sexta-feira, 3 de maio de 2013

A posse de pessoas (ou the ownership of people)

Pois é, o BEDA acabou. Apesar de ter pulado alguns dias (hihi), me diverti bastante nesse mês. Por mais que eu não vá postar todo dia, prometi a mim mesma que postaria aqui com mais frequência do que antes do BEDA, e pretendo cumprir.

Para inaugurar as postagens do mês de maio, vou falar de algo que anda me fazendo pensar.

Em Bonequinha de Luxo, uma das características fortes da Holly Golightly é a de não pertencer. E quando eu digo "não pertencer", eu quero dizer que ela admite que não é de ninguém, e ninguém é dela, e ela não é de lugar nenhum. É, inclusive, um dos pontos principais do livro/filme.

Acontece que eu tenho pensado muito no que significa "ser dono", ter posse de uma pessoa. Quando eu via Bonequinha de Luxo e via a Holly dizer que não pertencia ao Gato e vice-versa, eu achava normal porque nós temos essa noção de posse com relação aos animais de estimação, mas e as pessoas?



Eis que eu parei para pensar.

Pôr uma aliança no dedo de alguém não é uma forma de dizer que aquela pessoa é "sua"? Quando você convive muito com alguém, gosta muito de uma banda, e as outras pessoas também se interessam, não rola uma possessividade? Pois é.

Outro ponto que também me fez pensar foi: quando somos donos de algo, não queremos perder aquilo, acabamos precisando daquela coisa, e não é diferente com as pessoas.

Todos nós queremos ser donos de algo e, infelizmente, sobra para as outras pessoas. Não acredito que sejamos capazes de mudar essa mentalidade, mas que é bem legal se imaginar como a Holly supostamente é - autossuficiente, independente, sem pertencer a ninguém e a lugar nenhum -, isso é.

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