Meu lado Alaska Young decidiu não esperar mais para falar sobre o feminismo.
Em primeiro lugar, acho que é extremamente necessário tirar da cabeça de algumas pessoas que nós, feministas, nos achamos superiores. Não somos Hitler. O que nós realmente achamos é que somos todos iguais (homens, mulheres, de tantas orientações sexuais diferentes e de cores de pele diferentes, com ou sem religião) e, justamente por isso, nós merecemos o mesmo tratamento que os homens.
Outro ponto pertinente é o corpo. Todos sabem que há uma grande objetificação do corpo feminino, e muitos também acreditam que têm o direito de mandar no corpo da mulher. Não. O corpo é dela, e não importa quem você seja. Quem manda no corpo dela é ela mesma.
Mas todas essas questões, essas reinvidicações, são apenas um detalhe. O que é realmente difícil no feminismo é ser feminista. O que eu quero dizer com isso?
Bom, vamos lá.
Desde que nascemos, somos expostos a preconceito. Quando bebês, os quartos geralmente são decorados com cores socialmente definidas como femininas ou masculinas. O tempo todo, ouvimos coisas que, na nossa mente infantil, não somos capazes de interpretar como algo pejorativo. Quantas vezes já não ouvimos "mulherzinha" como uma acusação de fraqueza, de vulnerabilidade? E "gay" como insulto? Isso sem nem falar do preconceito racial (mais especificamente com os negros) que já está arraigado nos brasileiros, por culpa da época da colonização.
O mais difícil, então, é descobrir que isso está errado. Que o que disseram para nós a nossa vida inteira é uma mentira, que algo que aprendemos com nossos familiares (que na infância são nossa base) não é o correto?
É uma caminhada longa. Mas a partir do momento em que você para e se pergunta "por que?", tudo fica consideravelmente mais fácil.
O que incomoda
Existem tantas coisas, de pequenas até gigantes, que incomodam, que é até difícil começar. Mas vou tentar.
Incomoda saber que eu não posso sair depois da meia noite sem medo de acontecer algo comigo. Incomoda saber que, no caso de um estupro, uma mulher vai ser inquirida a respeito da roupa que usava e considerada vulgar e "pedindo por isso". Incomoda ouvir "elogios" pornográficos no seu ouvido quando você está apenas andando pela rua. Incomoda ver empresas como a Bic e a Kinder Ovo criando produtos "de menina" e "de menino", como se só fosse aceitável para uma menina gostar de bonequinhas e para um menino gostar de carrinhos. Incomoda ver as mulheres que usam roupas mais largas serem chamadas de lésbicas ("lésbica" quer dizer gostar de mulheres, e não se vestir confortavelmente). Incomoda ser sempre vista como mais fraca. Incomoda que digam "perdeu para uma mulher" como se fosse a maior ofensa do mundo. Incomoda ver milhares de anúncios e propagandas que expõem demais o corpo feminino, e praticamente nenhum que faça o mesmo com o masculino. Incomoda ver que muitas meninas esqueceram o "girl power" que as Spice Girls tanto pregavam, e se desvalorizaram.
Como posso mudar?
Eu costumo pensar quando algo machista acontece, e me lembrar "isso é machista", para evitar que eu faça isso no futuro. Também acho que o primeiro passo é pesquisar sobre o assunto, ler bastante sobre o feminismo. Um aviso de amiga: não embarque no trem feminista se você sentir ódio. Tod@s @s feministas que conheci eram extremamente "amor", adotando causas de todas as minorias. Nada mais justo.
O mais importante é não ficar quieto. Seja você homem ou mulher, se for realmente feminista, é preciso lutar por isso. Pelos direitos iguais.
Recomendo a leitura
Machismo chato de cada dia
O blog é ótimo. Mostra todas as manifestações do machismo e é bem útil, me mantém sempre bem informada.
uma feminista cansada
Sem maiúsculas, porque é mais fofo assim. Ok, esse é meu site favorito. Me ajudou a entender muito a respeito de gênero, transsexualismo, a luta feminista em si... Recomendo mil vezes. Leia. Eduque-se.
Agora, para finalizar o post, vou deixar vocês com um anúncio maravilhoso e um clipe bem legal (espero que os meninos se sintam usados).
Abercrombie & Fitch, yummy
Marina <3
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