhecessem ele, e o livro eu explico aí embaixo. 

Um livro: O Senhor das Moscas, William Golding

Em 1950, Salinger lançou The Catcher In The Rye, Tolkien lançou Senhor dos Anéis, Lewis lançou Crônicas de Nárnia e Bradbury lançou Fahrenheit 451. Para não deixar ninguém de fora e me sentir culpada por esquecer, decidi falar de um que não fizesse parte da minha lista de favoritos da vida, mas que eu também amo.

Nesse livro, de 1954, Golding conta a história de um grupo de meninos que sofre um acidente de avião e acaba em uma ilha deserta. A partir daí, eles se veem cara a cara com seus instintos e seu lado selvagem.

Quando terminei de ler, eu fiquei chocada. Foi uma das melhores distopias que já li, repleta de significados interessantes e com uma narrativa extremamente bem construída. Chegou a me dar uma dorzinha no coração quando terminei a leitura, de tão real que o livro parecia.

Um álbum: Chet Baker Sings

Tenho uma paixonite por Chet Baker desde que descobri as músicas "antigas", e bem antes de ver qualquer foto dele. Chet tocava trompete e cantava, sempre umas músicas de jazz deliciosas de ouvir.


Curiosamente, eu ouvi primeiro as músicas instrumentais de Chet, e já me apaixonara antes de conhecer seu lado cantor.

Baker tem uma voz gostosa, e músicas agradáveis e lindas, com letras incríveis, e esse álbum, lançado em 1954, é só um dos muitos que lançou antes de falecer em 1988.

Minha favorita do álbum é "I Get Along Without You Very Well (Except Sometimes)".
  
Um filme: Funny Face, de Stanley Donen

Não adianta: posso amar muitos filmes dessa década, mas o meu favorito sempre vai ser esse. É um dos meus favoritos na vida, inclusive.

Trata-se de um musical estrelando Fred Astaire e Audrey Hepburn, lançado em 1957, que conta a história de Jo Stockton, uma moça que trabalha uma livraria e vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando a equipe de uma revista de moda entra na loja em que trabalha.

As músicas são um pouco ruins, mas eu adoro a química entre Audrey e Fred, e a personagem da Jo é muito parecida comigo, então é difícil não amar.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Crush do dia #2: Jeff Buckley

Sabe quando você se depara com um artista tão maravilhoso que você se pergunta por onde andou a arte dele durante toda a sua vida? Com o Jeff, foi assim.

Dá vontade de apertar!


Jeff Buckley nasceu em Anaheim, na Califórnia, em 1966. Quando terminou o Ensino Médio, foi estudar Música no Musician's Institute, em Hollywood. Depois de alguns anos tocando em bares e pubs, jazz e blues, Jeff se juntou a Gary Lucas para escrever algumas músicas, e acabou tocando na banda de Lucas (Gods and Monsters) por um tempo. Quando a banda estourou, Jeff saiu.

Buckley começou a chamar a atenção de alguns produtores, o que acabou resultando num contrato com a Columbia Records. Em 1994, ele lançou seu primeiro álbum, "Grace", que seria também seu único álbum lançado em vida.

A maior parte dos amigos que gostam dele o conhecem por conta da versão maravilhosa que ele fez de "Hallelujah". Curiosamente, eu conheci primeiro as poesias de Buckley. Na verdade, eu nem sabia que ele era músico; para mim, ele era um poeta que tinha morrido novo.

O vídeo abaixo, de Jeff declamando um de seus poemas, foi o responsável por me fazer pesquisar mais sobre ele. Esse poema, "New Year's Eve Prayer", é uma das coisas mais lindas - e, ao mesmo tempo, simples - que eu já ouvi na vida.


Quando descobri a música de Jeff, "Forget Her" me ganhou completamente, mas a favorita é "Mojo Pin", com certeza. Buckley sempre me lembra Elliott Smith, porque os dois morreram cedo e eram asburdamente talentosos. Eu gostaria de ter tido a oportunidade de ouvir mais das músicas dos dois.

Ele pode não fazer mais músicas por aqui, mas meu coração continua apaixonado por Jeff.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

with a little help from my friends #2 - Vinícius Spanghero


Hoje foi a vez do Vinícius Spanghero trocar playlist comigo. Já digo que fiquei maravilhada com a playlist dele e algumas já viraram favoritas. E, como ele perguntou, vai a resposta: eu danço em qualquer lugar, mas principalmente na cozinha.

Playlist de Vinícius para mim:


1. Freakshow - The Gothic Archies
Com esse projeto paralelo, o Stephin Merritt compôs uma música para cada livro de Desventuras em Série. Essa, no caso, é do 9º volume e acho que é um bom incentivo pra que você retome a leitura (2016 tá batendo aí com a série do Netflix, afinal de contas). Ouça em um cemitério, se possível.


2. Love Shack - The B-52s

Uma música que eu estou ouvindo bastante atualmente, além de ser uma perfeição pop é absurdamente divertida de se dançar em festas e reuniões de família.

3. Who - David Byrne & St. Vincent
Duas pessoas fodas decidem lançar um álbum juntas e o resultado não é parecido com a música de nenhuma das duas, mas uma coisa nova e sensacional. Sempre me imagino dançando no calçadão com essa música. Onde você dança?


4. Colossal Youth - Young Marble Giants
Young Marble Giants é a minha mais recente paixão musical. Todas as músicas são delicadas, quase que silenciosas, mas tão intensas quanto o punk dos Sex Pistols. Perfeito pra ouvir no escuro.








5. Common People - Pulp
Essa música me remete um pouco aquele sentimento clariciano de sentir saudades de algo que não vivi, porque me enche de uma nostalgia dos anos 90 mas com a idade que eu teria hoje. Wibbly-wobbly.


6. Trying - Bully
Essa banda eu conheci hoje, então achei relevante colocar aqui. O som é legal e a menina que canta tem um cabelo bacana. Ótima para se conhecer hoje ou ontem ou algum outro dia.


7. Do You Realize?? - The Flaming Lips
Por fim, a música que eu acho que é o mais próximo que o ser humano chegou de representar a sensação de se ascender, pós-vida, a um outro plano existencial. Talvez toque no meu velório (essa ou uma faixa da trilha sonora de Evangelion). Por favor, vá no meu velório, vai ter bolinha de queijo.


Minha playlist pra Vinícius:
 Eu queria músicas legais que ele gostasse, baseado no que eu conheço do (ótimo) gosto musical dele, e músicas importantes para mim.

1. Feist - I Feel It All
Essa música é uma das coisas mais adoravelmente melancólicas que eu já ouvi. A Feist tem uma voz muito gostosa de ouvir, e é muito fácil se identificar com as letras dela. “I Feel It All” é uma das minhas favoritas, e não sai da minha cabeça há dias.

2. Monty Python – Medical Love Song
Eu sou louca pelas músicas dos Python (ou qualquer coisa que eles façam, na verdade), e não podia deixá-los de fora dessa lista. Apesar de amar muitas outras faixas do “Monty Python Sings”, eu acho essa GENIAL. Eles usaram o conhecimento de Medicina do Graham Chapman e fizeram uma pseudo música de amor que lista várias DSTs. É sensacional. E uma curiosidade: Eric Idle, que a escreveu junto com Graham, só encontrou a gravação depois da morte dele, e ele conta que chorou muito quando chegou na parte que canta: “I left my body to science/but I'm afraid they've turned it down”.

3. Broken Social Scene – Lover's Spit
Uma das minhas favoritas na vida. Ela dá uma sensação de paz enorme, e eu perdi as contas de quantas vezes fui dormindo ouvindo o cd só para chegar nessa e eu dormir tranquila. A letra é lindíssima, e ela é uma das melhores coisas que eu já ouvi.

4. Cícero – Terminal Alvorada
O cd novo do Cícero acabou ganhando um espaço muito enorme no meu coração, e entrou para a lista daqueles indispensáveis. Eu fui ao show dele em junho, e essa é a última música. Eu adoro ela porque ela trata dessa coisa de encontrar as pessoas na rua, de falar rápido, de se afastar, de despedidas... Quando eu fui montar a playlist, pensei em te indicar ela principalmente porque quando a greve deixa, você fica entre dois lugares, né? E ela é linda demais!



5. Yann Tiersen – La Valse D'Amélie
Eu costumo dizer que “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” me persegue. É absurdo. Eu posso passar um ano sem ver o filme (o que acho que nunca aconteceu) que ele me acha. Já encontrei grafites dela, já entrei numa biblioteca e um moço começou a tocar o tema dela, já sonhei com... Isso sem falar nas postagens que aparecem em momentos muito propícios no meu facebook. Enfim, eu coloquei ela aqui porque eu já aceitei que é a música da minha vida, e eu não tenho como escapar de Amélie Poulain.

6. Ben Folds – Sentimental Guy
De primeira, eu pensei em colocar alguma do 8in8, o projeto da Amanda Palmer com o Ben Folds, simplesmente porque eu PRECISAVA ter Ben Folds aqui. Mas o 8in8 não faz jus à genialidade dele. Eu sou apaixonada de uma forma absurda por esse homem e, se um dia eu casar, é ele que vai estar lá, tocando para mim (queira ele ou não). Apesar de “Sentimental Guy” não ser a minha favorita dele, a letra é maravilhosa, eu queria ter escrito, e ele toca um piano absurdo.

7. Placebo e David Bowie – Without You I'm Nothing
Então, eu sei que você ama David Bowie, mas não tinha certeza se conhecia essa música. Na verdade, eu sou fã de Placebo há mais tempo do que do Bowie, mas quando conheci essa eu já era louca por ele e eu soube que ela viraria uma das músicas mais incríveis do mundo para mim. Ela mexe muito comigo, e eu acho maravilhosas as vozes do Brian e do David juntas, e é um musicão.
 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Crush do dia #1: James Bay

Numa das minhas conversas de bar, me sugeriram fazer uma coluna chamada "crush do dia", já que cada dia eu apareço com uma crush diferente. Achei a ideia ótima, e apresento a vocês a nova coluna do blog.

Todas as segundas, para melhorar a semana de vocês, vou fazer um post com alguém que esteja no meu coração nessa semana.

Para começar, escolhi um querido muito lindo, o James Bay.


Quando ouvi as músicas dele pela primeira vez, tinha certeza de que ele iria estourar. Dito e feito: ele está fazendo um sucesso enorme, principalmente lá fora.

Britânico de Hertfordshire, na Inglaterra, James parece uma mistura de John Mayer e James Morrison. Com letras românticas e sempre acompanhado de um violão ou guitarra, ele consegue traduzir muito bem musicalmente o que eu sinto. O álbum de estreia dele, "Chaos And The Calm", já se tornou um dos álbuns da minha vida.

James tem 25 anos, cabelos compridos sempre com um chapéu, ama The Smiths e usa um anel no indicador. Além de ser lindo e ter um sotaque delicioso de ouvir, ele é extremamente talentoso e tem uma voz que, como minha amiga disse muito bem, "não cabe dentro dele".

Deixo vocês com "Stealing Cars", a primeira música dele que eu ouvi, e a responsável por essa crush enorme.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

with a little help from my friends #1 - Lucas

Há pouco tempo, descobri que a minha querida St. Vincent tem um programa na rádio da Apple, no qual ela faz playlists para as pessoas, de acordo com a situação de cada uma.

Eu ouvi todas as playlists, pensei sobre o assunto e foi então que tive a ideia de fazer algo com playlists por aqui. Chamei uns amigos e pedi para eles fazerem uma playlist para mim. 7 músicas que eles quisessem, e depois teriam que me dizer o porquê de escolher aquelas músicas. Em troca, eu faria o mesmo por eles.

Além de conhecer músicas novas, acabo conhecendo um pouco melhor meus amigos e o que eles ouvem.

Então, em algumas quartas, vocês vão poder conferir essa coluna aqui no blog. Como se trata de uma coluna de música e é com os amigos, eu chamei de "with a little help from my friends" e, para começar, a playlist do meu amigo Lucas.


Playlist de Lucas para mim:

Eu adorei a playlist. As que eu conhecia, ouvi de novo bem feliz, e adorei as que eu ainda não tinha ouvido. Ah, e quando ele fala da promoção da Cidade, é que nós fomos assistir à gravação do Invasão da Cidade com a Pitty, em comemoração ao nosso aniversário de amizade.

Eis as músicas que ele escolheu para mim:


1. Under The Bridge - Red Hot Chili Peppers 
O Raj a cantou em um dos episódios de The Big Bang Theory e eu ri demais. E você ama o Raj e eu adoro essa música.

2. You're A Lie - Slash ft Myles Kennedy 
  É uma das mais legais dos trabalhos mais recentes do slash e eu queria compartilhá-la com você.

3. Someday I'll Be Saturday Night - Bon Jovi 
 Eu amo essa música e ela é maravilhosa.

4. Mais - Capital Inicial 
Não achei um porquê (risos). Eu só gosto muito dela.

5. The Last Song - Foo Fighters 
Please, é Foo Fighters.

6. Highway To Hell - AC/DC 
Um clássico para dar um charme. 

7. Pitty – Memórias
Essa música me faz lembrar o dia da promoção da Rádio Cidade. Saudades.


Minha playlist pra Lucas
Meu objetivo quando eu fiz a playlist para ele era apresentar umas músicas novas para ele, e mostrar de novo algumas favoritas. Como Lucas é muito fã de rock, a playlist dele segue essa linha, com umas exceções fofinhas.


1. Tema de Baby Looney Tunes
Quando eu e Lucas nos conhecemos, cantamos essa música, e ela virou praticamente um hino da nossa amizade. 

2. Florence + The Machine – You've Got The Love
Essa música sempre me lembra meus amigos, e Lucas principalmente, por ele ser uma das poucas pessoas que aguenta durante minhas crises emocionais. 


3. Catfish & The Bottlemen - Cocoon
Ele já conhecia essa de tanto jogar FIFA, e eu sou louca pelo Catfish & The Bottlemen. Quando fui apresentar essa a ele (bem antes de fazer a playlist), ele disse que já conhecia, e ficamos amando Van McAnn juntos.

4. Dead Weather - No Horse
Mais pessoas precisam conhecer Dead Weather. Essa música é muito FUCKING boa.

5. ortoPilot – Young Folks
Esse é um cover que eu gosto muito de uma música que eu gosto muito, com uma letra que combina com a gente.

6. 2x0 Vargem Alta – Nada Mais
Um dos meus novos vícios e eu queria compartilhar com você por ser do filho da Cássia Eller e ser um musicão da MPB.


7. Chris Cornell - I Nearly Forgot My Broken Heart
Tão lindinha, e é nova do Chris Cornell. Muito boa!