segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Personagem do dia: Elphaba

De vez em quando, eu vou postar uma personagem por dia, alternando entre femininas e masculinas, para apresentar para vocês minhas personagens favoritas da literatura.

Para começar, vou apresentá-los à melhor personagem de todas: Elphaba.

Elphaba teve sua primeira aparição em "O Mágico de Oz", como a Bruxa Má do Oeste, irmã da Bruxa Má do Leste (que morre quando a casa de Dorothy cai sobre ela). No livro de L. Frank Baum, ela não era verde, mas na adaptação cinematográfica da MGM de 1939, ela passou a ter essa cor. Desde então, a cor inusitada passou a ser uma das suas características mais marcantes.

Ilustração do livro "O Mágico de Oz"

Em "O Mágico de Oz", ela é retratada como uma bruxa má, que persegue Dorothy para obter vingança pela morte de sua irmã (e, é claro, para recuperar os sapatinhos da irmã).

Enquanto os livros de Baum não nomeiam a personagem ou mostram muito sobre sua vida, "Wicked", de Gregory Maguire, se preocupa em fazê-lo. O livro conta a história Oz pré-Dorothy, passando desde o momento em que Elphaba conhece Glinda (a Bruxa Boa) na faculdade até o fim da vida da bruxa verde.

Elphaba no filme "O Mágico de Oz"

Elphaba é extremamente revolucionária. Em "Wicked", ela foge da faculdade e vai viver uma vida reclusa porque não concorda com as políticas governamentais que ditam que os animais falantes não possuem os mesmos direitos que outras criaturas.

A vida caseira de Fabala (apelido carinhoso dado por seu pai) também não é lá muito boa. Acontece que a bruxinha é filha bastarda da mãe com um vendedor viajante, e tem uma irmã deficiente que é a preferida do pai. Apesar de poder assumir um cargo importante, o de Eminent Thropp, ela passa a infância sofrendo com o descaso dos pais.

Durante a faculdade, Elphaba e Glinda se tornam amigas, e conhecem personagens como Boq e Fiyero. O último é, aliás, o interesse romântico da protagonista.

Ilustração de "Maligna"

Esse foi um dos meus pontos favoritos de Wicked. No musical, o romance de Elphaba e Fiyero é bem aquela coisa clichê. No começo, ele é apaixonadinho pela Glinda, até que começa a passar mais tempo com Elphaba e percebe que é dela que gosta. No livro, a coisa é diferente. Fiyero, que é príncipe, já está casado quando Elphaba se envolve com ele. Os dois iniciam um relacionamento casual, sem culpa e muito romântico, apesar do adultério.

(A cena da primeira vez deles é uma das coisas mais lindas que eu já li nos meus anos na Terra).

Durante a história, Elphaba conhece o Mágico de Oz, e se enoja tanto com ele que começa a planejar atitudes com relação a seu ódio. Já no musical, o sonho dela é conhecê-lo, e eles se conhecem graças aos grandes poderes de Elphaba. De uma forma ou de outra, o Mágico é um mané.

Como existem algumas diferenças bem drásticas entre musical e livro com relação à atitude de Elphaba com Dorothy, acho melhor pular essa parte. O que importa é que, nos dois, em algum momento ela é boazinha com a garota.

No fim, Elphaba desafia a gravidade e some de Oz.



“- E ela conseguiu sair?
- Ainda não.”

Saiba Mais:

- O Mágico de Oz, de L. Frank Baum
Maligna, de Gregory Maguire

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