domingo, 7 de junho de 2015

O tal do amor

Com o dia dos namorados chegando, pedi ajuda a alguns amigos meus para escrever sobre amor e relacionamentos. Nessa semana, vocês verão umas carinhas desconhecidas, mas são queridos meus que aceitaram falar sobre isso.

Lógico que, para isso, eu precisava falar do assunto com as minhas palavras. A única questão é que eu travei quando comecei a escrever sobre. São muitos aspectos do amor sobre os quais eu queria falar, porém não sabia como escrever.

Love Is Pain, Joan Jett


Há um tempinho, um dos meus cantores favoritos, Theo Katzman, postou o seguinte no seu facebook:

"É engraçado ouvir versos tipo 'o amor pode partir seu coração', (de 'Message In A Bottle', do The Police). Eu amo essa música, e eu gosto de usar a palavra amor de forma errada nas minhas composições, às vezes, porque pode ser divertido/atual/irônico. Nós NÃO TERÍAMOS músicas/filmes/mídias populares se não tivéssemos essa licença artística no nosso uso da palavra "amor". MAS, sendo claro, amor é, por definição, positivo, alegre, positivo, positivo e satisfatório da sua própria maneira altruísta. ENTÃO, o amor não pode partir seu coração. Os relacionamentos, o desejo, a obsessão, a fantasia, as expectativas, essas coisas PODEM e com certeza VÃO partir seu coração. Mas não o amor."

Eu achei a ideia linda, e pensei até em fazer um post, mas esqueci, por algum motivo, da sua existência. Até bater o desespero sobre o que eu escreveria para essa semana. Do nada, lembrei dessas palavras e de como concordo com elas.

Apesar de detestar "Message In A Bottle", eu concordo plenamente que a noção de amor anda meio deturpada. As pessoas andam com medo do amor, como se ele fosse um predador apenas à espera de alguém para abocanhar. Parece que a flecha do cupido é uma morte, e não um começo.

Mas não é bem assim, ok?

Por mais que passemos por situações difíceis e perrengues amorosos, não foi o amor que fez isso. Eu tenho plena consciência de que todas as vezes que tive paixonites que não gostaram de mim não foi porque o amor é mau, mas sim porque eu idealizei uma relação (e, algumas vezes, até a outra pessoa) que não aconteceu.

O amor não sabe ser cruel. Ele é aquela sensação muito louca de que você está lá no alto do Everest e, se o outro olhar para você, você cai. É aquela coisinha que te faz pensar no outro quando vê coisas que ele gosta. É aquela vontade que te dá de largar tudo e correr só para ficar junto. É aquele sorriso que você tenta controlar no meio da rua para não te taxarem de louco.

O amor é o maior (e melhor) orgasmo do mundo, e eu não estou falando com relação a sexo, não. É a sensação mesmo que é essa: um orgasmo interminável e muito, muito bom.

Como fazemos com quase tudo, nós é que estragamos o amor, colocando no outro as nossas expectativas, nossa vontade, nosso egoísmo. 

Eu tenho visto tanta gente com medo de se apaixonar, de se arriscar, de quebrar a cara, e não entendo o porquê. Pode ser que você se machuque, sim, mas há sempre essa possibilidade em tudo o que você faz. O amor é muito bonito quando você entende o que ele é e pode ser. Deixem de ter medo do amor! Corram riscos! Estão todos tão preocupados com o futuro, com um eterno "e se", que acabam esquecendo que, às vezes, o que mais vale é a viagem, não o destino.

"É uma estranha pretensão dos homens querer que o amor conduza a algum lugar", Victor Hugo, em Os Miseráveis.

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