sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ben Folds, eu te amo

Eu sou fã de muita coisa, mas sou chata de verdade com poucas delas (e quando eu digo chata, quero dizer a níveis de uma pré-adolescente histérica te pedindo para ouvir a música nova do Justin Bieber). Wet Hot American Summer é uma dessas coisas, talvez eu seja assim com Chico Chico também, mas o ápice da minha chatice é quando o assunto é Benjamin Scott Folds.

Esse homem, mais conhecido como Ben Folds, é um dos homens que eu mais amo nesse mundo. E, antes que você pergunte, eu não acho ele bonito e meu amor não tem nada a ver com ele ser um galã ou coisa parecida.


Meu amor pelo Ben tem uma ligação direta com as músicas que ele já compôs. "Mas Ariel, ele faz música romântica?" Porque geralmente é esse o critério para eu amar as músicas de um artista. Nesse caso, não. Folds, inclusive, tem uma música que canta "give me my money back, you bitch" (devolva meu dinheiro, sua vadia).

A música dele tem aquelas palavras que eu preciso ouvir sempre, e ele é um pianista incrível que casa as suas letras com uns pianos maravilhosos. Os arranjos, em geral, são excelentes. 

Ben Folds já colaborou com muita gente maravilhosa, como Regina Spektor, Amanda Palmer e Neil Gaiman. Meu vídeo favorito dele é um cover de "Careless Whisper" com o sensacional Rufus Wainwright. Antes disso, ele teve uma banda chamada Ben Folds Five, onde foi responsável por criar um dos meus hinos da famosa "bad", a balada devastadora que atende pelo nome de "Brick".

Ah, a quantidade de lágrimas vertidas quando começa esse refrão...
Acho que um pouquinho da culpa do meu amor por ele é a voz. Ben tem uma das vozes mais suaves e gostosas que eu já ouvi.

Para vocês terem uma noção do meu amor por esse homem: eu queria aprender a tocar piano única e exclusivamente para saber como tocar "Brick", porque o piano dessa música me destrói completamente. 

E, é claro, tem toda a situação com "The Luckiest". Essa é uma das minhas músicas favoritas (com certeza a minha música romântica favorita), e se eu pudesse eu tatuava ela inteira no meu corpo (ok, exagerei, me perdoem). Eu, que não pretendo me casar, já disse que caso na hora se o Ben aparecer para cantar essa música. Vocês provavelmente conhecem ela de "Questão de Tempo", aquele filme lindo.

É engraçado que eu tenha conhecido Ben por culpa de uma de suas músicas mais animadas, "Kate", mas gosto mesmo é das músicas mais tristes.



Um dos meus maiores sonhos é ver esse homem ao vivo mas, enquanto espero, continuo fazendo posts declarando meu amor por ele e recomendando uma coisa que já faço muito ao vivo: OUÇAM BEN FOLDS.

De preferência, a discografia inteira.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

George, por Ariel


Quando o Spotify disponibilizou o catálogo completo do George Harrison, Dhani, seu filho, criou uma playlist chamada "George by Dhani", que junta alguns dos maiores sucessos de sua carreira solo, bem como as músicas favoritas do Dhani.

Eu postei na página do blog:

"Dhani Harrison, o filho de George Harrison, é o responsável pelo catálogo do George, e sempre me impressiono com a sensibilidade que ele tem para lidar com tudo relacionado à música do pai.

Tem algumas das melhores músicas do Wonderwall Music, o álbum favorito de Dhani, mas parece uma compilação de tudo que melhor ressalta a qualidade musical de George, e resume muito bem tudo o que ele fez, a sua sonoridade em geral e os temas dos quais ele gostava de escrever.

Para quem não conhece a carreira solo de George, essa é uma ótima maneira. Muito interessante ver como a pessoa que mais foi inspirada por George o ouve.

Sugiro que façam o mesmo."


Dhani é a cara do pai, eu sei.
E eu planejava fazer uma grande postagem aqui, falando sobre as minhas músicas favoritas, sobre a playlist que eu criei com as minhas favoritas do George mas, por algum motivo, acabei não escrevendo nada e ficou por isso mesmo.

Eis que chegamos ao aniversário do meu Beatle favorito - para quem desconhece, o aniversário de George é comemorado em dois dias, 24 e 25 de fevereiro, porque George nasceu às 23:50 do dia 24, e acreditou, durante boa parte de sua vida, que seu aniversário era no dia 25 (a Wikipédia diz, inclusive, que seu aniversário é dia 25) - e eu não poderia deixar de falar sobre ele em algum lugar. E que lugar melhor do que aqui, não é?

Eu tinha vergonha de dizer que o George era o meu Beatle favorito, porque todo mundo parecia gostar do John e do Paul, e quem não gostava de nenhum dos dois dizia que amava o Ringo e se achava muito diferente por isso. Mas George sempre foi o meu Beatle, suas músicas sempre foram as que mais falavam comigo, tanto as solo quanto as da época dos Beatles.

Ele parecia ser amigo de todas as pessoas que eu adorava - Monty Python, Bob Dylan, Tom Petty - e tinha umas histórias maravilhosas, incluindo toda a sua história de vida. Eu me identificava muito com ele pela espiritualidade também; o Hinduísmo nos unia ainda mais.

Minha primeira leitura esse ano foi "A Biografia Espiritual de George Harrison", um livro que, como diz o título, apresenta toda a trajetória de Harrison sob a ótica da sua vida espiritual. Então, além de saber tudo o que aconteceu em sua vida material, o leitor também conhece a parte espiritual. O livro é excelente, lindíssimo, me fez chorar horrores no fim e pode ser lido por todos, não só por quem tem noções do Hinduísmo.

Meu amor por George é tão imenso, tão maior do que essa encarnação (juro, meus amigos, que conheço ele de outras vidas, é a única forma de explicar tanto amor) que minha primeira tatuagem foi em sua homenagem. George está aqui, na minha pele, até o dia que eu deixar de existir. ❤︎

No fim dessa semana, o cd/dvd George Fest vai ser lançado. Trata-se do registro de um festival que aconteceu no ano passado para celebrar a vida e a obra de George Harrison. Além da presença de Dhani, o festival contou com nomes como Brandon Flowers, Norah Jones (que é filha de Ravi Shankar!!!!!!!), e Weird Al Yankovich.


Sinto que posso falar dele a vida inteira e ainda não diria o suficiente a seu respeito. Por isso, prefiro deixar vocês com a minha playlist, e as músicas que eu escolhi.

Para ouvi-la, é só clicar aqui. Se quiser ler minhas justificativas para escolher cada música, continue lendo.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Não falta amor

Hoje, voltando para casa depois de um carnaval incrível e completamente sem vontade de voltar à vida normal, passei por um grafite que dizia:


Na hora, achei a frase muito potente e muito real. Uma das frases que eu mais odeio na vida é a clichê "mais amor, por favor", e concordo demais com a Clarice Falcão quando ela diz "menos mais amor, por favor".

Para mim, amor nunca faltou. Sim, verdade que as pessoas andavam meio rabugentas e demonstravam pouco qualquer tipo de carinho e amor, mas aí não era porque ele estava em falta, mas sim porque as pessoas não sabiam demonstrá-lo.

Essa frase tem muita relação com aquela outra, também imensamente clichê, de "As Vantagens de Ser Invisível": "nós aceitamos o amor que achamos merecer".

O amor anda por aí, está sempre à nossa volta. Seja pela presença nas pequenas coisas, como num riso pela coisa mais simples, ou pela presença de pessoas maravilhosas ao nosso redor.


Por muito tempo, eu acreditei que eu andava muito sozinha porque era esquisita e ninguém me amava, mas depois fui descobrir que meu verdadeiro problema era que eu tinha contato com as pessoas erradas. Isso não me incomodava porque, em parte, eu também não gostava muito de mim.

Mas depois comecei a ser amiga de pessoas que redefiniram tudo aquilo que eu chamava de amor, que melhoraram meu amor próprio e, mais importante do que isso, me trouxeram de volta a noção de que o amor existe sim.

Então, vamos parar de colocar a culpa no amor. Ele está só esperando que a gente faça melhor uso dele. Vamos amar.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Crush do dia #6: Brendon Urie

Eu tinha dez anos quando ouvi "I Write Sins Not Tragedies" pela primeira vez, na MTV, na estreia do clipe. Não ficou bem claro quem era o vocalista da banda, mas eu sabia que era um dos dois caras o clipe e, não importava quem fosse, era bonito.


Secretamente, eu queria que fosse o Brendon. Eu não tinha internet, mas esperei até a aula de informática para pesquisar os integrantes da banda (na época, ainda tinha Spencer, saudades Spencer), e fiquei muito feliz quando a minha pesquisa me trouxe várias fotos dele.

Brendon nasceu em Utah, e tem só 28 anos. "Só" porque vamos levar em conta que ele lançou o primeiro single por volta dos 18. Ele é o único membro do Panic!. O restante da banda foi saindo aos poucos, e hoje ele sai em turnê acompanhado de um pessoal bem legal, mas que não tem nada a ver com a formação original ou com os álbuns da banda.

Minha fase emo foi totalmente dedicada a amar esse cara, e tudo o que ele fazia era encantador para mim. Ele usava lápis de olho melhor do que eu jamais consegui.

Sou fã e apaixonada porque Brendon é um dos caras mais engraçados, ele conseguiu se manter mesmo com a banda se desfazendo, e lançou um álbum recentemente que está se saindo muito bem nas paradas. Ele é criativo demais. Nesses dez anos nos quais conheço o Panic!, a banda já perdeu a exclamação, mudou de um "indie cabaré" para uma coisa meio folk até um indie mais pop, e agora é uma mistura louca de Frank Sinatra e o Panic! pop.

Ah, e ele adora ficar semi nu nos palcos.

Ele é casado, e Sarah, a esposa dele, é absurdamente fofinha, e serviu de inspiração para músicas como "Sarah Smiles" e a nova "Death Of a Bachelor".

Essas fotos são do CASAMENTO dele, pelo amor de Deus!






sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Mãe, virei Directioner

Quando a One Direction surgiu, há seis anos, por causa do programa de TV X Factor, eu detestei a banda. Eu, que era uma fã louca dos Jonas Brothers, achei a banda forçada, as letras bobinhas demais, os integrantes bem estranhos (ok, até que aquele mais cabeludo era bonitinho).

Se você dissesse para eu de 2010 que agora eu estou ouvindo o mais recente cd da banda todos os dias, eu riria e acharia que era mentira. Mas é a mais pura verdade. Desde que o “Made In The AM” saiu, eu acho que o ouço duas vezes ao dia.

Eu tive muita dificuldade para admitir que eu estava, não gostando, mas amando esse álbum. As pessoas têm um preconceito musical muito forte. Parece que, se você é muito fã de uma banda de rock, você só pode gostar de rocks clássicos ou músicos que esse ou aquele crítico considera sensacionais. 

Esse tipo de preconceito sempre me incomodou. Por que é que nós temos que gostar só daquilo que é considerado algo “culto”? Quem define o que é ou não “bom”? 

(Nem vou entrar nessa discussão aqui, porque ela é extensa e complexa).

Não é só no pop que isso acontece. Sou fã do Troye Sivan por culpa do canal dele no youtube, e o “Blue Neighbourhood” fala muito com meu coração. Por mais que ele seja praticamente um queridinho do indie, muitas foram as críticas quando eu disse que estava ouvindo o cd dele. “Mas não tem qualidade”. Comparado a quê?

Eu descobri o novo cd da One Direction por causa de uma música chamada “What A Feeling”. Eu estava no twitter quando a música foi lançada e alguém comentou “nossa, ela parece muito uma música do Fleetwood Mac”. Parei e ri. Fleetwood Mac é uma das minhas bandas favoritas, e eu pensei que era impossível uma boy band bobinha fazer algo que chegasse aos pés do que aquela banda, com tanta história, já fizera.

Sim, eu mesma com um preconceito idiota. 

Pois decidi ouvir a tal música, e fiquei de queixo caído. Era realmente parecida com uma música da One Direction, era ótima, era linda. Ouvi de novo. E de novo. E de novo. 


Fiquei aguardando o lançamento do cd. E bem desconfortável, honestamente. Não podia dividir minha opinião com meus amigos porque tinha certeza de que seria julgada. Minha prima é apaixonada por One Direction e eu sabia que ela seria a primeira a fazer comentários do tipo “eu te disse”.

Finalmente, o cd saiu, e eu o devorei. Esperava realmente me decepcionar com as outras músicas do álbum (como acontecera com o Fm Static, por exemplo), mas eu não consegui desgostar de nenhuma. Eram todas bonitas, sinceras, interessantes, com letras bacanas e gostosas de ouvir.

Por mais que “What A Feeling” permanecesse a favorita, fui me apaixonando por outras como “Never Enough” e “Perfect”. 

A partir daí, foi natural. Em menos de um mês, eu já sabia uma parte da biografia da banda, estava viciada no cd, conhecia as vinte mil tatuagens do Harry Styles e já tinha fuçado todo o youtube procurando vídeos da banda (e, é claro, tinha visto o Carpool Karaoke com os meninos).

Minha opinião do primeiro cd da banda continua a mesma: não gosto. Mas, depois de gostar tanto do novo, quem sabe não dou uma chance aos outros? Acabamos conhecendo só aquilo que um artista lança como músicas de trabalho, e dificilmente procuramos o resto do trabalho dele. Posso me surpreender (para bem ou mal, veremos).

Quase todo mundo à minha volta está apaixonado pelo álbum novo do Justin Bieber, Selena Gomez ou Nick Jonas. Há alguns anos, essas mesmas pessoas eram aquelas que riam deles e achavam a música deles uma droga. Me parece que esses artistas que são criticados por fazer uma coisa muito pop, muito comercial, são aqueles que mais surpreendem quando lançam algo que é coletivamente tido como bom.

Então eu digo para sermos julgados por aquelas músicas que nos fazem suspirar, que significam tanto para nós. Pode ser que elas sejam julgadas maravilhosas em alguns anos. E, caso não, pelo menos não precisamos esconder do que realmente gostamos e, consequentemente, um pedaço das nossas identidades.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Crush do dia #5: Jack Lawrence

Olha só quem está de volta!

Passei um tempo sem atualizar essa coluna justamente para dar tempo de amar muitos moços bonitos, mas voltei pronta para abalar os corações de vocês.

O escolhido de hoje é o Jack Lawrence, um cara que eu acho lindo há bastante tempo e vou ter a oportunidade de ver ao vivo no show do City And Colour, em abril, aqui no Rio.

Vocês, que conhecem a banda, provavelmente acham o Dallas Green maravilhoso, e eu não posso negar que ele é isso tudo sim, mas não consigo prestar muita atenção nele quando Jack Lawrence está ali do lado.

Jack tem 39 anos (apesar de ter cara de uns 19, no máximo, como ele consegue ter a mesma cara desde sempre e não envelhecer?), nasceu e mora nos Estados Unidos, e é um dos baixistas mais maravilhosos que eu já ouvi.



Ele é conhecido por trabalhar com um monte de gente, incluindo Karen O e na trilha sonora de Onde Vivem Os Monstros.

Eu não conheci o trabalho dele pelo City And Colour, mas sim pelo Raconteurs. Sou absurdamente fã de Jack White, mas ainda mais de suas bandas. Quando ele lançou o primeiro cd do Raconteurs, em 2006, eu me perguntei quem era aquele moço bonito de óculos e cabelo grande (e ele não mudou NADA desde esse dia, sério, como ele consegue?).

Além de Raconteurs e City And Colour, ele também toca na maravilhosa Dead Weather, outra banda de Jack White (e, na minha opinião, a melhor dele). Em um dos vídeos da banda, inclusive, ele ensina sua técnica de baixo enquanto está totalmente chapado - e o resultado é lindo.