Com o dia dos namorados chegando, pedi ajuda a alguns amigos meus para escrever sobre amor e relacionamentos. Nessa semana, vocês verão umas carinhas desconhecidas, mas são queridos meus que aceitaram falar sobre isso.
Lógico que, para isso, eu precisava falar do assunto com as minhas palavras. A única questão é que eu travei quando comecei a escrever sobre. São muitos aspectos do amor sobre os quais eu queria falar, porém não sabia como escrever.
Há um tempinho, um dos meus cantores favoritos, Theo Katzman, postou o seguinte no seu facebook:
Lógico que, para isso, eu precisava falar do assunto com as minhas palavras. A única questão é que eu travei quando comecei a escrever sobre. São muitos aspectos do amor sobre os quais eu queria falar, porém não sabia como escrever.
Love Is Pain, Joan Jett |
Há um tempinho, um dos meus cantores favoritos, Theo Katzman, postou o seguinte no seu facebook:
"É engraçado ouvir versos tipo 'o amor pode partir seu coração', (de 'Message In A Bottle', do The Police). Eu amo essa música, e eu gosto de usar a palavra amor de forma errada nas minhas composições, às vezes, porque pode ser divertido/atual/irônico. Nós NÃO TERÍAMOS músicas/filmes/mídias populares se não tivéssemos essa licença artística no nosso uso da palavra "amor". MAS, sendo claro, amor é, por definição, positivo, alegre, positivo, positivo e satisfatório da sua própria maneira altruísta. ENTÃO, o amor não pode partir seu coração. Os relacionamentos, o desejo, a obsessão, a fantasia, as expectativas, essas coisas PODEM e com certeza VÃO partir seu coração. Mas não o amor."
Eu achei a ideia linda, e pensei até em fazer um post, mas esqueci, por algum motivo, da sua existência. Até bater o desespero sobre o que eu escreveria para essa semana. Do nada, lembrei dessas palavras e de como concordo com elas.
Apesar de detestar "Message In A Bottle", eu concordo plenamente que a noção de amor anda meio deturpada. As pessoas andam com medo do amor, como se ele fosse um predador apenas à espera de alguém para abocanhar. Parece que a flecha do cupido é uma morte, e não um começo.
Mas não é bem assim, ok?
Por mais que passemos por situações difíceis e perrengues amorosos, não foi o amor que fez isso. Eu tenho plena consciência de que todas as vezes que tive paixonites que não gostaram de mim não foi porque o amor é mau, mas sim porque eu idealizei uma relação (e, algumas vezes, até a outra pessoa) que não aconteceu.
O amor não sabe ser cruel. Ele é aquela sensação muito louca de que você está lá no alto do Everest e, se o outro olhar para você, você cai. É aquela coisinha que te faz pensar no outro quando vê coisas que ele gosta. É aquela vontade que te dá de largar tudo e correr só para ficar junto. É aquele sorriso que você tenta controlar no meio da rua para não te taxarem de louco.
O amor é o maior (e melhor) orgasmo do mundo, e eu não estou falando com relação a sexo, não. É a sensação mesmo que é essa: um orgasmo interminável e muito, muito bom.
Como fazemos com quase tudo, nós é que estragamos o amor, colocando no outro as nossas expectativas, nossa vontade, nosso egoísmo.
Eu tenho visto tanta gente com medo de se apaixonar, de se arriscar, de quebrar a cara, e não entendo o porquê. Pode ser que você se machuque, sim, mas há sempre essa possibilidade em tudo o que você faz. O amor é muito bonito quando você entende o que ele é e pode ser. Deixem de ter medo do amor! Corram riscos! Estão todos tão preocupados com o futuro, com um eterno "e se", que acabam esquecendo que, às vezes, o que mais vale é a viagem, não o destino.
"É uma estranha pretensão dos homens querer que o amor conduza a algum lugar", Victor Hugo, em Os Miseráveis.
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